O garoto de 12 anos avistou a mulher de gestos expansivos junto à bombonière do Theatro São Pedro no momento em que ela comprava cigarros e se preparava para assistir a Rigoletto, de Giuseppe Verdi. Sabia que ela tinha o nome de uma das personagens da ópera e que toda Porto Alegre a admirava por suas atitudes inovadoras e corajosas. Encantado com a figura da diva, o menino se aproximou e quase suplicou: "Eu queria ser teu amigo". Ela virou-se para o rapazote e sorriu, com ar de cumplicidade: "Ora, não precisas pedir, tu já és. Teu pai é amigo de meu irmão, então, nós dois já somos amigos".
Bonita e comunicativa, símbolo de exuberância e inteligência, a mulher na bombonière do São Pedro era Gilda Marinho, personalidade à frente de seu tempo, que fascinou Porto Alegre por mais de meio século. "Ela tinha no entusiasmo a essência da vida. Tudo nela era um quadro de exotismo, originalidade, avant-garde, que eu particularmente adorava", diz Paulo Gasparotto, o garoto que a viu no teatro e depois se transformou num dos amigos mais próximos, enveredando também com sucesso pelas trilhas do colunismo social.
A lista de atitudes de vanguarda de Gilda é extensa. Mulher independente, nunca precisou de um homem que lhe pagasse as contas. Circulava à noite com desenvoltura numa época em que as senhoritas eram desaconselhadas a fazer isso. "Foi pioneira também ao pintar o cabelo, a dirigir carros e até a fumar em público", diz o DJ Claudinho Pereira. Jovem, não se constrangia em usar saias curtas, que exibiam suas belas pernas, pelo menos três décadas antes da moda da minissaia. Foi ainda uma das primeiras mulheres a vestir "slack", como eram chamadas as calças compridas femininas. Uma amostra do espírito livre de Gilda repousa no chaveiro mexicano que ela deu de presente ao marchand Renato Rosa. A peça exibia uma pedra turquesa com o formato de uma cabeça de um pequeno homem. Acima, um ponto de interrogação se abria para a colocação das chaves. Recebido o mimo, Gilda explicou: "É sempre bom termos uma interrogação na cabeça". "Era a exuberância e a gentileza em pessoa. Um ser de luz, generoso. Nunca mais conheci outra personalidade com esse porte e esse garbo", diz Rosa, que guarda até hoje o chaveiro como relíquia.
Em torno dela foram criadas inúmeras lendas, algumas baseadas em falsas premissas. Mas - como sublinha Claudinho Pereira - mesmo as histórias falsas a respeito de Gilda Marinho são ótimas e dizem muito a respeito dessa mulher ímpar e inesquecível, que encantou uma Porto Alegre que não existe mais.
Bem nascida em Pelotas, Gilda Marinho era filha de uma moça de família de comerciantes abastados de Bagé e de um advogado potiguar culto, que tocava ao piano Liszt, Beethoven e Chopin e apreciava ópera a ponto de batizar a filha com o nome da personagem do Rigoletto. A primogênita do casal chegou junto com as luzes do novo século - embora tenha escondido a data de nascimento a sete chaves, existe consenso de que veio a esse mundo em 1 de fevereiro de 1900. Entre os guardados recolhidos após sua morte, estava um jornal com rasgados elogios à apresentação da jovem pianista Gilda no Conservatório de Música de Bagé. A data do exemplar foi apagada de propósito para não dar pistas da verdadeira idade. "Gosto artístico apuradíssimo, extraordinária sensibilidade", derramou-se o redator. Fora isso, ela raspou ou cobriu a caneta as indicações de tempo de quadros ou fotografias.
