Quando o Carnaval virou a esquina

Tradição nos anos 1970, blocos de rua renascem em Porto Alegre e atraem cada vez mais foliões

Por Matheus Chaparini

Maria do Bairro (acima), bloco criado por Waldemar Pernambuco e Zeca Brito em 2003, impulsionou retorno do Carnaval de rua de Porto Alegre
Alô?
Oi, tio! Eu e uns amigos montamos um bloco de Carnaval e...
Waldemar Pernambuco não entendeu aquela ligação. Não tinha nenhum sobrinho de voz grossa. Quis saber quem falava do outro lado. Era o cineasta Zeca Brito, o filho do Sapiran. Aquele piá que ele conhecera com nove anos de idade, em Bagé. Na década de 1970, quando Pernambuco criou a Banda DK, na Rua da República, Sapiran Brito deu 100 camisetas personalizadas para viabilizar o primeiro desfile. "Toma aqui e vende que eu sei que tu tá tirando dinheiro do teu bolso para botar a banda na rua", disse. Agora, o Carnaval voltava para cobrar esse favor. A proposta interessou.
E esse teu bloco já tem um samba?
Não, tio.
E tem bateria? Tem harmonia?
Também não.
O bloco não tinha nada. Só um grupo de moradores da Sofia Veloso com uma ideia na cabeça e o desejo de se fantasiar e ir para a rua. Era janeiro de 2007 e faltavam duas semanas para o desfile.
Quando Zeca e seus vizinhos decidiram fazer Carnaval na Cidade Baixa, recorreram à ancestralidade. Procuraram Waldemar de Moura Lima, o Pernambuco. A banda criada por ele reunia boêmios frequentadores do Bar Encontro. "Era um local de reunião da comunidade negra no Centro, na parte nobre da cidade. A banda era 98% negrada", define. Anos depois, criou também a Rua do Perdão. Mas estava parado.
Diante da situação de ter que voltar a se envolver com o Carnaval de rua, Pernambuco também recorreu à ancestralidade. Procurou a comunidade do Areal da Baronesa, território de grande importância na história da folia de Momo na Capital.
E foi neste encontro que o Carnaval de rua de Porto Alegre virou a esquina.
Em um prazo inacreditável, o Maria do Bairro fazia sua estreia na calçada na rua Sofia Veloso. Uma caixa de som, um microfone, uma bandeira e meia dúzia de instrumentos. Não mais de 200 pessoas deram corpo ao primeiro momento de vida do bloco que hoje lota as ruas com dezenas de milhares de foliões. Não houve a necessidade de fechar a via, e a festa toda custou menos de R$ 500,00.
A bateria era formada pelas crianças do Areal do Futuro; os metais, por músicos da noite do bairro; e a harmonia misturava pessoas ligadas às tribos carnavalescas e às escolas de samba. O samba foi composto por Zeca Brito com o tema Apocalipse now: "o homem, por ganância e por riqueza, destruiu nossa beleza, mas agora vai pagar. Hecatombe, cataclismo é alto astral, é a Maria do Bairro no Carnaval".
Todos os anos, o Maria apresenta um samba ou uma marchinha homenageando personagens importantes da cultura gaúcha. Lupicínio Rodrigues, Túlio Piva, Jerônimo Jardim e Caco Velho foram alguns dos celebrados. Em 2019, o bloco homenageia Sofia Veloso, abolicionista do século XIX que dá nome à rua onde nasceu o bloco.
Zeca Brito define três elementos fundamentais que dispararam o movimento: um grupo de moradores que incluía profissionais de cinema, uma costureira e uma produtora cultural, entre outros, tinham o desejo de ocupar a rua para festejar. A influência - segundo fator - vinha principalmente de blocos cariocas, como o Bola Preta, que Zeca conhecera em viagem ao Rio.
Esse impulso vinha carregado da memória de que existira algo semelhante por aquelas bandas. A conexão Sofia Veloso-Luiz Guaranha foi o terceiro e decisivo fator.
"Mesmo com a boa intenção da classe média do bairro, a gente só faria um bloco de rua se tivesse um pé no Carnaval real do Brasil. Formou-se uma ponte cultural, histórica, transcendental e filosófica", explica Brito. Para Pernambuco, essa ligação entre a novidade do Maria do Bairro, a experiência da Banda DK e a tradição do Areal da Baronesa foi o início da festa que hoje toma conta das ruas da Cidade Baixa antes, durante e depois dos dias de momo.
"O Carnaval de rua não era bem visto pela comunidade branca. Foi assim por muito tempo. Quem acaba com isso é o Zeca, o Maria do Bairro. Quando ele entra, traz um outro círculo de relação. A classe média vem pro Carnaval", relata Pernambuco.
Em pouco mais de uma década, esse movimento de caráter comunitário se tornou um evento de grandes proporções e um negócio lucrativo, fazendo surgir novos blocos, atraindo mais público, demandando a mediação do poder público e despertando interesse de produtoras e grandes patrocinadores.

