Em circunstâncias normais, o Inter deverá passar trabalho amanhã. Mesmo no Beira-Rio, com 45 mil vozes a seu favor, dobrar o River é tarefa ingrata. Verdade que os argentinos terão cinco desfalques, mas ainda assim entendo que esse será o primeiro grande desafio - já que o grenalzinho não valeu - de uma temporada até agora feliz para os colorados. O futebol dos clubes argentinos quase sempre me surpreende positivamente, há uma dezena deles capazes de fazer frente aos grandes brasileiros. Terá de ser uma noite de superação colorada. Tomara!
Grêmio: a encruzilhada
O jogo de quinta-feira é fundamental para as ambições gremistas na Libertadores. Neste momento, a classificação parece estar de ponta-cabeça: em um grupo relativamente fraco, o Tricolor deveria ser o primeiro, não o último. Uma simples vitória contra os chilenos recolocaria as coisas no lugar e deixaria menos angustiante a situação, mas... A verdade é que, de tanto treinar contra adversários modestos que o Gauchão lhe impôs, quando enfrenta algum time mais próximo do seu próprio potencial o Grêmio não inspira confiança. É esse o maior obstáculo a ser vencido no Chile.
Difícil valorizar o Gauchão
River Plate amanhã no Beira-Rio, Universidad Católica quinta-feira no Chile. Com essa programação que Inter e Grêmio têm pela frente, mesmo se desejassem não poderiam se preocupar com o Gauchão. O que minimiza a importância do nosso estadual é que a dupla se encaminha para as finais usando times reservas na maior parte dos jogos. O formidável desnível em relação aos demais contamina o campeonato, a cada ano reduz o número de torcedores dos clubes menores, fulmina seus orçamentos e ameaça sua sobrevivência. Eis um problema insolúvel.
Goleiro de futsal
Lembro quando ele chegou do Bahia, depois de um ano emprestado à Ponte. Vinha para compor o elenco, que tinha perdido Alisson, vendido ao Roma. O substituto do goleiro da seleção era Danilo Fernandes, em grande fase, as chances de Marcelo Lomba jogar eram raras. Hoje é titular absoluto, vive uma temporada espetacular e domingo deu uma lição a seus colegas de posição: mostrou como se fecha o ângulo, como se enfrenta um atacante que surge sozinho e mais, como um goleiro defende com os pés, as pernas ou qualquer parte do corpo. Bem ao estilo do futsal, se necessário.
Pitacos
- Bruno Alves saiu como vilão, após desperdiçar três chances claras contra o Inter. Faltou categoria, mas quem consegue controlar a bola no gramado do Centenário?
- Alguém está precisando de goleiro? Pense em Tadeu, da Ferroviária de Araraquara.
- Revelação do Paulistão, o time é treinado por Vinícius Munhoz, gaúcho de Santa Maria. Ele treinou o Inter de lá, foi preparador físico e irá disputar a Série D do Brasileiro pela Ferroviária.
- Fórmula 1 volta a interessar, mesmo sem um piloto brasileiro para torcer. A razão é Charles Lecrerc, da Ferrari. Só o imagino pilotando no GP de Mônaco - ele nasceu no principado.