Antes de se transferir com a família para Porto Alegre, em 1930, Gilda estudou em regime de internato no Colégio São José, em São Leopoldo, para onde iam as meninas de fino trato do Rio Grande do Sul. Ali desenvolveu habilidades como dominar o inglês, o alemão, o francês, o espanhol, o latim e o grego. Dizem que arriscava fraseados em russo. O apresentador de televisão Tatata Pimentel garantiu ter visto Gilda dialogar com desembaraço com um chinês. Na juventude, o lado dionisíaco exibia-se no apelido "Cobrinha", por conta de formas e movimentos insinuantes que, junto com a alegria contagiante, ajudaram a elegê-la Rainha do Carnaval de Pelotas.
Na Capital, a família se instalou no Grande Hotel, na esquina da Rua da Praia com a Caldas Júnior. Cinco anos depois, o pai alugou um apartamento no edifício do Clube do Comércio, bem defronte à Praça da Alfândega, sem dúvida, o recanto mais chique da cidade na época, com cines-teatros, cafés e confeitarias, onde desfilava a nata da sociedade. Gilda morou ali até os últimos dias de sua vida.
Uma mulher impossível de não amar
Na vida amorosa, Gilda Marinho também teve ousadia como marca
PAULO GASPAROTTO/JC
“Nunca houve uma mulher como Gilda.” O slogan do filme Gilda, clássico noir de 1946 estrelado por Rita Hayworth, lhe caía muito bem, descreve Renato Rosa. Mulher independente, “Gilda não casou, nem teve filhos, numa época em que moças com mais de 25 anos, sem expectativa de casamento, eram consideradas um fracasso”, observa Claudinho Pereira. Só que Gilda estava longe de ser um fracasso. No amor, como de resto em todas as coisas da vida, elegeu a ousadia como marca.
A primeira paixão teria sido um jovem negro, que morava para os lados do Laranjal e trabalhava num armazém perto de sua casa em Pelotas. Um amor platônico que se alimentava de olhares mútuos quando o rapaz passava em direção ao emprego e a adolescente o observava da janela.
Já adulta, namorou um aviador que a chamava carinhosamente de Caxinguelê, esquilinho de cauda longa da Amazônia e do Leste do Brasil. O romance teria durado 10 anos, até Gilda viajar para o Rio de Janeiro, onde morava o noivo, com a intenção de se casar. Algo ali sucedeu e o casório não se realizou. “Depois disso, muitos homens quiseram casar com ela, mas Gilda não quis. Foi opção dela”, relembra Paulo Gasparotto. Ainda assim, conseguiu a proeza de, mesmo sem ser casada e não fazer questão de se casar, dar conselhos às leitoras sobre como segurar o marido nas colunas que escrevia na Revista do Globo.
Lá, trabalhou ao lado de Mario Quintana, que lhe dedicou um poema em 1946: “Cobrinha que sobes o monte pedrento/ Só, contra as nuvens/ Será teu esposo o vento?”. Alguém indagou ao poeta se ele estava apaixonado pela musa. “A intimidade a gente guarda para si, não conta para os outros nem para os ventos”, respondeu Quintana, antes de concluir com uma sentença irrefutável: “Impossível não amar Gilda; ela era a alegria, o coração pulsante da Globo”.
A biografia Gilda Marinho, de Juarez Porto (Editora Tchê, 1985), traz em detalhes um romance dela com José Antônio Flores da Cunha, eleito governador do Rio Grande do Sul em 1935. Num passeio até Ipanema, então balneário distante e ermo, Flores da Cunha teria pedido a Gilda que ficasse nua à beira do Guaíba. “Para tornar esse dia ainda mais lindo e completar a beleza deste pôr de sol, só faltava ver a senhora saindo destas águas, nua, vindo ao meu encontro”, solicitou Flores da Cunha, ao que ela teria respondido: “Mande que seus homens (seguranças) virem de costas, que eu te atendo”.
Relatado também na biografia Flores da Cunha de corpo inteiro, de Lauro Schirmer (RBS Publicações, 2007), o romance é veementemente desmentido por Gasparotto. “Era um homem bonito e insinuante, que seduziu atrizes de Hollywood como Josephine Baker no Cassino Atlântico (RJ), mas posso te garantir que o caso com Gilda Marinho é pura fantasia, até pela diferença de idade. É certo que Gilda gostava de homens maduros, mas não chegava a tanto (Flores da Cunha era 20 anos mais velho).” Teria sido mais uma das lendas que cercam a figura mítica de Gilda?
