Pesquisa: de novo, de novo e de novo

Analista de dados, que víamos em filmes envolvendo a CIA tempos atrás, é tão importante hoje quanto um datilógrafo no século passado

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Em tempos de coronavírus, se conclui: até para vivermos mais necessitamos de pesquisa. De genoma, de DNA, de dados, de pensamentos. Contra ou a favor do isolamento total? Pesquisa. Rádio, impresso, tela? Pesquisa. Como saber o comportamento pós-pandemia? Pesquisa. Não escampamos mais... Toda comunicação tem de estar baseada em pesquisa. Analista de dados, que víamos em filmes envolvendo a CIA tempos atrás, é tão importante hoje quanto um datilógrafo no século passado. Não mais apenas IBGE, censo, eleições. Pesquisa é para tudo. Porque, afinal, não há mais espaço para achismos, feeling ou indicação do amigo (ou do presidente). Ciência, dados, estatística. Pesquisa, sim. Sempre. E cada vez mais.

Perfil

Ela fala um português sempre correto, ama a língua francesa e se comunica bem em inglês e em italiano. Morou na Inglaterra, foi de estagiária à sócia de uma das principais agências do Estado, a extinta Nova Forma, além de gerente de Marketing em empresas como Gang e Bettanin. Hoje, toca o próprio negócio, a consultoria Próximo Passo. O interessante é que, mesmo unindo tudo isso na mesma pessoa, Maria Augusta Medeiros passa longe de ser alguém arrogante ou esnobe. Com tom de voz sempre muito sereno, a publicitária formada pela Ufrgs tem duas características constantes: fala sorrindo e com os olhos muito claros brilhando. Saiba mais dessa profissional no Perfil de Coletiva.net.

Parceiros

Com o objetivo de criar uma corrente do bem, a jornalista Bruna Paulin e o publicitário Miltinho Talaveira lançaram um serviço de consultoria com foco em boas ações para empresas de pequeno e médio porte. Assim, eles ajudam a desenvolver uma série de ações que orientam, acalmam e apresentam alternativas para marcas que não possuem um profissional de comunicação em sua equipe. Atuando inicialmente de forma gratuita, a dupla elabora um mapeamento de pequenos negócios e oferece sua consultoria e análise de ações. Após, se for do interesse do cliente seguir com os serviços prestados por eles, é necessária a contratação dos profissionais.

Gente

O estúdio de design e tecnologia Huia, do Grupo W3Haus, agora conta com Ana Cláudia Milani como head de Novos Negócios. Com MBAs em Business & Management pela Universidade da Califórnia Irvine e em Gestão Empresarial pela FGV, ela é jornalista formada pela Ufrgs. Com passagens pela Paim Comunicação, 8 Total Brand, Colaborativa Knowledge Builder e Box Brasil, vem se dedicando nos últimos anos a estudos de UXWriting. O desafio, segundo Ana Cláudia, será acelerar a transformação digital nas empresas, tanto nos processos internos, quanto nas formas de se relacionar com seu público consumidor.

Agências

  • HYPE, de Porto Alegre, é uma das empresas responsáveis pela criação da série 'Tainá e os Guardiões da Amazônia', que tem 26 episódios de 11 minutos, está disponível no Netflix e é destinada ao público pré-escolar.
  • WT.AG uniu esforços dos clientes So.Si e o Supper Rissul e apostou em uma campanha de cross-branding. A ideia foi valorizar os atributos de ambas empresas: o conforto e a flexibilidade das sapatilhas da marca do grupo Piccadilly, com a necessidade de agilidade e leveza no dia a dia das colaboradoras do Supper Rissul.

Novos comportamentos

Para entender como a pandemia do novo coronavírus está mudando o modo de vida dos gaúchos, o G5 decidiu realizar uma pesquisa para captar as tendências do novo comportamento dos consumidores. O levantamento foi realizado com mil pessoas, por meio online, entre 1º e 3 de abril. De acordo com Alex Nascimento, head de Estratégia do G5 e sócio da Sunbrand, que comandou a pesquisa, o objetivo do levantamento foi contribuir para que as empresas tenham um direcionador confiável na tomada de decisões neste momento delicado pelo qual a sociedade está passando. Entre os dados, para o futuro, consumidores querem voltar à rotina depois do distanciamento (53,8%), viajar (39%), investir em estudos (21,3%), reformar a casa (16,75), comprar automóvel (12,1%) ou trocar o veículo atual (11%).

Leituras de cenários

A Morya encomendou uma pesquisa ao instituto Amostra, que detectou que a adoção do distanciamento social como estratégia para combater a pandemia de coronavírus tem avaliação favorável de 76,7% dos gaúchos. Enquanto isso, 67,3% dos entrevistados acreditam que somente algumas atividades devem ser fechadas durante o período. A pesquisa também buscou identificar como a extensão da quarentena até meados de abril afetaria a situação financeira das famílias. Para 53% dos entrevistados, a prorrogação não coloca em risco o sustento. No entanto, para 46,3%, existe risco de ficar sem dinheiro para pagar comida e aluguel. Segundo Fábio Bernardi, o estudo nasceu de uma conversa com Margrid Sauer, do Amostra. "Nos pareceu, a partir daí, que uma pesquisa sobre como as pessoas estão encarando este momento seria interessante para a agência, não só para elaboração de nossas estratégias de comunicação, mas para termos dados científicos sobre o pensamento e o comportamento das pessoas, a fim de melhor embasar nossas recomendações aos clientes neste momento", afirmou.