Porto Alegre, quinta-feira, 08 de maio de 2025.
Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Porto Alegre, quinta-feira, 08 de maio de 2025.

Economia

- Publicada em 24 de Junho de 2018 às 22:08

Canola atrai cada vez mais o produtor pela sua rentabilidade

 Controle mais eficiente de pragas reduz gastos com insumos

Controle mais eficiente de pragas reduz gastos com insumos


/PAULO ERNANI PERES FERREIRA/EMBRAPA TRIGO/DIVULGAÇÃO/JC
Eduardo Lesina
O cultivo de canola no Rio Grande do Sul vem se expandindo em área nos últimos anos. Utilizada como cultura principal ou cultura complementar, a espécie da família das crucíferas cresce e se aproxima da soja em valor de mercado. Cultivada desde 1974 no Estado, a canola ascendeu economicamente nos últimos anos, devido ao baixo custo de produção, a rentabilidade e as condições térmicas propícias para o seu plantio.
O cultivo de canola no Rio Grande do Sul vem se expandindo em área nos últimos anos. Utilizada como cultura principal ou cultura complementar, a espécie da família das crucíferas cresce e se aproxima da soja em valor de mercado. Cultivada desde 1974 no Estado, a canola ascendeu economicamente nos últimos anos, devido ao baixo custo de produção, a rentabilidade e as condições térmicas propícias para o seu plantio.
O pesquisador da Embrapa Trigo, Gilberto Tomm, justifica o fato da área de plantio da canola ter se estabilizado nos últimos anos. "A probabilidade é de que esteja ocorrendo uma manutenção da área semeada (sem ingresso de novas áreas)", afirma Gilberto Tomm, pesquisador da Embrapa Trigo, com sede em Passo Fundo (RS). O pesquisador estima em torno de 32 mil a 40 mil hectares plantados no Estado. Na Região de Palmeira das Missões, o produtor  Vilson Baumgratz, que há quatro anos investe na cultura, prevê um crescimento de mais de 30% na área semeada neste ano (1.050 hectares), em comparação a 2017. 
A canola cresce em popularidade por suas propriedades e, principalmente, pelo seu baixo custo de produção. Um dos pontos que esclarecem esse baixo custo, é a independência ao uso de fungicidas. "As principais doenças que acometem a plantação de canola são controladas geneticamente. Desse modo, reduz-se o dispêndio, uma diferença bem grande da plantação de trigo, por exemplo", avalia Tomm. Segundo ele, essa característica permite uma economia de R$ 180,00 a R$ 200,00 por hectare em insumos.
A ligação entre canola e trigo se estende além das característica compartilhadas por serem culturas de inverno. Como lavouras complementares e juntos a outros grãos, fazem a rotatividade nas terras gaúchas. "A recomendação tecnológica é fazer uma rotação, onde a canola retorne, em três anos, para a área plantada inicialmente", explica o pesquisador, que ainda aponta ao fato das propriedades da canola elevarem a qualidade do solo, auxiliando na colheita de outras culturas implantadas.
"Usamos a rotação de cultura com a canola e isso melhora as condições do solo para as próximas semeaduras", explica Baumgratz. Esse plantio multicultura, além de fortalecer o solo e garantir melhores qualidades para o cultivo, é uma garantia de investimento, beneficiando o produtor com a diversificação e, consequentemente, com a redução de riscos.
O Rio Grande do Sul concentra mais de 58% de toda a área cultivada de canola no País. O Noroeste do Estado, na Região de Cruz Alta e Santo Ângelo, representa o berço da produção no Brasil. Na safra passada, Cruz Alta obteve 10.600 hectares reservados à canola, já Santo Ângelo apresentou 5.000 hectares.
A expectativa de produtividade, em média, é de colher de 1.475 a 1.500 quilos por hectare, mas os agricultores que apresentam maior domínio no processo, têm obtido rendimentos na faixa de 2.500 quilos por hectare.
Conforme Tomm, a canola é altamente lucrativa, uma vez que a oleaginosa normalmente encontra mercado na época de colheita. Além disso, desde 2016, o preço médio da saca (60kg) entre canola e soja se equivalem. "A canola, provavelmente, é a oportunidade mais importante para aumentar a diversidade de cultivos da produção de grãos no Rio Grande do Sul", esclarece Tomm.
Conteúdo Publicitário
Comentários CORRIGIR TEXTO
notification icon
Gostaria de receber notificações de conteúdo do nosso site?
Notificações pelo navegador bloqueadas pelo usuário