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Cultura

- Publicada em 03 de Setembro de 2019 às 03:00

Barão Vermelho lança primeiro álbum de inéditas em 15 anos

Com Rodrigo Suricato (centro) nos vocais, banda apresenta disco 'Viva', com músicas inéditas

Com Rodrigo Suricato (centro) nos vocais, banda apresenta disco 'Viva', com músicas inéditas


MARCOS HERMES/DIVULGAÇÃO/JC
Frederico Engel
De voz nova e com retorno do tecladista fundador, o Barão Vermelho lança seu primeiro álbum de inéditas desde 2004 - Viva. Com nove composições inéditas, o disco da banda composta por Fernando Magalhães, Guto Goffi, Maurício Barros e Rodrigo Suricato já está disponível nas plataformas digitais.
De voz nova e com retorno do tecladista fundador, o Barão Vermelho lança seu primeiro álbum de inéditas desde 2004 - Viva. Com nove composições inéditas, o disco da banda composta por Fernando Magalhães, Guto Goffi, Maurício Barros e Rodrigo Suricato já está disponível nas plataformas digitais.
Retornando oficialmente agora, o tecladista Maurício Barros é um dos fundadores do grupo, ainda em 1981, ao lado do baterista Guto Goffi. O Barão Vermelho surgiu após os músicos assistirem a um show do Queen - Barros permaneceu no grupo até 1988. Ausente por quase três anos, retornou em 1991 para a turnê comemorativa de 10 anos. 
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Barros nunca deixou de colaborar com novas músicas para o Barão Vermelho. Com seu retorno, ele participa mais das decisões do grupo. "Eu já me metia neste assunto antes, mas não ficava à vontade. Agora, tenho de fazer parte disso", brinca Barros.
As mudanças não se limitam ao retorno do tecladista, mas ainda incluem a chegada de Rodrigo Suricato aos vocais. Também guitarrista, Suricato já havia colaborado com Barros em outros trabalhos. "Compusemos juntos anteriormente e trabalhei por seis meses com ele. Sugeri o nome de Suricato para os demais e sabia que daria certo. É um grande músico e intérprete, que soma muito para nós", descreve.
Mudanças nos vocais do Barão Vermelho não são novidade. Cazuza e Frejat já passaram pelos microfones, como bem devem lembrar todos os fãs. "O Cazuza era um porra-louca, imprevisível, muito carismático, que fazia coisas que não esperávamos e trazia algo inusitado. O Frejat é organizado, as coisas saíam como planejávamos previamente, e extremamente talentoso", diz Barros sobre eles, destacando que Suricato, agora, traz um frescor para a banda.
Barros destaca que a intenção com o álbum Viva não é abandonar o passado do Barão, mas saber olhar para o futuro. Como comenta, parte desta nova etapa inclui a parceria com músicos do cenário atual e que trazem gêneros diferentes do rock, como o hip-hop de BK. "É uma forma de nos comunicarmos com diferentes públicos, mas, ainda assim, nos mantermos conectados com o nosso já consolidado. O BK é um artista que tem muito a falar, compusemos Eu nunca estou só junto com ele", afirma o tecladista. Outra colaboração de destaque aconteceu com Letrux em Pra não te perder, e Barros salienta a capacidade da artista e seu olhar feminino para a música.
Considerando tais aspectos, Viva se tornou um álbum com o qual o Barão buscou deixar um gostinho de quero mais no público. "As canções escolhidas são o crème de la crème. É um trabalho ligeiro, que atende ao mercado atual."
O tecladista admite que trata-se de uma adaptação para um cenário que mudou radicalmente desde 2004, ano do último disco de inéditas da banda. "Temos novas dinâmicas de consumo. Desde então, passamos por iPod, e, agora, o streaming é uma das principais ferramentas. Com isso, vivemos a era dos singles, o público não espera mais por um álbum inteiro. O que ainda precisamos melhor entender é a forma de comercializar as músicas e como remunerar os artistas corretamente, afinal é o nosso trabalho", reforça o músico.
As temáticas de Viva também buscam ser contemporâneas. Segundo Barros, a polarização política no Brasil e no mundo se tornou algo bélico, que não auxilia em nada. "O discurso de ódio é divisivo, o governo se posiciona de forma 'curiosa' em certos casos."
Dessa forma, o Barão Vermelho defende a diversidade, algo que acontece desde sua criação, com letras que enfatizam a amizade, a solidão e, claro, o amor. "Principalmente agora, o amor pelo próximo é revolucionário", completa o tecladista.
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