De todos os homens que passaram por sua vida, o que mais agitou o coração de Gilda foi José Loureiro da Silva, prefeito de Porto Alegre de 1937 a 1943 e entre 1960 e 1964. “Foi o grande amor da vida de Gilda”, confirma Gasparotto. Conforme ele, a condição de casado do político não impediu que o romance prosperasse. “A mulher do Loureiro, inclusive, tratava a Gilda muito bem e, se sabia de alguma coisa, ignorava.”
Prisão no viaduto da Borges de Medeiros
A audácia amorosa se repetia nas posições políticas. Precursora entre as mulheres que se destacam pela inteligência e a iniciativa, Gilda Marinho recriminou Marta Rocha que, ao sagrar-se Miss Brasil em 1954, declarou que nada entendia de política. "Lamento sua atitude. Nos dias que correm, a mulher precisa ter conhecimento de política. Tudo é fruto da organização social e econômica." A moça burguesa se transformou em militante política, influenciada por intelectuais ligados ao Partidão - como era chamado o Partido Comunista Brasileiro -, a exemplo do escritor Dyonélio Machado e da poetisa Lila Ripoll.
Na ditadura do Estado Novo, Gilda saía de festas ou concertos de música clássica para pichar muros com slogans em favor da anistia aos exilados. Chegou a ser presa ao colar cartazes nas paredes do viaduto da Borges, naquela que ficou conhecida como a Noite das Garrafadas, devido à explosão de bombas caseiras produzidas com garrafas no Largo da Prefeitura. "Foi uma noite de muitos estampidos, muitas correrias, algumas machucaduras e muitas prisões. Houve quem notasse que Gilda estava lá, e que fora vista com uma bomba molotov na mão", escreveria Cândido Norberto, em Zero Hora, quase meio século depois.
Aliás, Cândido - do qual depois ficaria muito amiga, a ponto de apoiar sua candidatura à Assembleia pelo Partido Socialista Brasileiro, em 1950 - deixou a militante grã-fina espumando de raiva numa reunião na Sociedade Espanhola. Gilda discursava contra a fome e a miséria quando foi interrompida pelo jovem jornalista, que proferiu à meia voz um comentário mordaz a respeito do visual da oradora - casaco de pele vison e anéis, pulseira e colar de ouro. Gilda virou-se para o rapaz atrevido: "Quero que saibas que o casaco de pele cobre meu corpo, mas não sepulta minha consciência diante dos sofrimentos do povo", disparou, arrancando aplausos da plateia.
Benito Bisso Schmidt, professor do Departamento de História da Ufrgs, descobriu a ficha de Gilda nos arquivos do Dops no tempo do Estado Novo, onde estava mencionado: "Gilda Marinho, escritora e colaboradora da Revista do Globo, cuja direção é composta de conhecidos comunistas. Suas atividades políticas se desenvolvem principalmente no meio do elemento feminino, como presidente da Liga das Donas de Casa, núcleo de reivindicações populares do PCB".
É de se registrar que a militância política estava alinhada a uma atitude pessoal de recusa a qualquer tipo de discriminação, seja por sexo, cor da pele ou posição social. "Era uma pessoa simples no trato de modo indistinto em qualquer grau e gênero", afiança Renato Rosa. A amiga Maria Helena Rambor testemunhou episódios que confirmam essa descrição: "Vi Gilda se botar aos berros para expulsar a esposa de um diretor da CEEE do Água na Boca (clube noturno na Praça Conde de Porto Alegre), que tinha sido grosseira com uma garçonete. Quando Gilda se enraivecia, era melhor sair de perto".
De braço engessado na pista
Segundo Paulo Gasparotto, mais do que colunista, Gila Marinho comentava sobre a vida da cidade
MARCO QUINTANA/JC
Ao longo da vida, Gilda Marinho alternou diferentes atividades profissionais, em paralelo à carreira de jornalista. Assim que chegou a Porto Alegre, foi lecionar piano na Escola de Belas Artes, onde estudavam meninas de famílias ricas. Admoestada pelo diretor Tasso Correa pelos modos espalhafatosos e mundanos, deu-lhe as costas e abandonou a escola para a qual voltaria bem depois para trabalhar como bibliotecária.
Foi também dona de loja de modas, mas logo descobriu que gostava de comprar e não vender vestidos e chapéus. "Sempre fui a melhor freguesa da minha própria casa." Mais sucesso teve como vendedora de seguros. Com sua lábia para convencer grã-finos, vendia apólices com facilidade nas altas rodas.
Teve ainda curtíssima carreira de bancária, graças ao irmão Gilberto, dois anos mais moço. De perfil oposto ao de Gilda, ele estudou em escolas militares e elegeu-se senador pelo Partido Social Democrático (PSD), atuando como oficial de gabinete de Juscelino Kubitschek na presidência da República.
Foi quando indicou a irmã para chefiar a Tesouraria da Caixa Econômica Federal, cargo ao qual ela foi obrigada a renunciar menos de um mês após a posse, devido à pressão de correligionários de Gilberto insatisfeitos com a nomeação. Em contrapartida, o irmão conseguiu alocá-la no posto de bibliotecária da Faculdade de Belas Artes da Ufrgs, onde havia dado aulas 20 anos antes.
Na Editora Globo, escreveu colunas, dirigiu revistas e publicou livros para um estereótipo de público feminino, perfil similar à audiência do programa Para a mulher e o lar, que comandou na rádio Farroupilha. Emancipou-se da limitação a temas de amenidades ao transferir-se para o jornal A Hora. Ao mesmo tempo colunista e colunável, ela destacou-se com a seção Carrossel, título que levaria para outras publicações como Última Hora e ZH até se aposentar em 1972. "Mais do que colunista social, era uma comentarista da vida da cidade", ressalva Paulo Gasparotto, com a autoridade de quem sabe do que está falando. Numa ocasião, ela afirmou: "Gosto imensamente de fazer jornalismo, mas detesto escrever crônica social. Prefiro abordar outros assuntos, que me facultam maior franqueza e absoluta sinceridade".
Feminista, militante política e colunista de sucesso. Gilda foi tudo isso, mas antes de qualquer coisa ela foi boêmia. No Régine's em Paris ou no Encouraçado Butikin, templo da boemia em Porto Alegre, ninguém se divertia mais do que ela. Tinha um faro imbatível para descobrir as festas mais animadas. "Mesmo aos 70 anos, continuou sendo a grande locomotiva da noite de Porto Alegre", diz o fotógrafo Leonid Streliaev.
Nos últimos anos de vida, Maria Helena Rambor foi uma das parcerias mais assíduas na boemia. "Éramos as maiores festeiras do mundo." A dupla frequentava até inferninhos gays da avenida Farrapos, quando raras casas noturnas se especializavam no público LGBT. "Fomos juradas de concursos de Miss Gay", conta Maria Helena. As noitadas se estendiam até as boates da Independência e terminavam com uma canja suculenta no restaurante Tia Dulce. Certa vez, Gilda quebrou o braço ao escorregar na pista do Encouraçado Butikin. Levada até o HPS, antes de o sol raiar estava de volta à pista, desta vez com o braço engessado. Entre um requebro e outro, gritou para o DJ: "Claudinho, pelo amor de Deus, pede um conhaque para mim porque essa m(*) está doendo muito!".
Por causa da boemia, detestava acordar cedo. A empregada Lourdes trazia o desjejum até a cama, com chá, frutas, torradas e dois ou três tipos de gelatinas (Gilda acreditava que gelatina ajudasse a eliminar rugas). Ainda que precisasse botar logo o pé na rua, o ritual da maquiagem em frente ao espelho durava pelo menos 40 minutos. Jamais aparecia em público sem estar impecavelmente arrumada. "As pessoas apreciam o luxo, a beleza, e eu gosto de satisfazer esse sentimento nos outros", justificava.
