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Minuto Varejo

- Publicada em 16 de Novembro de 2021 às 21:15

Receita da Panvel cresce 18,1% no 3º trimestre e encosta em R$ 800 milhões

Rede confirma que chegará ao fim de 2021 com mais 65 lojas no portfólio da rede no Sul e SP

Rede confirma que chegará ao fim de 2021 com mais 65 lojas no portfólio da rede no Sul e SP


LUIZA PRADO/JC
Patrícia Comunello
A Panvel, marca que vai suceder oficialmente em janeiro de 2022 o da Dimed tanto no registro na B3 e na operação completa do grupo que vai de produção, distribuição e varejo, chegou a quase R$ 800 milhões de receita bruta no terceiro trimestre de 2021 nas vendas da rede, com alta real de 18,1% em relação ao mesmo trimestre de 2020, segundo balanço da companhia divulgado no fim da noite desta terça-feira (16). 
A Panvel, marca que vai suceder oficialmente em janeiro de 2022 o da Dimed tanto no registro na B3 e na operação completa do grupo que vai de produção, distribuição e varejo, chegou a quase R$ 800 milhões de receita bruta no terceiro trimestre de 2021 nas vendas da rede, com alta real de 18,1% em relação ao mesmo trimestre de 2020, segundo balanço da companhia divulgado no fim da noite desta terça-feira (16). 
O valor do faturamento bruto foi de R$ 787,9 milhões. O lucro líquido ficou em R$ 20,3 milhões, uma margem de 2,4% sobre a receita bruta, com alta de 2,5% ante o terceiro trimestre do ano passado.
Mantendo o desempenho de 18% na evolução global do ano, o grupo, com 11,3% do varejo farma da Região Sul - avanço de 0,4 ponto percentual -, deve virar o ano com receita bruta de R$ 3,6 bilhões. Em 2020, a cifra chegou a R$ 2,9 bilhões. Segundo o grupo, a fatia da rede no e-commerce no Sul é 40% das vendas gerais do segmento e 42% em medicamentos.
Para 2022, mantido o atual nível de entrega, que tudo indica vai se firmar na estratégia traçada até agora, a Panvel deve ultrapassar com folga os R$ 4 bilhões, estimativa da reportagem do Jornal do Comércio.
Os números de crescimento do próximo ano ainda serão validados pela corporação, quando for definida a projeção, esclarece o diretor executivo de Finanças e de Relações com os Investidores do Grupo Dimed,  Antônio Napp. Na B3, a ação do grupo é a PNVL3.    
O grupo estabeleceu como meta alcançar receita bruta de R$ 6 bilhões e mais de 800 lojas. A rede tem hoje pouco mais de 500 filiais entre Rio Grande do Sul, Santa Catarina, paraná e São Paulo, e deve cumprir a abertura de 65 novas - faltam 27 unidades -, este ano e mais 65 em 2022. "Estamos em uma corrida para entregar na reta final do trimestre", comenta o executivo.  
Um indicador que explica ainda o desempenho está no ganho por loja, de R$ 525 mil por mês. Até 2025, o valor deve passar a R$ 700 mil. O balanço indicou que a receita nas lojas maduras, com mais de três anos, teve alta real (descontada a inflação) 7,9% no terceiro trimestre. 
"Isso é uma construção, não é um salto. É tijolo por tijolo, trabalho no detalhe", definiu o diretor, que espera maior valorização dos papéis da varejista pelo mercado. A Panvel também migrou ao novo mercado na bolsa. 
Napp comentou ainda que a rede não está fechada para aquisições. Em 2020, foram arrematadas redes regionais menores.  "Pode ter maiores compras, mas não tem nada de prático na mesa. O planejamento A é crescimento orgânico, mas se surgir alguma oportunidade na região onde atua podemos conversar", afirmou.

Do genérico ao serviço: o que explica o desempenho da rede

O impulso para o resultado do terceiro trimestre veio de três vertentes do negócio: vendas do digital, que seguem crescendo, no físico, que retoma com mais força com as flexibilizações e vacinação, e serviços, que aportam margem maior frente ao carro-chefe em volume, que é o braço de medicamentos e que responde por 65% da receita total.
O serviço vai da vacina, a exames e outros tipos de atendimentos em saúde, e acaba também sendo incluído na conta de fármacos. A fatia é de 3% na receita, que é considerada a maior no varejo fármaco no País.
Linhas de higiene e beleza, com impacto de produção e marcas próprias, soma 35% da comercialização. Marcas próprias tiveram alta de 22,6% nas vendas no período, chegando a 7,5% do total das vendas do varejo.
Na imunização, que cresceu exponencialmente na pandemia em farmácias, a rede respondeu por 50% das aplicações em estabelecimentos na Região Sul - não inclui vacina da Covid-19, que é gratuita -, e um terço dos testes para detecção do novo coronavírus, diz o grupo.     
Segundo Napp, o e-commerce mantém a escalada, mesmo após uma retomada do presencial. O terceiro trimestre teve o maior peso do canal digital na comercialização, de 16,3%, maior taxa no ano. Em 2020, a rede atingiu os maiores níveis, chegando a bater em 20%, mas no auge das restrições da pandemia.  
"Estamos em uma transição, com a volta do físico, mas o digital se consolida. A Panvel é omnichannel antes mesmo da pandemia", demarcou o diretor, citando que o peso chegava a 10% da receita. Na operação do digital, um trunfo que a Panvel usa é o tempo de entrega em cidades com lojas, que é de até uma hora. 
Napp aponta a condição financeira, gestão de estoque, mix de operação e eficiência por loja com mais de três anos como fatores que explicam os número da companhia. Estas ações, combinadas à gestão rigorosa de custos, colocariam a rede em condição mais "confortável" de dinheiro em caixa e resultado frente a outros varejos, seja de farmácia ou geral. Estes requisitos, como capital para investir, serão decisivos na evolução nos próximos quatro anos. 
O impacto da inflação, segundo o diretor, foi amenizado com a eficiência e ações com base de clientes. Uma delas foi ampliar a oferta de genéricos, que tem custo menor ao consumidor, e ainda operar um programa de fidelidade que busca atrair usuários das lojas com descontos progressivos, para compras frequentes, e vantagens.
Fator decisivo na eficiência: número de funcionários por loja é a menor no mercado, são 15 - setor tem 17 a 19 nas redes. Com este indicador, temos serviços acima da concorrência.
"Estes serviços levam literalmente mais clientes para dentro das lojas, conversam com propósito de proporcionar saúde e bem-estar ao cliente, gera uma margem interessante e é alavanca de mais resultado. Isso estabiliza. A margem é acima de 40%, mais que a média de medicamentos, que se mantém. Historicamente tem margem bruta acima do mercado. 
O desafio, com o recuo dos exames da Covid, é ampliar a oferta de outros teste e medições. "A pandemia mudou o hábito de consumo de serviços, como buscar a farmácia para fazer exames e mesmo para vacina. Hoje o consumidor se lembra primeiro das farmácia, pois os estabelecimentos têm capilaridade", resume Napp. "Essa é uma vantagem competitiva que veio para ficar e estamos tentando explorar cada vez mais."  
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