Promovida pelo Sesc, começa nesta terça-feira (19) a 23ª edição do projeto Sonora Brasil, com a apresentação de um repertório inédito, composto por músicas de mais de 100 compositoras brasileiras e 21 grupos indígenas de diversas etnias, que mostram toda a potência do evento virtual em divulgar as mais diferentes manifestações musicais do País. Em função da pandemia, o circuito não ocorreu em 2020 e, neste ano, todos os espetáculos foram gravados em formato online, em mais de 20 estados, e serão transmitidos pelos canais de YouTube do Sesc em cada estado.
As exibições ocorrem até 12 de novembro, sempre às 18h30min (
A música dos Povos Originários do Brasil) e às 20h (
Líricas femininas - A presença da mulher na música brasileira). O calendário das apresentações está disponível no site
www.sesc.com.br/sonorabrasil.
Povos Originários apresentará a estética musical dos povos indígenas com apresentações de grupos de Norte a Sul do Brasil, alguns que foram montados especialmente para o projeto, e que traduzem ritos e festejos. Banda Kaymuan: Povo Tupinikim (ES); Bari Bay: Caminho do Sol (AC); Coral Guarani Aldeia Araponga (RJ); Coral Guarani Aldeia Mata Verde Bonita: Tekoa Ka’ Aguy Ovy Porã (RJ); Grupo Dzubucuá: Povo Kariri-Xocó (AL); Grupo Increr: Povo Krahô (TO); Grupo Kruviana (RR); Grupo Memória Fulni-ô (PE); Grupo Nóg gã do Povo Kaingang (RS); Grupo Pintados do Tamariná: Povo Xokó (SE); Grupo Tàràpuir’ete: Grupo Teko Guarani do Povo Guarani Mbyá (RS); Grupo Wagôh Pakob: Povo Paiter Surui (RO); Maxakalis (MG); Oz Guarani e Coral TI Jaraguá: Povo Guarani (SP); Povo Pataxó (BA); Povo Sateré Maué: A miscigenação do Gambá de Maués (AM); Povo Tremembé de Almofala (CE); Povos Potiguara (PB); A música do povo “Waurá” (MT).
Líricas femininas tem como objetivo trazer visibilidade à produção musical das mulheres. Ao todo, cerca de cem artistas, que participam pela primeira vez do Sonora Brasil, visitarão um repertório de mais de cem compositoras brasileiras. Entre as apresentações voltadas à música de tradição regional, estão Zenaide Parteira (AC); Mestra Ana da Rabeca (CE); Vó Mera (PB); Márcia Siqueira (AM); e Vera-Zuleika (MT). Afro-brasilidades com Nilze Carvalho (RJ); Célia Sampaio (MA); e Júlia Tizumba (MG). Música Indígena e ativismo: Márcia Kambeba (AM) e Narubia Werreria (TO). Rappers: MC Cida Aripória e Cléia Alves (AM). Cultura Pop: Isabela Huk (PR). Música Contemporânea: Clarissa Ferreira (RS). Nova MPB: Josyara (BA), Lívia Mattos (SP) e Sthe Araujo (SP) e Irma Ferreira (BA). Instrumentistas: Samara Líbano (RJ) e Nina Fola (RS).
“A cada edição, o Sonora Brasil desbrava um universo de expressões musicais. Nesse ano, resgatamos as composições que guardam tradições regionais, passando por afro-brasilidades, composições indígenas e contemporâneas, MBP e até o rap. O projeto contempla toda a pluralidade da música brasileira e realiza um mapeamento de mulheres compositoras que é muito relevante. Com isso, o Sesc apresenta ao público, artistas e grupos que estão fora dos grandes centros, além de contribuir para a história e o acervo cultural nacional", explica a analista de Cultura do Departamento Nacional do Sesc, Sylvia Leticia Guida.
As apresentações do Sonora Brasil são de caráter essencialmente acústico, como forma de valorizar a autenticidade musical das obras. Uma curadoria formada por profissionais do Sesc é responsável pela seleção dos temas e grupos que integram a programação. Para escolha dos artistas e grupos, foram consideradas questões sociais, ligadas à diversidade de ritmos, de territórios e de artistas. O projeto contempla ainda oficinas, rodas de conversas e exibição de filmes, que serão promovidas, também em ambiente on-line, por unidades do Sesc de todas as regiões do País. Os catálogos de todas as edições estão disponíveis para consulta no
site do Sonora Brasil.