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Reportagem especial

- Publicada em 24 de Abril de 2022 às 14:00

Em implantação, Parque Canoas de Inovação quer se firmar como cluster de tecnologia

Instituição ocupa uma área de 250 hectares no bairro Guajuviras, na cidade da Região Metropolitana

Instituição ocupa uma área de 250 hectares no bairro Guajuviras, na cidade da Região Metropolitana


marcone lopes/divulgação/jc
De uma linha de produção industrial a uma smart TV, de um sistema de alarme a um carro ou um videogame. O mundo - e especialmente a economia - está cada vez mais conectado sem fios, em um caminho cada vez mais acelerado. Mas você já parou para pensar de onde saem as tais "coisas" da chamada Internet das Coisas (ou IoT, na sigla em inglês)?
De uma linha de produção industrial a uma smart TV, de um sistema de alarme a um carro ou um videogame. O mundo - e especialmente a economia - está cada vez mais conectado sem fios, em um caminho cada vez mais acelerado. Mas você já parou para pensar de onde saem as tais "coisas" da chamada Internet das Coisas (ou IoT, na sigla em inglês)?
O endereço pode ser o Parque Canoas de Inovação (PCI). É a partir das instalações da FKS Alarmes e Acessórios, instalada no começo de 2019, que é desenvolvido, por exemplo, um chip microcontrolador com tecnologia 100% brasileira. Uma inovação pensada para ser aplicada como um processador para conexão wi-fi em sistemas eletrônicos de alarme e segurança automotiva ou patrimonial. Setores em que a FKS está entre as líderes nacionais.

O chip, porém, ainda não é uma realidade. Em parceria com a UFSM, a empresa agora busca recursos para o desenvolvimento do produto. Algo que poderia ser abreviado, com linhas de financiamento específicas e talvez investidores mais atentos ao que acontece ali, se o PCI estivesse em sua plenitude. Mas é uma trajetória ainda em construção para quem apostou, há quatro anos, em tirar do papel um plano de tornar o imenso terreno de 250 hectares, na chamada Fazenda Guajuviras um polo do desenvolvimento e produção de alta tecnologia em automação eletrônica no Rio Grande do Sul.
Em janeiro de 2019, quando a FKS, seguindo o caminho da Novus e da Exatron, ambas do mesmo setor eletroeletrônico, se instalou ali, o projeto do PCI já existia há uma década no papel. "O desafio é botar o PCI no cenário nacional de forma mais ampla. Mesmo com somente três empresas instaladas, somos uma base de automação e controle e temos conseguido criar aos poucos a aproximação com universidades e desenvolver tecnologia aqui dentro, mas a ideia é termos no parque diversos núcleos de tecnologia de outros setores da economia, como TI, por exemplo, além de serviços e comércio", aponta o CEO da Exatron, Régis Haubert.
O PCI é o terceiro maior parque tecnológico do Brasil em área. É um dos 16 centros tecnológicos e de inovação do Rio Grande do Sul. Assim como seu similar em Santa Maria, são os únicos geridos por governos municipais. Na listagem de 93 parques em todo o País, o PCI consta como um dos 13 ainda em estágio de implantação.
Para que se tenha uma ideia, a estimativa é de que até 90 empresas possam a vir se instalar na área total do parque, com um potencial de geração de até 30 mil empregos. Atualmente, operam no local três empresas, somando 450 funcionários - as já citadas Exatron, Novus e FKS. Outras três estão em processo de instalação: O Quântico, Full Gauge e DLoja Virtual.
De acordo com Simone Sabin, que esteve à frente da Secretaria Municipal Desenvolvimento Econômico de Canoas até março, o momento, do ponto de vista administrativo do PCI, é de retomada na atração de novos investimentos. Nestes primeiros meses do ano, segundo ela, pelo menos 15 empresas apresentaram propostas ou sondaram a possibilidade de transferência para o parque. É que, mesmo longe do seu potencial, o PCI já responde por R$ 73,5 milhões em valor adicionado, ou cerca de 1% do PIB de Canoas. A perspectiva é de que responda, no futuro, por pelo menos 30% da economia local.
As três empresas já instaladas no PCI investiram pelo menos R$ 51 milhões entre 2018 e 2019 para se instalarem. Estão entre as líderes nos seus mercados e, como salienta o CEO da FKS, Sérgio Mallmann, não são concorrentes entre si, pelo contrário. "A ideia toda do parque é garantir essa complementaridade, o compartilhamento de serviços e de desenvolvimento de tecnologias", avalia.

