O aumento do tráfego nos portos secos brasileiros foi impulsionado pelas atividades nas fronteiras que ligam o Brasil aos demais países do Cone Sul, chegando a 63% de crescimento. No Rio Grande do Sul, são monitoradas as aduanas de Santana do Livramento, Uruguaiana e Jaguarão, cujos terminais são administrados pela empresa Multilog.
Em Uruguaiana, no segundo maior porto seco de fronteira da América Latina, houve um crescimento de 37,1% no fluxo de veículos no primeiro semestre de 2021, com 70.013 veículos, enquanto que no primeiro semestre do ano anterior, 51.050 caminhões passaram pela estação aduaneira. O porto seco foi beneficiado pela exportação de carros e produtos como bobinas de aço e vinhos, oriundos do Chile.
O Porto Seco de Santana de Livramento registrou um crescimento de 63% no volume de veículos de janeiro a junho de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior. No primeiro semestre deste ano, 5.759 veículos passaram pela estação aduaneira, enquanto que no mesmo período de 2020, o fluxo foi de 3.530 caminhões. Na cidade gaúcha, o forte tem sido a exportação de peças para uma fábrica de papel que está sendo erguida em território uruguaio. Na importação, o principal fluxo de produtos são: embalagens, couro, produtos farmacêuticos e trigo.
Por fim, ainda no RS, o Porto Seco de Jaguarão apresentou uma alta de 14,8% no volume de tráfego no primeiro semestre deste ano, com um fluxo de 13.379 veículos. Os seis primeiros meses de 2020 tiveram um fluxo de 11.651 veículos. O crescimento foi influenciado pela produção de arroz do Uruguai, assim como cítricos, soja e carne bovina.
No Porto Seco de Foz do Iguaçu, com o maior movimento da América Latina, houve um aumento de 41,8% de fluxo de veículos nos primeiros seis meses deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a junho de 2021, saíram do Porto Seco de Foz do Iguaçu 98.509 veículos, enquanto que no primeiro semestre de 2020, o total foi de 69.452.
"As exportações para o Paraguai estão em alta, em especial, cimento, para atender a uma série de grandes obras naquele país, fertilizantes e maquinário também estão sendo levados para o agronegócio. Com isso, em seguida, esperamos um movimento grande de importação, com o escoamento da produção de grãos do Paraguai com destino ao Brasil", disse Francisco Augusto Silva Damilano, Gerente de Operações das Fronteiras da Multilog.