Supermercados querem manter limite de área em Porto Alegre

Projeto que libera tamanho de unidades pode ser votado na segunda-feira na Câmara

Por Patrícia Comunello

Restrição atual prevê novas lojas com até 2,5 mil metros quadrados de área de vendas
A liberação do tamanho da área de venda para novos supermercados em Porto Alegre, prevista em projeto de lei (PL) que tramita na Câmara de Vereadores que pode ser votado nesta segunda-feira (20), não é aceita nem por quem atua no segmento.
Associação Gaúcha dos Supermercados (Agas) e redes regionais preferem que a restrição se mantenha na regra atual, de até 2,5 mil metros quadrados, em vigor desde 2005. Na Câmara, o PL deve ser rejeitado, informou a titular da coluna Pensar a Cidade do Jornal do Comércio, Bruna Suptitz, após ouvir partidos da base do governo e da oposição. 
O tamanho é previsto para as regiões mais adensadas, que são aquelas com maior concentração de população e mais desenvolvidas, que é o que o PL quer mudar. Pode erguer hoje loja de autosserviço maior em áreas que ficam nas bordas urbanas da Capital, como na Zona Norte, onde a Comercial Zaffari, de Passo Fundo, abriu um atacarejo da bandeira Stok Center em 2021, com 7 mil metros quadrados, ao lado da Havan. 
"Manter como está", defende o diretor da rede Asun Antonio Ortiz Romacho. A rede tem lojas em diversos bairros. "Precisamos ser democráticos, mas se liberar vão chegar empresas para exterminar o mercado gaúcho de supermercados", antevê o varejista do setor, que atua também no Litoral Norte, onde faz a maior expansão.
O temor de Romacho tem fundamento e não são apenas bandeiras de fora que estão de olho em uma liberação do tamanho. De Santa Catarina, o Bistek, com supermercado na Zona Norte, já disse à coluna Minuto Varejo que planeja mais unidades na Capital, mas que dependeria de novo patamar de área. A Comercial Zaffari também já sinalizou que gostaria de estar em mais regiões.
Um detalhe importante gerou surpresa por contrariar a regra geral. O conselho do Plano Diretor