Tecnologia avançado que se traduz em faturamento

Marcos Dillenburg diz que área da Novus triplicou ao sair de Porto Alegre

Marcos Dillenburg diz que área da Novus triplicou ao sair de Porto Alegre


pci/divulgação/jc
Boa parte da produção do PCI tem como destino o exterior. O setor instalado ali já responde, conforme a estatística do Ministério da Indústria e Comércio Exterior, por 5,3% das exportações de Canoas. Foram movimentados, na exportação de instrumentos e aparelhos para regulação ou controle, US$ 2,56 milhões nos três primeiros meses de 2022, ou 46,8% a mais do que no mesmo período do ano passado. As vendas deste setor em Canoas ampliaram 30% em 2021 em relação a 2020, movimentando US$ 7,58 milhões no ano, representando 3,3% das exportações totais da cidade.
"O nosso projeto já não cabia em Porto Alegre. Nesta mudança, triplicamos a área e temos um potencial para dobrar outra vez. Os ganhos foram enormes na produção, desenvolvimento de produtos e de pessoas. Aqui, o nosso parque industrial deixou de ser vertical, foi horizontalizado já nasceu no modelo 4.0, com quase todas as máquinas, desde o início, conectadas à internet, sem a necessidade de uma adaptação, como é comum na indústria. Naturalmente, temos resultados nos nossos indicadores", diz o CEO da Novus, Marcos Dillenburg.
Os exemplos no País e mesmo no Rio Grande do Sul não faltam. Quem aposta nos parques tecnológicos, em tempos de transformação da indústria 4.0, tem colhido os lucros. Conforme o Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2019, existiam 2.040 empresas em 55 parques tecnológicos, que geraram R$ 3,76 bilhões de faturamento.
Em 2021, a Novus, por exemplo, teve crescimento de 30% em relação a 2020, que já havia sido, segundo Dillenburg, um excelente ano. Agora, com a crise de matéria-prima de componentes eletrônicos, a estimativa para 2022 ainda é de crescimento, mesmo que mais tímido, de 15%. São 200 funcionários atuando na empresa que ocupa 5,5 mil m².
Situação semelhante vive a Exatron, que tem 60% dos seus 180 funcionários moradores de Canoas. A empresa tem uma meta de crescimento de 25% nos seus resultados em quatro anos.
 

Parque de inovação toma forma na cidade da Região Metropolitana

FKS está instalada no local desde 2019 e produz sistemas eletrônicos de segurança

FKS está instalada no local desde 2019 e produz sistemas eletrônicos de segurança


Carlos Chaves/JC
Exatron, Novus e FKS estavam entre as que, em 2012, encamparam a ideia da Associação Brasileira de Indústria Eletroeletrônica (Abinee) para formar um cluster que garantisse, na Região Metropolitana de Porto Alegre, a área adequada para a expansão do setor aliada a um ambiente favorável para cooperação entre os empreendedores e para o desenvolvimento tecnológico.
"Visitamos diversas prefeituras na região até conhecermos a ideia da prefeitura de Canoas, de fazer o PCI, com um projeto de Jaime Lerner, sair do papel. Para nós, era o ideal. Estávamos em uma área de 3,6 mil m² em Porto Alegre, tendo que improvisar o nosso estoque em contêineres e sem espaço para expandir. Viemos para Canoas, em uma área construída de 11 mil m², com ganho em produtividade e redução de custos", explica Régis Haubert.
A iniciativa da associação começou com 17 empresas interessadas. Em 2015, depois de mais detalhamentos sobre as condições para empreender no PCI, restaram cinco empresas. Com a crise econômica do ano seguinte, duas não levaram adiante os planos de instalação.
A história que ganhou impulso com o interesse do ramo de eletrônicos, começou a ser imaginada politicamente ainda em 2008, no terreno doado pelo Estado ao município, conhecido como Fazenda Guajuviras, em 1995. Parte da área seria utilizada para a construção de um complexo prisional.
A outra parte foi projetada para se tornar um parque multiuso, com metade destinada à preservação ambiental e metade - 250 hectares - ao PCI propriamente dito, que não envolve somente áreas para a instalação de empresas, mas uma integração plena entre universidades e institutos científicos, poder público e empresas de inovação, como acontecem em outros parques tecnológicos no Estado.
Desde 2014 o zoneamento do parque era previsto pelo Plano Diretor de Canoas, no entanto, somente agora, em 2022, foi aprovada a lei municipal que criou, de fato, o PCI. A lei municipal é muito mais do que mera formalidade. Somente com esta regulamentação institucional, que ainda depende de decretos que vão determinar exatamente o perfil de empresas e outras instalações para cada área do parque, a produção do PCI, incluindo aquele chip em desenvolvimento pela FKS, finalmente poderá entrar no radar de investimentos privados ou financiamentos públicos para a inovação.
"São linhas de financiamento, subvenções e taxas de juros mais baixas que se tornam possíveis a partir da formalização do parque tecnológico", explica Dillenburg.
De acordo com o atual secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Daurinei Alt, a retomada deste processo de formalização do PCI é uma questão de convicção.
"Era algo esperado há quase uma década, e finalmente retomamos o projeto que, temos a convicção, trará um desenvolvimento sem precedentes para Canoas. A regulamentação do PCI permitirá não apenas às empresas interessadas ficarem autorizadas a financiamentos específicos para inovação e tecnologia, mas também para o município investir na infraestrutura do parque", explica.
Justamente a infraestrutura que hoje é considerada um empecilho para boa parte dos possíveis investimentos no parque, como reforça Régis Haubert: "São limites de arruamento, água, energia elétrica, cabeamento para TI. E isso faz com que muitas empresas interessadas desistam do PCI e optem por parques já estruturados. Se houver a melhoria estrutural, eu diria que imediatamente teríamos ampliação no número de interessados em se instalar no parque", completa.

