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Nova Olaria vai entrar em obras, e Bamboletras se muda em junho
Empreendimento vai ser revitalizado e reaberto no segundo semestre de 2024
O maior ícone comercial e de lazer do bairro Cidade Baixa, próximo ao Centro de Porto Alegre, vai entrar em obras. Os tapumes para a preparação das intervenções, com revitalização geral do Centro Comercial Nova Olaria e construção de três torres, estão sendo instalados.
A pequena e famosa livraria que opera desde a inauguração do mall, no começo dos anos de 1990, fecha até o fim de junho e se mudará para um novo local. Já a reabertura da galeria como Complexo Multiuso Nova Olaria deve ocorrer somente no segundo semestre de 2024. As obras civis começam em março de 2023.
A Bamboletras é uma das duas únicas operações que restaram no local no pós-pandemia. A outra é o cinema, que mudou de dono em 2021. Os donos do Guion Center decidiram encerrar o ponto. Agora a operação é do Cine Grand Café.
Segundo Rodrigo Putinato, CEO da Regional Sul da Cyrela, construtora e incorporadora que vai fazer a obra e é a empreendedora das torres, a livraria poderia ficar até fevereiro de 2023 no espaço, mesmo prazo estipulado para a desativação do cinema devido às obras.
Mas o proprietário da Bamboletras, o jornalista Milton Ribeiro, diz que preferiu desocupar o local agora, pois a colocação de tapumes dificulta ainda mais a visibilidade do ponto.
"Somos uma livraria de rua, mas sem rua!", comenta ele. Outras limitações incluem falta de espaço para lançamento de livros, que antes eram feitos nos cafés da galeria, que fecharam na pandemia.
Ribeiro prefere não informar, por enquanto, o novo endereço, que será no bairro, perto do Olaria. Será um local inusitado, resume o livreiro, para a coluna. O funcionamento deve começar no fim do mês que vem.
Sobre a volta da Bamboletras ao mesmo espaço, o CEO diz que o proprietário foi convidado a retornar, mas o executivo admite que a decisão será do livreiro, devido ao longo prazo para a retomada. A expectativa é que o cinema volte também ao espaço, na área mais ao fundo do mall.
A Dallasanta é a gestora do ativo imobiliário. A locação é com a empresa.
"Os donos da Dallasanta disseram que a livraria faz parte da identidade do Nova Olaria", citou Ribeiro. Mas ele lembra que a decisão vai depender das condições da locação, de preço a regras de contrato.
Putinato explica que o cinema poderá funcionar por mais nove meses, até o começo de 2023, e depois terá de fechar também.
"Serão 30 meses de obras, a partir de junho deste ano. O centro comercial e as torres ficarão prontas juntas", esclarece o executivo.
A revitalização não vai ampliar área comercial. O foco é fazer uma melhoria estrutural.
"Era um lugar muito ruim. A revitalização vai garantir uma operação por 30 anos", assegura o CEO da Cyrela.
As melhorias na área existente vão da recuperação das fachadas, substituição dos telhados por lajes impermeabilizadas com colocação de plantas (telhado verde), revitalização da Praça do Chafariz, que terá função de intersecção com todos os tipos de uso (comercial, lazer, serviços e residencial), remoção de construções irregulares na calçada da Lima e Silva e recuperação do desenho original da construção, com elevação do piso central da galeria, instalando acessibilidade.
Um dos arquitetos que dirigem o projeto e acompanhará a execução é Sérgio Marques, filho de Moacyr Moojen Marques, que concebeu a galeria comercial em 1992, informa a construtora, em nota.
Na largada, após a instalação completa dos tapumes, será montado um plantão de vendas das unidades residenciais. Dentro terá um café e uma mostra de imagens sobre a história do Nova Olaria, adianta Putinato.
O projeto prevê três torres residenciais, sendo uma de unidades familiares, com 90 metros quadrados, e duas de estúdios, com 25 metros quadrados. O perfil do empreendimento segue outros prédios que foram erguidos na região nos anos recentes ou estão em execução e que vêm gerando mais fluxo. O bairro tem uma população que vai de jovens a faixa acima de 60 anos.
O valor geral de venda das unidades é estimado em cerca de R$ 280 milhões. Já o investimento entre mall e as torres será de R$ 150 milhões, com geração de 1,5 empregos totais, entre diretos e indiretos.