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Biografia inédita resgata a trajetória do escritor João Gilberto Noll
Ganhador de cinco jabutis e de diversos prêmios, Noll faleceu em março 2017
O mês de março de 2017 corria modorrento e quente, como sempre, quando uma notícia abalou Porto Alegre na manhã de 30 de março: o escritor João Gilberto Noll, aos 70 anos, estava morto. Ficou vazia, assim, a icônica poltrona de um dos mais talentosos escritores brasileiros.
Vastamente premiado, ganhador de cinco Jabutis (o troféu mais cobiçado da literatura brasileira) e um dos mais, se não o mais, pesquisado pelas universidades do País, Noll deixou um rastro de seguidores pelo caminho, com sua personalidade particularíssima e seu gênio instável, além de uma literatura de difícil consumo e nem um pouco popular. Era o que se diz por aí: um escritor cult.
Na imagem, a poltrona reverenciada pelo escritor gaúcho, falecido há dois anos. Foto: Tania Meinerz
Mas nem sempre foi assim. A trajetória do contista e romancista premiado começou tarde, em 1980, quando seus contemporâneos já somavam quase uma década de carreira. Caio Fernando Abreu (1948-1996), por exemplo, publicou seu primeiro livro de contos - Inventário do irremediável - em 1970. Dez anos depois, já somava três títulos individuais. Sérgio Faraco (1940), outro contemporâneo, em 1980 alcançara três volumes de contos (Idolatria, Depois da primeira morte e Hombre), o último pela cultuada Civilização Brasileira, enquanto o romancista Luiz Antonio de Assis Brasil (1945) somava duas novelas de grande repercussão: Um quarto de légua em quadro e A prole do corvo.
Tímido, inseguro até, o jovem Noll experimentou muito antes de conseguir fixar um estilo próprio em sua literatura. Antes de encontrar sua voz. Em carta ao amigo Celso Marques, datada de 6 de agosto de 1969, ele relata a frustração de ter de recomeçar e ir adiante, "a exemplo de Cordélia Brasil" - peça de Antônio Bivar que narra a determinação de uma mulher para sustentar o marido, que sonha escrever quadrinhos. Na carta, Noll remete quatro contos ao amigo, que então morava em São Paulo.
"Meus novos contos: todos experimentais, pretendendo a uma vanguarda porque acho que se, ao escrever, o cara não se propõe a um maior rompimento possível com todo o passado literário e linguístico, se o cara não se propõe a ser único no que faz, então que não escreva", relata a respeito de seu evidente radicalismo. Noll e Marques, que mais tarde voltaria a morar em Porto Alegre, se conheceram no início dos anos de 1960 no Colégio Julio de Castilhos.
"Era um sujeito extremamente arguto, tinha uma visão crítica muito lúcida. E estava sempre bem informado sobre o que aparecia. Me lembro que, nessa época, a leitura de Henry Müller, especialmente Trópico de Câncer (1934), nos impactou muito. A fúria do corpo (1981), na minha opinião, tem influência direta do Müller, a questão sexual é evidente", pontua Marques. A época também era de leituras de Ezra Pound e de T.S. Eliot, especialmente Quatro Quartetos.
"Na época, consultamos a mesma psicóloga para resolver os dilemas clássicos da adolescência. O João estava basicamente à procura do seu caminho como escritor, que ele já tateava nessa época, e como pessoa. A primeira vez em que vi o Caio [Fernando Abreu] foi na casa do João, eles estavam no quarto dele, trocando textos autorais. Na época, com todos os preconceitos vigentes, tive a nítida impressão de que os dois tinham um caso", conta ele.
Um dos contos enviados a Marques acabou sendo publicado três semanas depois, em 23 de agosto de 1969, no Caderno de Sábado do Correio do Povo, sem alterações. Aumento, uma narrativa non-sense sobre um funcionário que pleiteia uma remuneração maior, tem uma pontuação pouco convencional - especialmente para a literatura que se produzia na época em Porto Alegre - e um andamento inconstante. O texto saiu espremido em uma página com outros três autores e, inadvertidamente, foi atribuído a um certo José Gilberto Noll.
