Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta quarta-feira (1) sem direção única à medida que os investidores voltaram a monitorar as incertezas em relação ao comércio global e a um possível acirramento das tensões envolvendo os Estados Unidos e a China. Além disso, balanços também foram digeridos pelos agentes, com os números da Apple impulsionando as ações da empresa e ajudando os papéis de outras companhias de tecnologia.
O índice Dow Jones fechou em queda de 0,32%, aos 25.333,82 pontos; o S&P 500 recuou 0,10%, aos 2.813,36 pontos; e o Nasdaq subiu 0,46%, aos 7.707,29 pontos. As techs lideraram os ganhos e o subíndice de tecnologia do S&P chegou ao fim do dia no azul, em alta de 0,97%.
As ações de empresas industriais perderam terreno em meio a relatos de que o presidente americano, Donald Trump, poderia sinalizar um aumento na alíquota da tarifa sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses de 10% para 25%. Após o fechamento das bolsas em Nova York, o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, confirmou o pedido de Trump e disse que irá considerar a elevação. "Quanto mais tempo as disputas comercias continuarem, mais o mercado terá que começar a precificar a realidade de que os lucros das empresas podem ser atingidos", disse o diretor de investimentos da Exential Wealth Advisors, Tim Courtney. Entre as empresas industriais, a Caterpillar fechou em baixa de 3,66%, a 3M caiu 2,48% e a Boeing recuou 0,99%.
Apesar das preocupações renovadas com o comércio global, dados econômicos e ganhos corporativos dos EUA ajudaram os investidores a permanecerem levemente otimistas. O setor de tecnologia, por exemplo, foi impulsionado pelos números da Apple, que viram suas ações saltarem 5,89%, para US$ 201,50, nova máxima histórica. Nesse cenário, a empresa se aproximou ainda mais da marca de US$ 1 trilhão em valor de mercado, ao ser avaliada em US$ 990 bilhões.
"Os investidores, em geral, estão em lugar onde eles sabem que, a longo prazo, as techs continuam a ser um ótimo investimento para se ter", comentou o presidente e diretor-executivo da PNC Investments, Rich Guerrini. "Eu acho que os agentes estão certamente tomando alguns desses mergulhos como oportunidades, e é por isso que não estamos vendo movimentos em nenhuma direção."