Quem está no Parque Canoas de Inovação

Novus
Empresa do setor eletroeletrônico com 40 anos de atividade, especializada na fabricação de equipamentos e ferramentas de gestão para automação de indústrias em todos os setores produtivos.
Instalada no PCI em outubro de 2018;
Investimento de R$ 20 milhões em Canoas;
5,5 mil m² de área construída;
200 funcionários;
Em 2021, a Novus teve 30% de crescimento na sua produção;
A empresa exporta 45% da sua produção para até 50 países;
A mudança do bairro Floresta, em Porto Alegre, para Canoas foi estratégica para conseguir aumentar sua produtividade. A área da empresa triplicou no PCI, com capacidade para dobrar a produção.
Exatron
Empresa do setor eletroeletrônico em atividade há 38 anos, especializada na automação predial e residencial. É a marca mais vendida de relés, minuteiras e sensores de presença no Brasil.
Instalada no PCI em novembro de 2018;
Investimento de R$ 25 milhões em Canoas;
11 mil m² de área construída;
180 funcionários;
Em 2021, a Exatron teve um crescimento de 6% e tem projeção de aumentar a produção em 25% em 4 anos;
Fabrica 6 milhões de produtos por ano;
A mudança de Porto Alegre para o PCI, em Canoas, possibilitou uma transformação na produção. A empresa saltou de 3,6 mil m² de área para 11 mil m², o que possibilitou horizontalizar a produção antes obrigatoriamente vertical.
FKS
Empresa do setor eletroeletrônico em atividade há 28 anos, especializada no desenvolvimento de sistemas eletrônicos de segurança automotiva e patrimonial. Está entre as cinco maiores fabricantes do setor no País.
Instalada no PCI em janeiro de 2019;
Investimento de R$ 6 milhões em Canoas;
1 mil m² de área construída;
70 funcionários;
Em 2021, a empresa aumentou em 30% a sua produção;
Produz para o mercado atacadista e destina 15% da sua produção à exportação;
A empresa surgiu no bairro Fátima, em Canoas, e sofreu com o processo de desindustrialização daquele bairro. A saída para o PCI foi uma estratégia para horizontalizar a sua produção e tornar mais eficientes os processos.
 