Maria do Bairro, bloco criado por Waldemar Pernambuco e Zeca Brito em 2007, auxilou na retomada do Carnaval de rua de Porto Alegre - Foto: Luiza Prado/JC

O renascimento dos blocos de rua

A Cidade Baixa andava calada. No período de Carnaval, o silêncio era quase total. No histórico bairro boêmio porto-alegrense, quase não se encontrava viva alma foliã exibindo fantasia colorida pelas ruas. Desde 2003, as escolas de samba não desfilavam na Augusto de Carvalho, tinham sido afastadas para o limite da cidade.
Em uma disputa sobre a possibilidade de desfiles na orla do Guaíba, prevaleceu a vontade de moradores do Menino Deus: desfiles cívicos e tradicionalistas, tudo bem; Carnaval, aqui, não. Foi construído o sambódromo do Porto Seco e inaugurada a decadência do Carnaval competitivo de Porto Alegre.
A Cidade Baixa perdera o protagonismo carnavalesco de outros tempos. Restavam, na memória, as saídas dos blocos na João Alfredo nos idos dos anos 1970 e Carnavais ainda mais antigos, dos blocos da Ilhota e do Areal, ou ainda das disputas entre Esmeralda e Venezianos. Mas permanecia um sentimento. Havia uma comunidade com anseio pela folia de rua, um território e a memória de mais de 100 anos de Carnaval. O que faltava era ligar os pontos.
E foi o que aconteceu no verão de 2007. Influenciado por uma viagem ao Rio de Janeiro, um morador da Sofia Veloso reuniu os vizinhos e criou um bloco. Sem bateria, camiseta ou samba. Sem nada. Apenas um grupo de pessoas com o impulso de transformar aquelas calçadas do trajeto casa-trabalho-casa de todos os dias em um grande salão aberto de uma festa popular.
A algumas quadras dali, o primeiro passo já havia sido dado. Em 2003, surgiu o bloco Areal do Futuro. O fim da Academia de Samba Integração do Areal da Baronesa deixara um silêncio na comunidade da Luiz Guaranha. A agremiação sucumbiu à mudança de território do Carnaval de escolas de samba.
Nascido naquele chão há 43 anos, Daniel da Silva Rouvel estreou na avenida "ainda molecote", no colo da mãe. Hoje, é mestre de bateria e vice-presidente do Areal do Futuro. Na Guaranha, para ele, o Carnaval sempre existiu.
Foi junto com Paulinho Silveira que Rouvel teve a iniciativa de criar o bloco, que carrega a história do Quilombo do Areal. Ali, foi coroado o primeiro Rei Momo negro de Porto Alegre, Adão Alves de Oliveira, o Lelé. Por ali, circularam - e ainda circulam - artistas do samba, do suingue e do Carnaval. Bedeu, Leleco Telles, Mestre Paraquedas, Neri Caveira são alguns dos nomes ligados àquele território. "No começo, a gente ensaiava e o Giba Giba sentava ali, ó", diz Rouvel, apontando para um canto na entrada da sede.
Nos primeiros anos, sem condições de contratar equipamento de som, a banda era formada por percussão e metais. Na sequência, foram incluídas harmonia e voz. Nos últimos anos, o bloco passou a desfilar na avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, além de fazer ensaios abertos na comunidade. Rouvel defende a importância de poder desfilar naquele território.
"Quem nasceu aqui sabe que a Cidade Baixa é onde começou o Carnaval. Os blocos desfilavam ali. Isso está na história", afirma.
Com a explosão rápida de agremiações no fim da década passada, surgiram blocos que não tinham músicos próprios. Durante anos, a bateria do Areal deu apoio a desfiles de outros grupos.
 

