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Mercado Digital

- Publicada em 13 de Fevereiro de 2019 às 21:52

Ceitec está preparada para uma eventual privatização

Segundo Paulo Luna, é importante preservar os ativos conquistados

Segundo Paulo Luna, é importante preservar os ativos conquistados


/JONATHAN HECKLER/arquivo/JC
A Ceitec está preparada para uma eventual privatização, caso haja uma sinalização do governo federal para isso. A informação foi dada ontem pelo presidente da empresa, Paulo Luna, que vê como natural esse movimento, desde que sejam preservados no País ativos importantes conquistados nos últimos anos pela operação.
A Ceitec está preparada para uma eventual privatização, caso haja uma sinalização do governo federal para isso. A informação foi dada ontem pelo presidente da empresa, Paulo Luna, que vê como natural esse movimento, desde que sejam preservados no País ativos importantes conquistados nos últimos anos pela operação.
"Temos consciência de que é necessária a redução da presença do estado para buscarmos mais eficiência. Estamos preparando em conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (Mctic) um documento que mostra o caminho que consideramos ser o mais adequado para o futuro da empresa", conta.
Segundo ele, existem várias alternativas para isso acontecer, como a abertura de capital, a venda de toda operação ou de apenas parte dela ou, ainda, a possibilidade de busca de um parceiro que ajude a Ceitec a reduzir o seu custo atual. Já existem negociação com potenciais interessados em andamento e a condição para acelerar ou não esse movimento é a sinalização do governo federal - a Ceitec é uma empresa pública de semicondutores.
O que não colabora em nada com o futuro, comenta o executivo, são as notícias de uma possível liquidação da empresa por parte do governo federal que, segundo o gestor, não tem origem em uma fonte oficial. "A pior coisa que pode acontecer é destruir o valor da empresa falando em uma extinção, porque aí vamos destruir o valor de um bem público", alerta. Luna comenta que ele e seu time têm tentando mitigar os prejuízos já causados à imagem da empresa com reuniões com os parceiros e clientes da Ceitec.
Nos últimos dois anos, os gestores da empresa têm trabalhado para elevar o valor de mercado da operação. Os resultados disso foram a ampliação do portfólio de produtos oferecidos ao mercado, a elevação do volume das vendas (a Ceitec produziu mais de 110 milhões de chips, mais da metade deles neste período) e a evolução do seu índice de avaliação de governança, passando do nível 4 para o 1, que é o máximo.
"Tivemos uma série de melhorias que apontam para um posicionamento de mercado valioso. Se um parceiro tiver interesse em uma participação mais ousada no mercado brasileiro, vai olhar para a gente como uma grande opção", acredita o gestor.
A empresa é a única da América do Sul com capacidade comprovada de desenvolver e fabricar, em larga escala, chips para responder às demandas de mercado atual. Foi para apresentar algumas destas evoluções que o presidente da Ceitec encontrou-se ontem com o governador Eduardo Leite, que demonstrou interesse em conhecer a sede da empresa, na Lomba do Pinheiro.
De nada adiantará essa evolução, entretanto, se o governo não deixar claro para o mercado que considera esse setor estratégico para o País. Os players globais não terão interesse em aportar recursos se não sentirem que os projetos vão sair do papel, como o uso de chips no Documento de Identificação Nacional e nas placas dos carros. "Se o governo destravar, vamos ter fila de parceiros e eventuais compradores", projeta Luna.
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