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- Publicada em 26 de Julho de 2020 às 21:27

As aparências enganam


Marcelo Moura/PREFEITURA DE NOVA PETRÓPOLIS/DIVULGAÇÃO/JC
O motor do trator estaria com problemas para fumegar desse jeito? Não. É apenas o esguicho de desinfeção periódica de ruas e avenidas de Nova Petrópolis. Como a prefeitura não tem frota, as aplicações estão sendo feitas por agricultores do Vale do Caí. O transporte dos veículos é feito pela Plenoterra. Resultado: custo cinco vezes menor. Chama-se isso de administrar com inteligência.
O motor do trator estaria com problemas para fumegar desse jeito? Não. É apenas o esguicho de desinfeção periódica de ruas e avenidas de Nova Petrópolis. Como a prefeitura não tem frota, as aplicações estão sendo feitas por agricultores do Vale do Caí. O transporte dos veículos é feito pela Plenoterra. Resultado: custo cinco vezes menor. Chama-se isso de administrar com inteligência.

O Dia do Colono e a...

Comemorou-se, no sábado o Dia do Colono conjuntamente com o Dia do Motorista. Data criada em 1964, visava restituir a auto-estima dos colonos, em especial das colônias alemãs e italianas no Rio Grande do Sul. A geração de hoje não tem ideia de como eles eram ridicularizados. Os urbanos debochavam do seu sotaque - até um governador fez essa maldade -, das roupas, e até do jeito de caminhar.

...lembrança da maldade

Quando um deles precisava ir para a cidade grande, já ficava de cabeça baixa esperando os insultos que fatalmente viriam. Até em repartições públicas eram ridicularizados. Por isso, o colono era um ser triste, que só se sentia bem na roça. No entanto, era ele quem botava comida na mesa da turba urbana, insensível e ignara. Era um peso que se carregava por toda vida.

A resposta de Teixeirinha

Um dos compositores que mais acertou o passo na crítica aos que infernizavam os colonos foi Vitor Mateus Teixeira, o Teixeirinha, que assestou sua voz e versos contra os que praticavam essa injustiça. Críticos o esnobavam, mas foi o maior cantor popular da história do Rio Grande do Sul. Na canção O colono, acertou a mão: Não ri seu moço daquele colono./ Agricultor que ali vai passando./ Admirado com o movimento./ Desconfiado lá vai vai tropicando./ Ele não veio aqui pedir nada.

Depois da tempestade...

Vem chegando o final do mês, e a contabilidade da população faz as contas do que isso representa. Já embicados no segundo semestre e desde março com isolamento, vamos para o quinto mês em regime prisional caseiro. É a quantidade de meses sem saída que impacta o emocional.

...vem outra tempestade

Para piorar, fala-se de vacinas promissoras diariamente sem que se saiba quando elas estarão disponíveis. Além disso, os casos vão aumentando e o cenário do futuro próximo é desalentador. Não há bonança à vista, então, o povo começa a questionar a eficácia do isolamento.

Ânimo, rapaziada

Pelo menos a economia gaúcha reage de alguma forma. Boletim Semanal sobre os impactos da Covid-19 nas movimentações econômicas dos contribuintes e o ICMS do Estado destaca nova variação positiva nas vendas da indústria. Após crescer 4,4% entre 4 e 10 de julho, o indicador registrou aumento de 9,1% na última semana de análise, entre 11 e 17 de julho.

Ritmo intenso...

Mesmo com a pandemia, a Procuradoria-Geral do Estado mantém uma atuação intensa: desde março, foram mais de 160 mil atividades em processos judiciais. O forte ritmo se repete em Brasília e recebeu elogio do ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça. No 24º Congresso Brasileiro de Advocacia Pública, o magistrado ressaltou a representação sistemática da PGE: "Toda semana, estão quatro ou cinco procuradores do Rio Grande do Sul para despachar no meu gabinete".

...e reconhecimento

Presidente da Associação dos Procuradores do Rio Grande do Sul, Carlos Henrique Kaipper celebrou o reconhecimento do magistrado. "Temos um trabalho efetivo em importantes causas do Estado nas cortes superiores", afirmou. Kaipper cita exemplos como a suspensão do pagamento da dívida e o ganho de ação que evitou perda de R$ 7,5 bilhões sobre ICMS da energia elétrica.

Tomara que vá

A prefeitura de Porto Alegre anunciou o conjunto de secretarias envolvidas, mais o esforço de forças-tarefas, para tocar para valer as chamadas obras da Copa, entre elas a duplicação da avenida Tronco. Tomara que vá, desta vez. É a sina dos contribuintes esperar sentados, anos a fio, por obras públicas de todos os três níveis de governo. A empreitada em questão era para 2014.

Escravidão

É irônico constatar que a tecnologia que facilita de um lado complica de outro. Sem falar nos spam e vírus, passamos uma boa parte do dia deletando bobagens no WhatsApp e SMS, para ficar só nestas duas. O primeiro está sendo loteado por emissores de besteiras. Aí toca a apagar para não pesar na memória. Nos damos conta de que passamos parte considerável do dia apagando e não lendo.

Fardo em dobro

O envelhecimento da população é uma realidade em todo o mundo e aqui no Brasil, 5% da base de pessoas ativas financeiramente na Serasa estão acima de 60 anos. Qual seria o percentual de dívidas feitas por familiares que usaram seu nome para empréstimos consignados e não pagos, essa é a grande pergunta.