O petróleo saltou nesta terça-feira apoiado por relatos do endurecimento da postura dos Estados Unidos com o Irã. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril recuperou o nível de US$ 70.
Em Nova York, o WTI para agosto subiu US$ 2,45 (+3,60%), a US$ 70,53, o maior nível do barril desde 24 de maio. Na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres, o Brent para setembro avançou US$ 1,59 (+2,13%), a US$ 76,14.
Desde a manhã, o petróleo tinha trajetória de alta nos dois lados do Atlântico, diante de risco para oferta do Canadá, devido à paralisação da extração em regiões de areias betuminosas, e na Líbia, mergulhada na instabilidade política.
No final da manhã, a notícia apurada com fontes pela Dow Jones Newswires de que os Estados Unidos esperam que todos os países cortem suas importações do Irã a "zero" até 4 de novembro apoiou o salto adicional do óleo.
De acordo com a reportagem, um alto funcionário do Departamento de Estado afirmou que Washington estuda até sanções contra as nações que continuarem comprando petróleo do Irã. Os compradores da commodity iraniana esperavam que os EUA concedessem um prazo mais longo para reduzir as importações ou até isentar algumas nações.
Na segunda à noite, o ministro de Finanças da França, Bruno Le Maire, reclamou publicamente da demora dos Estados Unidos em responder ao pedido conjunto com a Alemanha e o Reino Unido para isentar as importações de petróleo iraniano desses países de eventuais sanções.
O impulso aos preços ocorre ainda no contexto pós-reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). No final da semana passada, as nações em parceria com outras produtoras decidiram aumentar a produção em até 1 milhão de barris por dia. O cartel e outros dez países de fora do grupo, como a Rússia, têm contido sua produção em cerca de 1,8 milhão de barris por dia, ou 2% da oferta global, desde o início do ano passado.