Com frequência, trabalhava de manhã sem sair da cama, com a máquina de escrever no colo. Certo dia, os afazeres se prolongaram até o horário de almoço e Gilda pediu ao gerente do restaurante do Clube do Comércio que enviasse a refeição até o apartamento. Ingenuamente, o funcionário atendeu à solicitação, ignorando que servir comida fora das dependências da entidade era prática proibida pelos estatutos da instituição.
Ao tomar ciência, o presidente do clube pediu que lhe trouxessem o título da associada para determinar a punição. Estupefato, descobriu que, apesar de frequentar as reuniões sociais e, principalmente, as rodadas de pôquer há décadas, ela jamais tinha sido sócia. "Aí ele deu um título para ela e a suspendeu por alguns dias. Coisas de Gilda Marinho", diz Gasparotto.
Seguro contra a morte
No começo de uma tarde abafada, Lourdes chamou Paulo Gasparotto até o apartamento. Estava bastante preocupada com a fragilidade do estado de saúde da patroa. Algum tempo antes, o carro em que Gilda voltava de Xangri-Lá com uma amiga capotou na rua Sete de Setembro. Aparentemente, o acidente não causou ferimentos mais sérios, mas ela ficou com uma dor na perna que a prendeu na cama nas semanas seguintes. Além disso, andava tristonha, sem ânimo, irreconhecível.
Gasparotto chamou uma ambulância para interná-la na Cardioclínica de Porto Alegre. Atraída pelo alarido da sirene, uma pequena multidão se postou junto à porta do Clube do Comércio. Estendida na maca, Gilda percebeu o alvoroço e levantou a cabeça: "Avisem às pessoas que não fui assassinada. Eu volto", disse ao enfermeiro. Não conseguiu cumprir a promessa.
Por volta de seis e meia da tarde do dia 7 de fevereiro de 1984, uma semana depois de completar 84 anos, Gilda Marinho faleceu de embolia pulmonar e parada cardíaca. Definitivamente, não era esta a sua intenção. Inspirada na experiência de agente de seguros, brincava que a humanidade deveria criar apólices contra a morte, as quais possibilitariam retornar à vida cinco, 10 ou 30 anos após a hora fatal, de acordo com o investimento.
Essa insubordinação frente à morte se manifestava a todo o momento. Numa noite, depois de esfalfar-se na pista do Encouraçado Butikin, sugeriu uma esticada até o restaurante Treviso, no Mercado Público. "Mas tu não estás cansada?", indagou a colega de colunismo Célia Ribeiro. Ao que Gilda respondeu de pronto: "Cansada? Eu tenho toda a eternidade para descansar". Contudo, pressentindo que esta seria, afinal, uma batalha perdida, recomendou aos amigos que inscrevessem em seu túmulo o epitáfio: "Aqui jaz Gilda Marinho, completamente contra a sua vontade".
Sobre Gilda Marinho
- Em 2000, foi inaugurada a Praça Gilda Marinho, no bairro Passo D'Areia, iniciativa do vereador Claudio Sebenelo.
- Gilda Marinho, de Juarez Porto, biografia publicada em 1985 pela Editora Tchê.
- Gildíssima, curta-metragem de Alexandre Derlam dos Santos, lançado em 2014, com produção da Estação Filmes.
- Nunca houve uma mulher como Gilda? Memória e gênero na construção de uma mulher “excepcional” e Gilda e Lila: Duas maneiras de ser mulher e comunista em Porto Alegre nas décadas de 1940 e 1950, artigos de Benito Bisso Schmidt, professor de História da Ufrgs, disponíveis na internet.
*Paulo César Teixeira é jornalista com textos publicados em Istoé, Veja e Folha de S. Paulo. Escreveu os livros Esquina maldita e Nega Lu - Uma dama de barba malfeita, além de editor do portal Rua da Margem (www.ruadamargem.com).