Mão de obra especializada

Sem batuqueiro não tem bloco. Para que o Carnaval de rua retomasse força para chegar ao grande evento que é hoje, foi importante a formação de novos ritmistas. Neste processo, a Turucutá Batucada Coletiva tem sido fundamental. Todos os anos, de 60 a 80 iniciantes e iniciados passam pela formação do grupo. Dessas oficinas saíram músicos que criaram outros blocos.
O próprio grupo nasceu de uma oficina do Central do Samba, ao longo de 2007, no Afro-Sul Odomodê. Quando o projeto acabou, restou um pessoal habilitado a tocar samba que decidiu dar continuidade ao trabalho. O bloco começou a ensaiar com instrumentos emprestados no Largo Zumbi dos Palmares. "Na primeira vez que saímos, era só batucada. Passamos pela República e pela João Alfredo. Nós éramos poucos, dava para ficar na calçada", lembra Deco Henriques, vocalista e um dos fundadores.
Em seguida, os ensaios passaram para a quadra da Acadêmicos da Orgia, na avenida Ipiranga. Hoje, o grupo tem uma relação próxima com a Imperadores do Samba. Esse encontro gera uma ponte entre o Carnaval realizado pelos blocos e o das escolas de samba.
"Quando a Turucutá vai para dentro de uma escola, leva um outro público, que gosta daquela cultura, mas acha que não vai ser bem aceito naquele espaço. Tem gente que faz a nossa oficina e nunca tinha pisado em uma quadra de escola de samba."
Com um pé na rua e o outro na avenida, a Turucutá desfila na Augusto de Carvalho, o último palco do Carnaval competitivo na região central da cidade. A atividade acontece sempre em março, geralmente no aniversário do bloco, que desfila de forma independente, com financiamento coletivo. Além do bloco de rua, tem um grupo da oficina e outro de show, que se apresenta em casas noturnas.
 

