Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Cultura

- Publicada em 15 de Novembro de 2021 às 20:14

Feira do Livro chega ao fim com alta de 15% no faturamento

Vendas na 67ª Feira do Livro de Porto Alegre superaram em 10% número de exemplares vendidos em 2019

Vendas na 67ª Feira do Livro de Porto Alegre superaram em 10% número de exemplares vendidos em 2019


MARIANA ALVES/JC
Um dos mais tradicionais eventos literários do Brasil, a 67ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre chegou ao fim e em grande estilo. A edição deste ano superou em 15% o faturamento da feira de 2019, ultrapassando os R$ 3 milhões de receita. Foram 170 mil exemplares vendidos durante os 18 dias de feira, mesmo com número reduzido de bancas.
Um dos mais tradicionais eventos literários do Brasil, a 67ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre chegou ao fim e em grande estilo. A edição deste ano superou em 15% o faturamento da feira de 2019, ultrapassando os R$ 3 milhões de receita. Foram 170 mil exemplares vendidos durante os 18 dias de feira, mesmo com número reduzido de bancas.
Neste ano, a Praça da Alfândega recebeu 56 barracas, ante as 88 de 2019. A volta do formato presencial da feira, após um 2020 marcado pela pandemia e por um evento totalmente online, lembrou muito uma feira do livro normal, como o porto-alegrense está acostumado: a estrutura montada com gazebos brancos, altos, cuneiformes, abrigando diversas bancas de livros que tomavam a Praça da Alfândega, no Centro Histórico da Capital gaúcha. Esta edição, porém, teve um significado ainda mais especial: foi o reencontro dos leitores com a literatura viva, com os donos de sebos e pequenas livrarias locais, com escritores, com o teatro literário, com apresentações, danças e com a cultura. O público não decepcionou. Mesmo neste último feriado de evento, a praça continuava lotada por apreciadores da literatura. Muitos deles, indo à feira pela primeira vez desde o início da pandemia.
Como destacou o patrono deste ano, o escritor e poeta gaúcho Fabrício Capinejar, o evento "superou todas as expectativas". "Primeiro, porque foi uma feira coesa, unida como nunca. Houve uma corrente de amizade entre livreiros, distribuidores e editores. Um dos pontos altos de toda a programação foi a área infantil, sempre repleta, cheia, com famílias inteiras ouvindo não só contação de histórias, mas toda uma trupe teatral interpretando os principais livros de toda a literatura gaúcha", relatou Carpinejar.
Mesmo com o feriadão, que deslocou muitas pessoas para o litoral gaúcho, quem ficou na Capital, neste domingo de temperatura acima dos 30ºC, aproveitou para conferir os livros e as atrações do dia. A presença das crianças, acompanhadas pelos pais e muitas vezes por outros familiares, era realmente notável. O casal Gisele e Daniel Kronbauer levou a filha Isabela, de apenas três anos, para assistir à peça da obra infantil Bandele: o menino que nasceu longe de casa. "Acho muito importante para ela ver teatro, apresentações, ainda mais na feira do livro, que é tão rica. É gratificante ver a alegria dela", afirmou a mãe da pequena Isabela, que assistia feliz aos atores de cima dos ombros do pai. A peça é baseada no livro de Leonora Medeiros, pedagoga com 32 anos de experiência na área da literatura infantil. Presente na feira, ela fala sobre a importância do "contato da criança com o espetáculo teatral, com o escritor, que está presente na feira, e ela pode comprar o livro e ganhar o autógrafo. É uma coisa que fica registrada, tem um afeto literário que fica gravado no coração da criança e serve como estímulo e incentivo para que a própria criança também produza sua arte, que goste de dançar, que escute música, que escreva, que desenhe, e assim participe ativamente desse processo de cultura. Tudo é um ciclo", afirmou a autora.
O presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL), Isatir Bottin Filho, ficou feliz com o resultado desta volta de Feira do Livro presencial. "Estamos bem satisfeitos e a avaliação é a melhor possível, apesar de, este ano, ter sido muito difícil organizar a Feira do Livro", afirmou. Segundo Bottin, o grande desafio foi manter protocolos sanitários com o objetivo de evitar a contaminação pela Covid-19.:"Um evento com grande circulação de pessoas e nem todos cuidam, por exemplo, o uso da máscara". Ele cita também as questões financeiras que afetam os negócios.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO