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reportagem cultural

- Publicada em 03 de Agosto de 2018 às 01:00

Mais de 100 anos depois, obra de Simões Lopes Neto atrai leitores e pesquisadores

Novas pesquisas ampliam alcance da obra de Simões Lopes Neto

Novas pesquisas ampliam alcance da obra de Simões Lopes Neto


INSTITUTO JOÃO SIMÕES LOPES NETO/DIVULGAÇÃO/JC
Não é para qualquer um passar dos 100 anos com a energia que a literatura do velho Simões Lopes Neto demonstra. Apesar das enormes barreiras linguísticas oferecidas pela sua obra principal - os Contos Gauchescos e as Lendas do Sul -, o interesse pelo universo particular criado pelo escritor só cresce entre pesquisadores e até entre os leitores comuns. Novas edições são lançadas com regularidade impressionante, entre elas textos inéditos ou que estavam adormecidos nos arquivos dos jornais da época. Nas universidades, é significativo o número de acadêmicos que voltam seu interesse para o pelotense. O resultado disso sugere mais do que o simples aumento da bibliografia do autor: mostra um dos grandes nomes da literatura brasileira ocupando posição de destaque no debate cultural para que as interpretações sobre sua obra sejam revistas.
Não é para qualquer um passar dos 100 anos com a energia que a literatura do velho Simões Lopes Neto demonstra. Apesar das enormes barreiras linguísticas oferecidas pela sua obra principal - os Contos Gauchescos e as Lendas do Sul -, o interesse pelo universo particular criado pelo escritor só cresce entre pesquisadores e até entre os leitores comuns. Novas edições são lançadas com regularidade impressionante, entre elas textos inéditos ou que estavam adormecidos nos arquivos dos jornais da época. Nas universidades, é significativo o número de acadêmicos que voltam seu interesse para o pelotense. O resultado disso sugere mais do que o simples aumento da bibliografia do autor: mostra um dos grandes nomes da literatura brasileira ocupando posição de destaque no debate cultural para que as interpretações sobre sua obra sejam revistas.
Mais de 100 anos após a morte de Simões Lopes Neto ainda não foram suficientes para reunir a sua obra completa. A personalidade dispersiva do próprio Simões e a dilapidação de seu espólio são os responsáveis pelas lacunas na reunião de seus textos, realidade que os pesquisadores ainda trabalham para reparar. Mas o cenário é animador. Obras inéditas e reedições surgem de tempos em tempos, muitas delas com novo fôlego crítico, para iluminar o caminho de quem deseja mergulhar no universo desse gigante da literatura.
Talvez o maior exemplo disso seja a descoberta de dois textos inéditos, encontrados em situações fantásticas, que revelaram o projeto pedagógico que o escritor idealizou entre 1904 e 1907. O manuscrito original de um deles, a cartilha de alfabetização Artinha de Leitura, foi descoberto na biblioteca de uma professora, provavelmente adquirido décadas antes em algum sebo. O manuscrito do outro, o livro de leitura escolar Terra Gaúcha, estava dentro de um velho baú adquirido por um colecionador. As duas obras ganharam edições em 2013, coordenadas pelo professor da Ufrgs Luís Augusto Fischer.
Os textos resumem a visão progressista do escritor com relação à educação e demonstram que ele tentou viabilizar seu projeto educacional - que foi rejeitado pelo governo da época. Artinha de Leitura já trazia, em 1907, as simplificações ortográficas que seriam aprovadas em 1911 (motivo pelo qual foi rejeitada). Ao pé das páginas com as lições, Simões Lopes Neto dá carinhosas orientações aos professores, incentivando uma educação sem humilhações e castigos.
Terra Gaúcha - cuja edição de 2013 ganhou o subtítulo Histórias de Infância, para diferenciá-lo de um outro livro também escrito por Simões e publicado somente nos anos 1950 - é um livro de leitura, direcionado aos alunos mais avançados. Inspirada no Cuore - livro infantil do escritor italiano Edmondo de Amicis que fez grande sucesso no Brasil no começo do século XX -, a obra é narrada por um protagonista menino, Mayo, que relata seus dias na escola e as aventuras que vive em suas férias, na estância. O leitor pensou certo: a semelhança com a solução narrativa dos Contos e Lendas é real. Mayo pode ser visto, sim, como o ensaio para a criação de Blau Nunes.
Quem também comemora a nova leva de edições são os apaixonados por teatro. Simões Lopes Neto tem extensa produção teatral, publicada no final do século XIX e início do XX. A maioria das peças foi apresentada pela Companhia Cênica do Clube Caixeiral, de Pelotas, com grande reconhecimento do público. Parte dessa produção já estava publicada em antologias, mas foi no ano passado que uma edição se ocupou somente do teatro de Simões. Coordenado pelos professores João Luís Pereira Ourique e Luís Rubira, o livro Teatro (século XIX) traz os sete textos dramáticos publicados até 1899. Uma nova edição, com as obras publicadas nos primeiros anos do século XX, ainda é aguardada.

Infância no campo: o elo forte do escritor

A família Simões Lopes Neto reunida na imponente sala da Estância da Graça

A família Simões Lopes Neto reunida na imponente sala da Estância da Graça


INSTITUTO JOÃO SIMÕES LOPES NETO/DIVULGAÇÃO/JC
O pequeno e estrábico João Simões Lopes Neto nasceu em uma tarde fria e ensolarada de junho de 1865, em um dos muitos quartos da grande casa que era o coração da Estância da Graça, a maior charqueada do Rio Grande do Sul, distante 30 quilômetros do Centro de Pelotas.
O primeiro neto varão do Visconde da Graça, o homem mais rico e poderoso da província naqueles dias, não pôde nascer no hospital. Segundo o relato do biógrafo Carlos Francisco Sica Diniz na obra João Simões Lopes Neto, uma biografia, as chuvas daquelas semanas haviam deixado as estradas que ligavam a propriedade à cidade intransitáveis. Então foi ali mesmo, cercada de parteiras e mucamas, que Thereza de Freitas deu à luz seu menino. A propriedade existe até hoje e se mantém economicamente ativa, com agricultura e pecuária.
Está na infância vivida no ambiente seguro da Graça o elo mais forte entre o escritor e a matéria rural da qual se ocupou na parte mais conhecida de sua obra. Ali, conviveu com os animais - tinha seu petiço e um cordeirinho de estimação, testemunhou no dia a dia as lidas campeiras dos peões e conviveu fraternalmente com Simeão, filho de escrava que já nasceu livre e foi seu irmão de leite.
Essa amizade é curiosa e dela se sabe apenas que, na idade adulta, Simeão teria vivido como agregado na casa do escritor, tendo sido, talvez, seu motorista em algum momento. Gostava de colecionar bichinhos, borboletas e ovos de passarinho que recolhia no campo, além de escrever, ler e guardar recortes. Seu pai, de acordo com as informações do biógrafo Diniz, teria mandado fazer uma escrivaninha para que o filho guardasse suas pequenas coleções.
Também foi na estância que Simões Lopes conviveu com a mítica figura do pai, Catão Bonifácio Lopes, um autêntico homem do campo, capaz de executar com maestria qualquer serviço bruto, mas também hábil dançarino e de "modos fidalgos". A presença do pai foi tão marcante que Simões dedicou Contos Gauchescos a ele: "À memória de meu pai. Saudade". Em pelo menos um dos contos - Juca Guerra -, o personagem Tandão é uma referência direta à Catão Bonifácio, que tinha mesmo esse apelido.

Os estudos no Rio de Janeiro e o misterioso retorno para Pelotas

Quando chegou o tempo da escola, o pequeno João foi para o Colégio Francês, reduto da aristocracia pelotense. Durante o período letivo, vivia com a mãe na casa da família, no Centro da cidade. Nas férias, rumava direto para a estância. Essas memórias do período escolar são inspiração direta para o livro de leitura escolar que concebeu em 1904, Terra Gaúcha, que só foi publicado em 2013.
Ao completar 11 anos, uma tragédia marca fortemente a vida do menino. Depois do longo suplício de uma doença pulmonar, morre Thereza de Freitas, deixando órfãos João Simões e suas três irmãs. A partida da mãe acelera a viagem de estudos para o Rio de Janeiro, um costume corrente entre a alta sociedade pelotense.
Morou na principal cidade brasileira durante sete anos, onde teria estudado no Colégio Abílio e cursado Medicina, sem nunca concluir. Os pormenores de sua vida no Rio são uma grande incógnita, pois nada de concreto se sabe, o que dá margem para um frenesi de dúvidas e especulações. Basta pensar que João Simões estava lá quando Machado de Assis publicou Memórias Póstumas de Brás Cubas e também quando eclodiram os movimentos republicanos e abolicionistas. Era herdeiro de família abastadíssima e certamente frequentou teatros, cafés, livrarias e a Rua do Ouvidor.
Igualmente envolto em mistério é o retorno do jovem varão à sua Pelotas natal. Uma lenda diz que o tio com quem vivia o surpreendeu espiando o banho da tia pelo buraco de uma fechadura. O fato é que, em 1884, João Simões estava de volta ao seio de sua família, entre tios e primos, e sob a farta proteção do avô.
Catão Bonifácio, nesses dias, já vivia retirado em Uruguaiana, tomando conta da Estância São Sebastião, de propriedade do visconde. Mais de uma vez, o jovem percorreu campos infinitos para estar com o pai. Nesses caminhos, de acordo com seu primeiro biógrafo, Carlos Reverbel, ouviu o relato oral da lenda da Salamanca do Jarau e conheceu, pela mão de Catão, o cerro que serviria de cenário para a narrativa de Blau Nunes, bem mais tarde.
Os anos que se seguiram ao seu retorno foram de tranquilo vaivém entre o Centro de Pelotas e a Estância da Graça, rotina que servia a um jovem herdeiro como ele. Em 1888, publica pela primeira vez na imprensa pelotense. Um inocente soneto de amor, com título em francês, que foi seguido por outros textos satíricos e que tratavam do cotidiano da cidade, na coluna que ele chamou de Balas de Estalo - o mesmo que Machado de Assis já havia usado para publicar nos jornais cariocas.

Empreendedorismo e fracassos empresariais

Escritor lançou a empresa de cigarros Marca Diabo

Escritor lançou a empresa de cigarros Marca Diabo


INSTITUTO JOÃO SIMÕES LOPES NETO/DIVULGAÇÃO/JC
Jovem entusiasmado, moderno e cosmopolita, Simões Lopes Neto queria mais do que administrar a parte que lhe tocava da fortuna da família. Em 1890, empreende sua primeira iniciativa profissional, abrindo um escritório de despachante. Foi o primeiro dos muitos fracassos profissionais que o levaram à miséria. Aqui é bom lembrar que a herança deixada pelo visconde aos filhos foi farta, mas não é a fortuna que se imagina - afinal, ele teve 22 filhos em dois casamentos.
Com seus recursos, João Simões tentou de tudo. Foi sócio ou fundador de uma vidraria, uma destilaria, uma empresa de venda de café e até de uma mineradora para explorar prata em Santa Catarina. Uma das empresas mais duradouras e bem-sucedidas - por algum tempo - foi a fábrica de cigarros Marca Diabo, batizada assim para diferenciá-la das outras, que tinham nomes de santos. O próprio Simões desenhou a logomarca, com a figura de um diabinho. Ainda em situação financeira confortável, casou-se, aos 27 anos, com Francisca Meirelles Leite, que, desde muito jovem, tinha o apelido de Dona Velha. Dessa união não resultaram filhos biológicos, apenas uma filha adotiva chamada Firmina, que acompanhou a mãe pelos largos 50 anos que ela sobreviveu ao marido.
Uma das últimas chances de manter o conforto financeiro é também eloquente para se especular sobre o caráter e a personalidade de João Simões. Ao receber o título de notário, foi administrador de um cartório durante dois anos. Apesar da concessão ser vitalícia, abandonou o cargo. Ele não suportava a vida maçante da burocracia.
Já empobrecido e alquebrado pelos fracassos empresariais, o escritor entra na década de 1910 em plena atividade intelectual, escrevendo conferências, dando aulas e viabilizando a publicação de seu primeiro projeto na recolha de folclore, o Cancioneiro Guasca. Para sobreviver, foi trabalhar como redator remunerado em jornais como Correio Mercantil e A Opinião Pública. Quando publica suas obras maiores, em 1912 e 1913, já sente as primeiras dores provocadas pela úlcera duodenal que finalmente o levou em uma fria tarde de junho de 1916, aos 51 anos.