O Caderno de Sábado, que havia surgido há menos de um ano, era um oásis para quem produzia literatura na cidade, publicando originais de poesia e prosa todas as semanas, além de ensaios sobre literatura, história, folclore, ciência e artes. Publicava, também, as crônicas de Clarice Lispector no Jornal do Brasil e o Caderno H, de Mario Quintana.
Para os jovens aspirantes a escritor, como Sérgio Faraco, Lya Luft, Luiz de Miranda, Patrícia Bins ou Caio e Noll, o Caderno de Sábado era uma oportunidade real de sair da obscuridade. Caio emplacou seu primeiro conto, Os cavalos brancos de Napoleão, na edição de 6 de janeiro de 1968.
Era por meio da publicação, também, que os aspirantes tinham acesso às novidades literárias: foi na publicação que Noll chegou aos contistas Luiz Vilela e Samuel Rawet, entre outras influências confessas. Por ali soube do lançamento de Quarup (1967), de Antônio Callado, que ganhou uma resenha de Hilário Dick em quatro partes, e de A maçã no escuro (1961), cuja crítica feita pelo poeta Walmir Ayala ocupou seis edições.
A partir de Aumento e até a publicação de Solidão continental (2012), seu último livro, Noll percorreu uma carreira marcada pelos extremos: fortuna crítica e penúria comercial. Informações da agência literária que o representava, no Rio de Janeiro, apontaram um repasse de R$ 64,27 relativo ao balanço trimestral de março a junho de 2017, da editora Record - detentora de seus títulos. Um trimestre antes, o depósito havia sido de R$ 49,11.
João Gilberto Noll nunca publicou um único livro inédito por qualquer editora do Rio Grande do Sul. Ele foi encontrado em seu apartamento, na tarde de 29 de março de 2017, pela sobrinha Júlia. Estava caído no quarto, de bruços, a TV ligada em um programa de notícias em tempo real. O atestado de óbito informa que a morte ocorreu às 23h35min do dia 28 de março. Tipo de morte: ignorada.
Obstinado pela literatura
A carta de João Gilberto Noll (reproduzida ao lado) para os pais João e Ecila é datada de 28 de maio de 1980 - 19 dias antes do lançamento de O cego e a dançarina no Rio de Janeiro. O esforço de divulgação narrado pelo escritor, que iniciava sua carreira com um volume de contos aclamado pela crítica, não foi em vão: depois dos anos de penúria, de obstinação e de entrega quase irrestrita à literatura, o primeiro livro de Noll, finalmente, vinha a público. Luiz e Ju - irmão e cunhada -, e os pais não puderam comparecer ao evento.
A publicação era o ápice de um percurso que começara 11 anos antes, quando Noll abandonou a Faculdade de Letras na Ufrgs para tentar a sorte na capital carioca, cidade que sempre o acompanharia, como uma espécie de miragem: uma vida ideal, mas simplesmente impossível para o temperamento irrequieto do escritor. Na noite de 16 de junho de 1980, na livraria Muro-Ipanema, Noll recebeu amigos, festejou, encantou-se com a receptividade à sua obra - que ganhou o prêmio Jabuti na categoria autor revelação, além do prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) como ficção do ano e também do Instituto Nacional do Livro - e projetou, internamente, um grande futuro. Estava certo, mas apenas em parte.
Dias antes da sessão de autógrafos, em reportagem de 3 de junho publicada no jornal Última Hora, Noll foi duro ao relatar o fracasso de suas experiências profissionais fora da literatura, no Rio e em São Paulo, e em sua opção quase que irrestrita pela ficção, que lhe pareceria um caminho plausível dali para a frente: "O jornal e a agência de publicidade foram experiências traumatizantes para mim. A redação publicitária é endereçada e mentirosa. Existe uma grande demarcação, não há liberdade", disse ao repórter.
