Durante um tempo, a dúvida sobre o destino da expansão que a Zallpy decidiu fazer pairou sob a cabeça dos sócios: Rio Grande do Sul ou Santa Catarina? A empresa, que tem no seu core o `mundo software`, o que envolve de projetos de desenvolvimento de aplicações, fábrica de software a outsourcing, está dez anos no mercado com foco nas grandes empresas, como Unicred do Brasil, ThyssenKrupp, Edenred e ADP.
A base sempre esteve em Porto Alegre, mas a inauguração em 2018 de uma operação na Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), em Florianópolis, e o fato de o mercado catarinense ser cada vez mais atrativo, mexeu com os sócios. Para cada 100 mil habitantes existem 7,4 empresas de base tecnológica – no total, são mais de 500 delas espalhadas por SC segundo dados do Distrito Santa Catarina Tech Report, levantamento realizado pelo Distrito.
“Pensamos seriamente em mudar matriz para lá. Santa Catarina é um estado muito atrativo para as empresas de tecnologia e os talentos querem trabalhar lá. Mas, vimos todo esse movimento em torno do 4º Distrito e decidimos apostar aqui”, conta o CEO da Zallpy Marcelo Castro, que lidera a empresa ao lado de Lisiane Breyer e William Ayres.
Ponto para o momento pela inovação criado em Porto Alegre, liderado pelo Pacto Alegre e que trazendo junto um número considerável de adeptos, entre poder público, empresas e empreendedores. “Decidimos investir em Porto Alegre, nossa cidade, para gerar oportunidades locais. A nova economia é de colaboração e queremos, de alguma forma, contribuir com o desenvolvimento do nosso Estado”, reforça Castro.
Decisão tomada, em 2019 a empresa investiu R$ 2 milhões na nova sede. São 4 mil metros quadrados em um modelo segue o criado na operação da companhia na Acate, moderno com arenas para a realização de workshops, coworking corporativo e espaços para impulsionar startups e reunir outros players do ecossistema. “Temos aqui um ambiente para respirar tecnologia e proporcionar networking”, comemora o CEO.
A Zallpy tem 200 colaboradores, 150 no Rio Grande do Sul e 50 no estado vizinho. O faturamento em 2019 superou os R$ 25 milhões e a meta é crescer 40% em 2020. A empresa tem um centro em Alegrete para formação de pessoas na fronteira do Estado. “O maior desafio em tecnologia é encontrar pessoas. Aqui sempre temos de 30 a 40 vagas abertas, que não conseguimos preencher. Então, a ideia é fomentar a formação”, conta Castro.