A incrível história da mala

Objetos pertencem ao colecionador Fausto Lopes

Objetos pertencem ao colecionador Fausto Lopes


ACERVO FAUSTO J.L. DOMINGUES/DIVULGAÇÃO/JC
É difícil encontrar por aí alguém mais apaixonado por Simões Lopes Neto do que o colecionador Fausto Domingues. Desde muito cedo interessado pelos assuntos sulinos e campeiros, encontrou no escritor pelotense a síntese que buscava sobre o tema. Ainda jovem, já colecionava edições raras e tudo o que estivesse relacionado ao autor. Em 2010, a sorte bateu à sua porta e ele pôde salvar o pouquíssimo que restou do espólio do escritor.
O jurista e professor pelotense Mozart Victor Russomano, a quem Fausto conhecia, foi um dos benfeitores que ajudou Dona Velha a sobreviver dignamente nos difíceis anos de sua velhice. Em agradecimento, ela o presenteou com uma mala em que guardava os últimos pertences do marido.
Com a morte de Russomano, Fausto foi procurado pelas herdeiras para que adquirisse alguns manuscritos que se sabiam ser de Simões. "Já tinha ouvido falar em uma mala com manuscritos, livros, enfim, coisas dele. Mas nunca ninguém tinha visto essa mala. Quando perguntei às herdeiras, elas me disseram que, naquele momento, os papéis do pai estavam sendo queimados em Pelotas. Mandamos parar na hora. Ao chegar lá, vi que a mala estava salva", relembra Fausto.
Ali dentro, o colecionador encontrou preciosidades como recortes, jornais, manuscritos e uma série de cartões postais com motivos cívicos, idealizada e produzida pelo próprio escritor. Em 2016, durante uma exposição sobre a vida e a obra de Simões, que ocorreu no Santander Cultural, a mala e todo o seu conteúdo ficaram expostos. "Sempre que vejo essa mala me emociono, parece que estou na companhia dele, ao pé de uma conversa. Por isso, fiz questão de expor tudo isso, para que mais gente experimente a mesma sensação."