Um modelo de festa esgotado

Em poucos anos, o Carnaval de rua da Cidade Baixa explodiu. O calendário chegou a ter desfiles de dezembro a março. Diante das reclamações de moradores do bairro, em 2015, o poder público passou a intervir na organização. As datas foram reduzidas.
Parte dos desfiles foi deslocada para a orla do Guaíba, onde, anos antes, as escolas de samba haviam sido rechaçadas. O Ministério Público passou a mediar encontros entre prefeitura, blocos, moradores e produtoras.
Um grupo formado por Opinião Produtora, Grupo Austral e Olelê Music assumiu a organização dos desfiles. O evento se tornou um negócio lucrativo. Os blocos passaram a atrações artísticas contratadas, e as logomarcas de empresas de cerveja e de telefonia se espalharam pelas ruas.
Os desfiles, que antes precisavam apenas da vontade dos foliões, passaram a depender de ampla negociação e do cumprimento de uma série de exigências de trajeto, horário, segurança, banheiros químicos, ambulância e taxa de limpeza.
Com a necessidade de maior grau de organização, são criadas a Liga das Entidades Burlescas da Cidade Baixa e a Liga dos Blocos Descentralizados, em bairros da periferia.
O Carnaval de 2019 chegou a estar ameaçado, quando a Justiça concedeu liminar ao Ministério Público exigindo um Estudo de Impacto de Vizinhança. Após acordo, o evento foi liberado com apenas duas datas no bairro: sábado e terça-feira de Carnaval.
O município lançou um edital para blocos, que resultou em uma lista de 26 autorizados, e outro para a organização do evento. A empresa Impacto Vento Norte Produções Técnicas venceu a disputa, com um lance de R$ 50.001,00, pagos à prefeitura. Ela vai oferecer a estrutura para os desfiles em troca dos espaços publicitários.
Alguns blocos nascidos no bairro saem prejudicados. As únicas duas datas da Cidade Baixa não incluem o dia em que o Maria do Bairro desfila há 12 anos. A Turucutá não se inscreveu no edital e não consta na lista preliminar.
Para os integrantes dos blocos, a prefeitura, em suas intervenções, ajuda muito pouco. Nota-se, ainda, uma dificuldade em adequar um evento público de livre adesão à burocracia estatal e aos interesses dos patrocinadores.
Para Zeca Brito, do Maria do Bairro, o modelo atual se esgotou. "O Carnaval da Cidade Baixa, hoje, é um grande intervalo comercial. Ficou engessado. O que devia ser cheio de purpurina e lantejoula está tomado de bandeira impressa em plotter. É necessário o anticarnaval. Ou nós vamos ser títeres, fantoches."
 

'O Carnaval nunca deixou a Cidade Baixa'

Para o geógrafo Fábio Lopes de Oliveira, o Carnaval expõe a Cidade Baixa como um território em disputa. Blocos, moradores, poder público e empresas reivindicam o direito àquele espaço. Esse é o ponto de partida da dissertação de mestrado que Oliveira desenvolve no Departamento de Geografia da Ufrgs. Ele também participa de blocos carnavalescos independentes, como Turucutá, Bloco da Laje e Avisem a Shana que Sábado Vai Chover.
Ainda que o foco da pesquisa sejam os blocos de rua, Oliveira define como recorte temporal a migração do Carnaval competitivo para o Porto Seco. Para ele, esse é um dos vários fatores que explicam o crescimento da folia na Cidade Baixa. Outro aspecto destacado pelo pesquisador é a migração da boemia do Bom Fim para a Cidade Baixa no início dos anos 2000, criando um cenário propícios para movimentos culturais populares.
Oliveira define o processo ocorrido a partir da metade da década passada como um reflorescimento. "O Carnaval nunca deixou de existir na Cidade Baixa", conclui. Na sua avaliação, a atuação da prefeitura desfavorece os interesses dos blocos em relação aos dos moradores e das empresas.
"Moradores reclamam que, no ano passado, o Carnaval passou do limite do suportável, mas onde estava o poder público para delimitar o que é ou não suportável? Daí se tomam decisões totalmente verticais, em que as entidades carnavalescas são ouvidas, mas muito pouco consideradas", avalia.
Em diversos momentos históricos, a festa popular sofreu repressão por parte do Estado brasileiro. Para o pesquisador, há um viés racial nessa relação. A publicação Carnaval de Porto Alegre, lançada em 1992, pela prefeitura da Capital, traz relatos de repressão policial já no início do século passado.
"Dificilmente a polícia ia acabar com um baile dos Venezianos, que era um clube de elite. Há uma lógica, que não mudou, de perseguição ou total desdém do poder público às atividades do povo negro", critica.
 