A reportagem segue no mesmo tom: "Foi no desemprego, trabalhando eventualmente como freelancer, que conseguiu reunir forças para se dedicar ao que ele chama de uma escrita do inconsciente", pontua o texto do repórter, que não leva assinatura.
João Gilberto Noll tinha, então, plena consciência do que iria caracterizar sua carreira de escritor, entremeada por esporádicas residências criativas e eventuais aulas em cursos universitários, pelos próximos 36 anos e 19 livros individuais, além das coletâneas. "Jamais esquematizo um conto, isto é, jamais sei o que vai sair da máquina. É uma espécie de atividade mediúnica, não no sentido místico ortodoxo. Essa experiência não tem nada de extraordinária, é apenas mais uma história de um escritor tentando fazer o seu trabalho num país subdesenvolvido. Um país em que tudo conspira contra a literatura, porque dentro desse capitalismo emergente que está aí a literatura não interessa e é perigosa", refletiu à Última Hora.
Noll não era mais um guri em 1980: tinha 34 anos, estava no Rio há mais de uma década, perambulara por jornais e agências de publicidade fazendo trabalhos comuns, literalmente passara fome, casara e descasara algumas vezes e, na literatura, com exceção de colaborações esparsas no Correio do Povo, ainda em Porto Alegre, no final de 1969, era pouco - ou nada - conhecido.
Uma reunião de feras na coletânea Roda de fogo, publicada em fevereiro de 1970
Em livro, João Gilberto Noll havia emplacado dois contos na coletânea Roda de fogo, editada pela Movimento em fevereiro de 1970, com o subtítulo 12 gaúchos contam. Um livro que conseguiu cruzar o Mampituba, mas que, 10 anos depois, não era mais lembrado. O editor Carlos Jorge Appel apresenta Noll assim na pequena seleção: "Nasceu em Pôrto Alegre (1946). É, portanto, um dos mais novos desta antologia. Tem escrito muito e colaborado com poesias e contos no 'Caderno de Sábado' do Correio do Povo. Estava realizando o curso de Letras na faculdade de Filosofia da Ufrgs, quando o abandonou por não encontrar sentido nêle. Vem pesquisando novas formas e estruturas para o conto e seus trabalhos, nesta antologia, mostram isso".
O livro era uma reunião de feras: lá estavam Josué Guimarães, Moacyr Scliar, Rubem Mauro Machado, Carlos Carvalho, Paulo Hecker Filho, Arnaldo Campos, Carlos Stein. E três jovens inéditos e promissores: além de Noll - que tinha 22 anos na data da publicação -, Caio Fernando Abreu, com 20 anos; e Emanuel Medeiros Vieira, com 24. Mas, apesar de inédito em livro, Caio já havia sido premiado pela União Brasileira de Escritores, em 1969, com os originais de Inventário do irremediável. Emanuel, um catarinense radicado em Porto Alegre, já tinha contos laureados em concursos nacionais e publicaria A expiação de Jeruza em 1972. Noll, portanto, era o mais obscuro de todos.
Arredio e tímido, Noll não era desse time de celebridades literárias, mas tinha talento suficiente para encantar um editor como Carlos Jorge Appel, que abrira a Movimento em 1968, com outros intelectuais, justamente para dar vazão ao que se produzia de novo no Estado. A antologia foi inspirada na bem-sucedida coletânea Nove do Sul, uma reunião de novos contistas publicada em 1962, numa experiência até então inédita em Porto Alegre.
