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Gang terá flagship em Porto Alegre e 'sonha' com loja em São Paulo
Ana Luiza, 3ª geração do grupo familiar, aponta alta na receita após reposicionamento da marca
PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
Um papo com a CEO da Gang, Ana Luiza Ferrão Cardoso, testa o fôlego de qualquer um para acompanhar a lista de ações e planos de expansão da rede gaúcha veterana em moda jovem. A executiva, terceira geração do grupo familiar Lins Ferrão, dono também da Lojas Pompéia, deixa escapar um projeto de futuro e desafio pessoal:
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Um papo com a CEO da Gang, Ana Luiza Ferrão Cardoso, testa o fôlego de qualquer um para acompanhar a lista de ações e planos de expansão da rede gaúcha veterana em moda jovem. A executiva, terceira geração do grupo familiar Lins Ferrão, dono também da Lojas Pompéia, deixa escapar um projeto de futuro e desafio pessoal:
“Como sonho e desejo, quero muito estar em São Paulo. Depois disso, vamos para o mundo. Brinco que, no máximo em 10 anos, pretendo estar em Nova York”, ambiciona. É um sonho bem ousado chegar a um dos polos globais de tendência em varejo, mas pisar na capital paulista pode ser apenas uma questão de tempo.
“No nosso e-commerce, depois do Rio Grande do Sul, com 80% da receita, vem São Paulo, com 10%. Crescemos muito lá”, entusiasma-se a CEO.
VÍDEO: O que diz a CEO da Gang
Não há ainda uma data para chegar ao maior mercado nacional. O destino entra na pauta depois que outro plano arrancar. A Gang pretende ampliar, no segundo semestre deste ano, a presença em Santa Catarina onde tem uma loja em Balneário Camboriú.
Das 10 novas lojas para abrir este ano, seis serão no território vizinho. Florianópolis terá a primeira.
As outras quatro serão dentro de casa. Uma já abriu no Piazza Salton, novo shopping de Bento Gonçalves. As outras três serão em Montenegro, São Lourenço do Sul e Palmeira das Missões.
O investimento este ano deve chegar a R$ 5 milhões de aporte ou R$ 500 mil por loja. Além disso, as unidades e Alegrete e Ijuí mudam de endereço, ocupando pontos físicos de maior tamanho nas duas cidades.
Outro detalhe na multiplicação da rede: serão dez novas filiais por ano até 2024. Das atuais 47, a marca vai a 76. Ana Luiza cita que será o maior ciclo de expansão desde que a rede foi comprada pelo grupo em 2013.
“Abrimos 20 em nove anos e fechamos oito”, compara a CEO. A fase de fechamento de pontos, com critérios como menor resultado ou mais custo, garante ela, terminou. Os anos pandêmicos de 2020 e 2021 concentraram mais desativações. Ana Luiza cita que o processo foi feito com todo cuidado para evitar danos à marca e para realocar funcionários.
Entre as que mais chamaram a atenção, está a loja do Shopping Praia de Belas:
“Era o xodó. Foi a que mais sofri para fechar”. A marca se retirou ainda do Bourbon Wallig, do Shopping Lindóia e do Canoas Shopping. Restaram quatro na Capital - shoppings Iguatemi, Total e BarraShoppingSul e na avenida Otávio Rocha, no Centro Histórico. A do Iguatemi fecha este ano para reforma e para implantação de novidades, com provador interativo e ambientes temáticos, que vão mudar a cada três meses.
Mas a Capital volta à mira no ano que vem:
“Vamos abrir uma loja conceito (flagship) e será de rua”, adianta Ana Luiza. “Vai ter estúdio de gravação de música, cafeteria ou hamburgueria e muita tecnologia”, adianta ela.
Pulverização de mercado ajuda a alavancar o posicionamento da rede, que passou de “a loja que te entende” (2013) para “a loja que me entende” (2016) e agora apenas “Gang”, traça a CEO. “Somos uma marca minimalista de lifestyle jovem para todas as idades.”
O melhor efeito das mutações está no caixa: “O ano de 2022 está sendo ‘ma-ra-vi-lho-so’”, define a CEO.
O crescimento da receita, até abril, supera 30% ante 2021. O faturamento deve bater em R$ 93 milhões em 2022, que deve ser o melhor em 10 anos. A CEO aponta uma outra atitude atrás dos números:
“Quem continuou plantando na pandemia, colhe. Não paramos em nenhum momento de investir e abrir loja.”
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