Avisem a Shana e Bloco da Laje, os novatos

"A gente forjou um movimento. Cada um tinha mais de uma banda, e a gente fingia que eram várias." O depoimento é do produtor Carlos Miranda, no Filme Sobre um Bom Fim, de Boca Migotto. Miranda, falecido em 2018, se referia à cena do rock n' roll dos anos 1980, mas poderia muito bem estar falando dos blocos de rua de Porto Alegre. É comum músicos tocarem em dois ou três grupos.
O Bloco da Laje, que fez seu primeiro Carnaval em 2012, teve a bateria formada praticamente pelos ritmistas da Turucutá. Nascido desse mesmo caldo cultural, o grupo estreou na Cidade Baixa e, em seguida, levou seus desfiles para o Centro Histórico, o IAPI, a Vila Assunção e o Bom Fim. Com repertório próprio sempre renovado, a Laje faz grande espetáculo teatral-carnavalesco. Via financiamento coletivo, o bloco chegou a arrecadar R$ 38 mil para custear a saída em 2018.
Mais adiante, em meados de 2016, surgiu outra safra de blocos, puxada pelo Avisem a Shana que Sábado Vai Chover. Independentes, com menos público e sem aparelhagem de som mecânico, eles fazem o Carnaval de rua em Porto Alegre durar o ano todo.

Deixa Falar: com a bênção da Tia Carmen

Em uma das reuniões mediadas pelo Ministério Público, em janeiro de 2018, blocos, produtoras, moradores e prefeitura buscavam entendimento para a realização do evento. Com a palavra estava Diego Machado, representante do Bloco da Laje. Buscando deixar claro que todos precisavam ser flexíveis, cravou: "Aqui, ninguém é Bolchevique".
Foi interrompido por uma voz indignada: "Como não? Eu sou!". Era Maqui Borges. Militante de esquerda que teve "a mandíbula quebrada a pau" na ditadura militar, após virar de costas para o hino nacional em uma partida entre Inter e Santos, no estádio do Pacaembu, ele se ofendeu com a colocação do colega e arrancou gargalhadas dos demais.
Fundador e único presidente do Deixa Falar, não é exagero dizer que Maqui é o bloco. Em dia de desfile, chega às 8h para preparar as atividades. Chegou a organizar toda a saída por telefone de um leito do Hospital de Clínicas, em 2016, após meses de internação por uma cirurgia no joelho.
O bloco original Deixa Falar foi criado no Rio de Janeiro, em 1928, tendo, entre seus integrantes, o sambista Ismael Silva. Por ter nascido próximo ao estádio do América Futebol Clube, no bairro do Estácio, herdou o vermelho e o branco, e o leão como símbolo.
A versão porto-alegrense veio de vivências no Carnaval carioca de um grupo de amigos gaúchos. O ponto de encontro da turma há 35 anos é o Brique da Redenção, em frente ao Colégio Militar aos domingos, demarcado pelo tradicional estandarte do bloco. Em alguns domingos, vão duas ou três pessoas, em outros, dezenas.
O repertório é formado somente por marchinhas. "E se algum músico quiser atender a um pedido e tocar outro estilo, ele está fora na hora", decreta o presidente. Por muitos, ficou conhecido como "o bloco da Tia Carmen". Durante anos, o bloco teve apoio da famosa casa de diversão da Olavo Bilac e contou com Soraia Rosso, a "tia", como rainha.
O desfile tem baixo custo. As caixas de som são próprias, o palco é emprestado e trazido pelo freteiro Milton, que recebe pelo carreto e já fica para a folia. Parte dos músicos integra a diretoria. "É bom, porque daí eles tocam no amor", brinca Maqui.
Os patrocinadores são pequenos e médios estabelecimentos da região. Alguns custos saem do bolso do presidente. O boleto de R$ 500,00 da limpeza feita pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana foi o maior custo da saída de 2018. Maqui Borges se orgulha do ambiente familiar e da presença de crianças no bloco. "Nunca houve uma briga, até porque nosso patrono é o delegado Cleiton e temos mais de 30 comissários e inspetores no bloco."
Matheus Chaparini é jornalista. Tem passagens por veículos como TVE-RS, Tabaré, Jornal JÁ e A Hora, de Lajeado.