Um dos remanescentes da coletânea, o escritor Emanuel Medeiros Vieira, catarinense radicado em Porto Alegre, conheceu Noll nos tempos de faculdade, em 1967. "Eu fazia Direito, na Ufrgs, e ele cursava Letras. Mesmo cursando Direito, eu podia fazer disciplinas na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Fiz, em 1968, Teoria Literária, com o Caio Fernando Abreu, a Elke Maravilha e o João. Saíamos juntos, tínhamos uma paixão pelo cinema, e eu editava uma página na Folha da Tarde, a Coluna das Terças, e escrevia críticas cinematográficas para o velho Correio do Povo. O mítico Paulo Fontoura Gastal deu muita força para nós. Foi nessa época que o Noll convidou-me para passar uns dias na casa de seus pais, em Pinhal. Foi um período de tremenda agitação política e cultural em Porto Alegre. Depois do AI-5, a barra ficou dificílima e a ditadura mostrou todos os seus dentes. João não participava muito dessas coisas. A gente lia bastante. E ele amava (como eu) os autores existencialistas, como Camus e Sartre."
A OBRA DE JOÃO GILBERTO NOLL
O autor nasceu em Porto Alegre em 15 de abril de 1946 e faleceu na mesma cidade na noite de 28 de março de 2017. Ganhou cinco Jabutis e atuou em bolsas literárias em Berkeley, Londres e Chicago. Teve seus livros traduzidos para inglês, francês e hebraico.
- O cego e a dançarina (1980) - Prêmio Jabuti/1981: categoria autor- revelação / literatura adulta
- A fúria do corpo (1981)
- Bandoleiros (1985)
- Rastros do verão (1986)
- Hotel Atlântico (1989)
- O quieto animal da esquina (1991)
- Harmada (1993)- Prêmio Jabuti/1994: categoria romance
- A céu aberto (1996)- Prêmio Jabuti/1997: categoria romance
- Contos e Romances Reunidos (1997)
- Canoas e marolas (1999)
- Berkeley em Bellagio (2002)- Finalista do Prêmio Portugal Telecom/2003
- Mínimos Múltiplos Comuns (2003) - Prêmio Jabuti/2004: categoria contos e crônicas
- Lorde (2004)- Prêmio Jabuti/2005: categoria romance
- A máquina do ser (2006)
- Acenos e afagos (2008)- 2º lugar do Prêmio Portugal Telecom/2009
- O nervo da noite (2009/juvenil)
- Sou eu! (2009/juvenil)
- Anjo das ondas (2010)
- Solidão continental (2012)
Na Cidade Maravilhosa, uma rotina com trabalho e amigos
João Gilberto Noll chegou ao Rio de Janeiro em 1969, aos 23 anos; lá permaneceu até 1986, quando regressou a Porto Alegre, aos 40 anos. Trabalhou no Jornal do Brasil e na Última Hora - nesse último, como repórter de cultura -, e colaborou com alguns veículos. Mas nunca foi um aficionado pelo ofício: via no jornalismo uma fonte de renda, algo que lhe permitiria sustento sem se afastar da produção literária. Tanto isso é verdade que os originais do romance A fúria do corpo - editado em 1981, logo após o sucesso de O cego e a dançarina - foram datilografados em laudas do Jornal do Brasil.
O escritor se mudou com a então namorada Naira Keiserman, que é atriz, diretora de teatro e professora da pós-graduação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Os dois se conheceram em um concerto da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), um ano antes, na Reitoria da Ufrgs. "Ninguém nos apresentou. Eu estava sentada mais atrás, ele mais na frente. Lembro que o achei lindo, então quando terminou, fiquei por perto, não me afastei, quando vi, estávamos conversando e pronto: ficamos juntos um tempão. A partir dali, eu passava as tardes no quarto do João, ele escrevendo e eu estudando para o vestibular. Era maravilhoso aquilo. Ele escrevia, me dava para ler. Éramos, sobretudo, isto: amigos, mais que namorados. Então decidimos vir para o Rio, embora eu soubesse internamente que não iria ficar. O João sim, tinha certeza que permaneceria. Fomos juntos na Faculdade de Filosofia (na época, no Largo São Francisco) para ver como era. Ficamos cerca de um mês no apartamento do meu irmão, em Copacabana. Fui muito feliz com ele", conta ela.
