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Minuto Varejo

- Publicada em 11 de Novembro de 2021 às 10:00

Vendas do comércio caem 1,9% no RS em setembro; móveis e eletro puxam queda

Venda de móveis e eletrodomésticos e nos supermercados contribuíram mais para a queda

Venda de móveis e eletrodomésticos e nos supermercados contribuíram mais para a queda


ANDRESSA PUFAL/JC
Patrícia Comunello
O comércio do Rio Grande do Sul teve queda de 1,9% no volume de vendas em setembro, com maior tombo que a média do Brasil, que teve recuo de 1,3%. Móveis e eletrodomésticos e ainda supermercados puxaram o desempenho negativo na atividade gaúcha.
O comércio do Rio Grande do Sul teve queda de 1,9% no volume de vendas em setembro, com maior tombo que a média do Brasil, que teve recuo de 1,3%. Móveis e eletrodomésticos e ainda supermercados puxaram o desempenho negativo na atividade gaúcha.
A comparação é com agosto passado, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
A queda foi bem menor do que o verificado em agosto, que ficou em 5,5%. Em julho, o setor havia registrado número positivo, com alta de 1,9%. Em relação a setembro de 2020, o comércio varejista teve 1,7% menores. No ano, o acumulado é de alta de 3,1% e, em 12 meses, de 1,9%.
No País, agosto teve queda de 4,3%, no confronto com julho, que havia tido alta, de 3,1% nas vendas. Na comparação com setembro de 2020, o varejo teve queda de 5,5%.  No ano, o País tem crescimento de 3,8% e, em 12 meses, de 3,9%.
Segundo o IBGE, o volume de vendas caiu em 25 das 27 unidades da federação na comparação com agosto. 

Móveis, eletro e supermercados lideram queda no RS 

O varejo gaúcho tem dois segmentos com maior peso que puxam o desempenho negativo. A venda de móveis e eletrodomésticos, que formam um setor na PMC, caiu 20,2% em setembro, frente ao mesmo mês do ano passado.
No mês anterior, o segmento havia registrado queda, de 14%, enquanto em julho havia tido avanço de 7,3%. No ano, o volume é quase estável, quase sem crescimento.
Já os supermercados e hipermercados tiveram recuo de 6,2% no mesmo período, depois de terem caído 12,6% em agosto e 8,6% em julho. A área sofre mais com o impacto de altas de preços e efeito sobre a demanda, na área de alimentos. 
No lado positivo, aparecem na PMC gaúcha o setor de tecidos, vestuário e calçados, com elevação de 8,5%, que chegou a bater em 16,7% em agosto e 82,3% em julho. Estes segmentos de lojas tiveram impacto pesado dos meses de restrição, incluindo fechamento de pontos, e distanciamento físico.
Até mesmo os combustíveis, que vêm tendo altas seguidas de preços, que batem recorde e ultrapassam R$ 8,00 na gasolina, ficou no positivo, com 2,7%. Já no País, o setor tem queda de 4,4% no volume vendido.
JOYCE ROCHA/JC
Ainda no comércio varejista gaúcho, área de itens s farmacêuticos teve em alta de 12,6%, mercado editorial segue com saldo positivo, agora de 9,8% - a demanda aquecida se reflete em mais operações abrindo e desempenho no maior evento do segmento, a Feira do Livro de Porto Alegre. 
No conceito do varejo ampliado, que tem venda de veículos e de materiais de construção, mais quedas: de 4% na média dos dois segmentos. O desempenho teve peso do forte recuo de materiais, de 15,4%, ante recuo de 6,2% em agosto, que marcou a inversão do indicador, que foi positivo até julho em quase toda a pandemia.
Veículos tiveram queda em vendas de 5,2%, depois de dois meses de recomposição. O setor sofreu com falta de modelos novos, devido à paralisação ou redução da produção das montadores, afetada por problemas de abastecimento de autopeças e semicondutores. 

Móveis e eletro também pesam no cenário da PMC nacional

O volume de vendas do segmento de móveis e eletrodomésticos no País caiu 22,6% ante setembro de 2020, quarta taxa negativa depois de quatro meses no campo positivo, aponta o IBGE. A atividade exerceu a maior contribuição na composição absoluta da taxa interanual, respondendo por 2,7 pontos percentuais dos 5,5 pontos do recuo do comércio varejista.
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo tiveram queda de 3,7% frente a setembro de 2020, oitava redução consecutiva nessa comparação. O segmento foi o segundo que mais contribuiu, no campo negativo, para o total do indicador, somando 1,7 ponto ao indicador interanual do varejo, completam os analistas da PMC, pelo órgão estatístico.
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