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Fraldinha ou vazio?
Outro dia um amigo explicava: o corte de carne tratado como vazio aqui no Rio Grande, se chama fraldinha em outros estados
Outro dia um amigo explicava: o corte de carne tratado como vazio aqui no Rio Grande, se chama fraldinha em outros estados. Como o chef Melchior Neto, autor desta receita, é de São Paulo, vamos respeitar sua terminologia. Importante mesmo é que é fácil de fazer e o resultado, muito bom!
Fraldinha recheada
Ingredientes [quatro porções]
- 1 peça de fraldinha inteira (2 a 2,5kg)
- 200 gramas de bacon
- 200 gramas de mozzarella
- 1 cenoura descascada
- 100 gramas de vagem
- 150 gramas de tomate secos
- sal grosso
- pimenta do reino
- barbante
- folhas de alumínio
Modo de preparo
1. Fazer uma abertura lateral na fraldinha, permitindo receber o recheio.
2. Cortar bacon, queijo e cenoura em tiras, acrescentar vagens e tomates secos e com eles rechear a carne.
3. Dobrar a fraldinha e fechá-la bem, amarrando com o barbante.
4. Passar a uma assadeira, polvilhar com sal grosso e cobrir com papel alumínio.
5. Aquecer o forno a 250°C e assar a carne por 30 minutos. Quando o queijo derreter e começar a escapar, recolher com uma colher, juntamente com o caldo que se formar, e jogar por cima da carne.
6. Retirar o alumínio e deixar gratinando por 20 minutos.
Almoços do século XX
Eram outros tempos, bons tempos... Com escritório no Centro Histórico, a gente conseguia almoçar com calma no Capitão Rodrigo, como se chamava o grill do Plaza São Rafael, em hotéis como o Plazinha, o City - que durante a Expointer lotava apenas com o pessoal da Fronteira-Oeste -, em restaurantes como o Hereford, o Devon e La Churrasquita, todos na mesma rua Riachuelo e alguns outros que a memória não ajuda a lembrar.
Bufês? Lembro-me de um especialista - e talvez o único na cidade que servia sistematicamente dessa forma, almoço e jantar: Angra dos Reis, na Av. Cristóvão Colombo, próximo à Rua Félix da Cunha. Deve ter sido o precursor de tantos que hoje existem.
Hoje, depois de quase quatro décadas no Moinhos de Vento, vou ao Centro uma vez por ano, se tanto. Serviço a la carte em restaurantes top há somente à noite, e mesmo que a cidade atualmente seja povoada por hamburguerias, pizzarias, cervejarias e que tais, ainda há churrascarias, galeterias e pouca coisa além disso. Para almoçar com rapidez, o jeito é encarar os bufês. Não que seja impossível comer bem dessa forma: a variedade costuma ser tamanha, que dificilmente alguém deixará de encontrar algo para preencher o prato.
Mas é diferente, sim. Nem sempre é agradável escolher em uma travessa remexida uma dezena de vezes, isso quando o pessoal da reposição não tarda, justamente quando nada sobrou de uma ou outra opção que seria de seu gosto. Afora que, em determinados horários, formam-se filas, serpenteando pelos espaços do restaurante, coisa que detesto enfrentar.
Claro, almoçar a la carte, com pressa, em um ambiente como o da imagem seria um certo exagero - trata-se do vetusto Geroge III, de Gramado -, mas luxo também cativa, certo?
Continuo escrevendo sobre almoços na semana que vem, já mudando de século.
Via e-mail
- Semana passada citei a Don Romero, no Passo d'Areia. Agora fico sabendo que há mais outra casa com proposta semelhante em Porto Alegre, a República de La Boca. Trata-se de uma parrilla ao estilo argentino, que em sua decoração evoca o bairro da Boca. Na avenida Bagé, 489, de terças a sextas-feiras das 18h30 às 23h; sábado das 12h às 15h30 e das 19h às 23h30; domingos das 12h às 15h30.
- Do que sai das grelhas, extraio o melhor: matambre relleno - bovino certamente - assado no braseiro. Embora nem sempre casas que se intitulam parrilla possuam a iguaria em seus cardápios. Imperdoável.
- Sobre a feijoada do Deville: a informação é que os acarajés continuarão a ser montados e servidos em todos os sábados, até o final da temporada. A feijoada é ótima, irresistível é uma escala na mesa de aperitivos - os acarajés são ponto alto.
- Dado Bier continua com bufês de saladas, pratos quentes, grelhados, sushi e sobremesas. Só que agora foi criado um novo menu, mantendo os preferidos da clientela - costelão, pastel, polenta, pudim - e acrescentando novidades, a cargo da chef Manoela Bertaso. Essa frigideira da foto acima - com peixe branco e legumes, creio - é uma tentação. No Bourbon Country.