É dessa época o apartamento da Barata Ribeiro, onde Noll e muitas outras pessoas passaram a viver. "O local era uma espécie de QG: por ali passava muita gente. Lembro da Ângela Rô-Rô, do Djavan. O apartamento era do Cacá, um cara muito louco que sumiu do mapa", relembra o irmão Luiz Fernando Noll. Segue Luiz: "Ele frequentava muito a boate Sótão, na antiga Galeria Alaska. Era um lugar em que, quando se entrava, ninguém mais falava devido ao som alto. Uma vez estávamos ali e tocava Jethro Tull, que, naquela época (1972), pouca gente conhecia. Também fomos ver uma peça do Zé Celso Martinez Corrêa chamada Graças, Senhor, que durava mais ou menos quatro horas. Nos perdemos durante o espetáculo - quando chegamos em casa, em momentos diferentes, eu estava com as calças rasgadas e ele, sem camisa".
A carta
RIO DE JANEIRO, 1980*
Queridíssimos pais:
O filho aqui está que não cabe de contentamento. Enfim o livro está aí e uma carreira de escritor se inicia. Luiz e Ju estão levando um exemplar pra vocês. Achei lindo o livro; capa, prefácio, contracapa etc. Ufa! mas que trabalheira danada que dá pra divulgar um livro; não tenho parado um minuto sequer: entro em jornal, saio de jornal, vou à (sic) revistas, dou entrevistas, telefono pra crítico, escritor e pessoas em geral pra aparecerem no meu lançamento que será no dia 16 de junho (logo chegará um convite por aí).
Eu gostaria muito que o pai viesse para o lançamento. Estou sentindo muito que a mãe infelizmente não poderá vir. Mas não importa: sei que no fundo ela estará aqui comigo em pensamento dando a maior força.
Todas as reportagens que saíram sobre, assim como as críticas, eu mandarei o recorte do jornal ou revista pra vocês. Peço que me façam o mesmo, mandando o recorte de qualquer coisa que sair sobre o meu livro na imprensa gaúcha. Logo avisarei vocês se aparecerei mesmo na televisão Globo, num programa que tem na hora do almoço.
Até agora todos os críticos que leram o livro estão adorando, um deles está me achando até um dos melhores escritores que surgiu nesses últimos anos no Brasil.
Já tenho mais de duzentas pessoas de convidados para a lista de lançamento. E a lista está aumentando. Enfim, tenho feito tudo pra promover o máximo possível meu livro: dado depoimentos, tirado fotos pra mandar para os jornais, dado entrevistas. A coisa é bastante cansativa, mas vale a pena a gente lutar por algo que nos é tão importante na vida.
Tudo indica que dará para eu dar uma fugidinha a Porto Alegre pra lançar o livro também aí. Ainda não tenho nada acertado. Vamos ver. Tudo depende de eu conseguir uns dois dias de licença aqui no trabalho. Falar nisso, o trabalho aqui no DNOS (Departamento Nacional de Obras e Saneamento) está ótimo, é o tipo de atividade que eu sempre sonhei pra continuar a minha vida de escritor: tranquila, ninguém pra encher o saco com muita burocracia etc.
Semana que vem vou me inscrever no sindicato dos escritores. Enfim, sou o tão sonhado escritor.
No mais, o que tenho a dizer está na dedicatória do livro que mandei pra vocês. Estou muito feliz por poder dedicar um trabalho pra vocês dois. O livro é de vocês.
Obrigado e mil abraços e beijos, do filho com muitas saudades, João.
Estou muito contente, pois soube que a mãe está melhor de saúde, já está até saindo pra compras. Que ela fique logo logo completamente "recauchutada"!
* Flávio Ilha é jornalista e escritor, autor de Longe daqui, aqui Mesmo (Diadorim, 2018). Nesta reportagem, publicamos trechos inéditos do primeiro capítulo do livro João aos pedaços, que Ilha deve lançar no segundo semestre de 2019 sobre João Gilberto Noll.