Pesquisa revisa rótulos sobre a obra do autor

O processo de revisão da obra do escritor pelotense está em curso. É certo, porém, que ao mostrar um exemplar dos Contos e Lendas à esmagadora maioria dos leitores, o comentário ainda virá com palavras e expressões como "regionalista", "tradicionalista" ou "mito do gaúcho". Forte resquício da historiografia literária que posicionou Simões Lopes Neto como pré-modernista e da crítica que se apropriou de sua ficção para validar o que muitos pesquisadores chamam de "domesticação" da figura do gaúcho rio-grandense. Observar e discutir esses fenômenos pode livrar o autor de rótulos que limitam a recepção de sua obra.
Doutor em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, o professor Jocelito Zalla defendeu uma tese na qual desconstrói muitos dos filtros ainda utilizados para classificar a literatura de Simões. Um deles é a ligação direta do universo dos Contos e das Lendas com o movimento tradicionalista e a materialização da ideia de um gaúcho branco, trabalhador, disciplinado e patriótico, em oposição aos rebeldes gauchos que habitavam o pampa platino.
Segundo Zalla, a apropriação da obra de Simões pelo movimento tradicionalista é a ponta de um longo processo de enquadramento da imagem do homem do campo, levado a cabo pela elite política a partir dos anos 1920, cujo objetivo era validar, no plano simbólico, a passagem de um Rio Grande rural e atrasado para um Estado moderno. "Essa história de mito do gaúcho é anacrônica, pois Simões Lopes Neto sequer viveu para ver o movimento nascer. Não escreveu para isso", afirma.
A partir de Pelotas, Simões produziu uma prosa de tema campeiro bastante diferente de contemporâneos seus como Alcides Maia e Roque Callage. Uma das principais razões para isso, de acordo com Zalla, é o acesso que tinha à literatura produzida no países do Prata, que também viviam um movimento de recuperação de folclore e elaboração ficcional da matéria rural. O grande salto formal, que tanto distingue Simões dos demais escritores chamados regionalistas, é a narrativa em primeira pessoa, construída a partir da voz de um personagem que faz parte daquele mundo, Blau Nunes. Novidade por aqui, essa estratégia já era utilizada por poetas, payadores e escritores uruguaios e argentinos - exemplo máximo é o Martin Fierro, do argentino José Hernández, um extenso poema narrativo no qual o protagonista rememora sua vida de andanças pelo pampa, publicado em 1872.
Já se sabe com segurança que Simões manteve a assinatura de pelos menos duas revistas argentinas, Caras y Caretas e Mundo Argentino, com as quais mantinha-se atualizado sobre a produção e o debate intelectual da região do Prata. Essa aproximação ideológica com a figura errática, rebelde e, em alguns momentos, selvagem do gaucho platino, porém, não interessava ao projeto político do Partido Republicano, que queria ressaltar o pertencimento do Rio Grande do Sul ao Brasil, de origem branca e lusa. "O escritor era próximo do circuito letrado do Prata, que está na base das suas influências. Por isso produziu uma literatura tão diferente, na qual desviou da norma culta da língua portuguesa para dar voz a um personagem daquele mundo popular", explica Zalla.
No lugar de chorar o luto pela morte de um campo idealizado a partir de um narrador da elite letrada, Simões apresenta personagens complexos em sua humanidade. Não era exatamente o que atendia aos interesses do poder estabelecido - o que o interferiu na recepção de sua obra, desde o princípio.
Atento observador da obra simoniana, o professor de Literatura da Ufrgs Luís Augusto Fischer encontra fartos exemplos da distância entre Simões e seus contemporâneos, celebrados à época como escritores mais qualificados para retratar a matéria rural rio-grandense. "A narrativa em primeira pessoa é feita por uma voz popular, por um homem do campo, neto de avó charrua. Só isso já representa uma mudança radical na perspectiva da obra, uma inovação estética sem precedentes por aqui. Hoje, recebemos a obra de Simões Lopes Neto enquadrada em algumas caixas como o regionalismo e o pré-modernismo. As pesquisas e descobertas são importantes para luminar o debate e eliminar esses rótulos", completa Fischer.

Bibliografia

Terra Gaúcha e Artinha da Leitura, textos inéditos publicados em 2013

Terra Gaúcha e Artinha da Leitura, textos inéditos publicados em 2013


REPRODUÇÃO L.A. FISCHER/DIVULGAÇÃO/JC
Publicados em vida
  • 1910 - Cancioneiro Guasca
  • 1912 - Contos Gauchescos
  • 1913 - Lendas do Sul
Publicações póstumas
  • 1952 - Casos do Romualdo
  • 1955 - Terra Gaúcha - História Elementar do Rio Grande do Sul
  • 2013 - Terra Gaúcha - Histórias de Infância e Artinha de Leitura
  • 2016 - Inquéritos em Contraste
  • 2017 - Teatro (século XIX)