Investimento milionário de O Quântico chegará a R$ 400 milhões

Recursos serão investidos durante 10 anos do empreendimento, com a geração de 300 empregos diretos e indiretos

Recursos serão investidos durante 10 anos do empreendimento, com a geração de 300 empregos diretos e indiretos


Quântico/Divulgação/JC
Boa parte da esperança para fazer o PCI decolar na atração de novos investimentos está depositada na instalação da empresa O Quântico. Não exatamente pela operação própria da futura participante do PCI, mas pelo papel de âncora que ela poderá ter para novos parceiros. A chegada dela ao local exigirá investimentos de R$ 400 milhões.
É que O Quântico oferece o que praticamente todas as indústrias precisam: estrutura para datacenter, com espaço físico específico para servidores e, para operação, em nuvem, com a possibilidade de gestão muito próxima das instalações industriais. É um serviço hoje concentrado quase totalmente no eixo Rio-São Paulo, o que atualmente acaba gerando mais custos e dificuldades de controle pelas empresas locais.
"A escolha por Canoas se deu pelo esforço da prefeitura em inserir a cidade no cenário tecnológico mundial, e pela nossa estratégia de descentralizar esses serviços de servidores e outros componentes como sistemas de armazenamento de dados e ativos de rede, com o objetivo de atender toda região sul do Brasil e outros países vizinhos do Rio Grande do Sul", informa o diretor de operações da empresa, Gustavo Dal Molin, quando a prefeitura confirmou o investimento e a parceria na cedência do terreno dentro do PCI, algo que começou a ser desenhado ainda em 2019.
Os recursos serão investidos ao longo de 10 anos, com a geração de 300 empregos diretos e indiretos, sobretudo para erguer cinco prédios, somando uma área construída de 24 mil m². No total, serão 2,8 mil racks (grandes armários de computadores) _ na primeira unidade, serão 550.
A perspectiva inicial era de que ainda em 2022 já estivesse em operação a primeira unidade da empresa, mas este plano já foi postergado para 2023. "O Quântico terá um papel fundamental para todos que estiverem instalados no PCI. É um serviço que também consumiremos, porque esta é a lógica do parque, ser complementar entre os seus integrantes", diz o diretor de tecnologia da FKS, Wagner Lopes.
As obras para a instalação da empresa de datacenter acontecem no mesmo setor - a segunda fase - de outra das futuras empresas do PCI. A Full Gauge, que já tem duas estruturas em Canoas, investirá R$ 27 milhões em uma nova unidade com 30 mil m², com a perspectiva de empregar 200 pessoas. Será mais uma líder do setor de controle e automação a ocupar espaço no PCI. O plano da empresa canoense é saltar de 1 milhão de peças produzidas por ano para 4 milhões.
E vem mais por aí, com a DLoja Virtual. A empresa, especializada no assessoramento para quem entra no mercado de vendas digitais, não revela detalhes do seu projeto para a unidade no parque. Entre as atividades atuais da marca, que é de Canoas, está justamente o desenvolvimento de tecnologia própria para atender, atualmente, a 2.500 clientes ativos entre pequenas e médias empresas do Brasil.
De acordo com a prefeitura de Canoas, a DLoja Virtual ocupará uma área de 4,5 mil m² e tem a perspectiva de geração de 450 empregos em um terreno da primeira fase do PCI. A empresa especializada no assessoramento para quem entra no mercado de vendas digitais receberá isenção de ISSQN sobre a obra e 10 anos de isenção de IPTU. Em contrapartida, precisará iniciar suas operações em um prazo de dois anos e, ao longo de pelo menos oito anos, investir em pesquisa e desenvolvimento no município.
 

Diálogos com outros agentes e parcerias são importantes para crescer

Perspectiva é de garantir 4% do faturamento das empresas para pesquisa e inovação

Perspectiva é de garantir 4% do faturamento das empresas para pesquisa e inovação


VINICIUS THORMANN/DIVULGAÇÃO/JC
O PCI terá, no South Summit, uma vitrine para atração de novas empresas e possíveis parceiros para investimentos em novos produtos. O parque terá um estande na feira internacional que acontece no começo de maio, em uma parceria entre as três atuais empresas instaladas e o Instituto Empresarial de Incubação e Inovação Tecnológica (IEITEC).
O instituto é um dos centros de pesquisa considerados parceiros no projeto do PCI. Em Canoas, há ainda o Inova La Salle, o UlbraTech e o Instituto Federal.
De acordo com o CEO da Exatron, Régis Haubert, há atualmente quatro desafios tecnológicos da empresa em desenvolvimento com o La Salle. O objetivo, segundo Haubert, é acolher o que há de formação tecnológica e desenvolvimento de novas ideias na cidade, mas é uma questão regional.
Com o Instituto Federal, por exemplo, a Exatron desenvolve atualmente uma tecnologia que poderá garantir testes de qualidade automáticos, por wi-fi, para redes de iluminação pública.
"O grande mote que temos aqui em Canoas está na capacidade produtiva 4.0. Tudo o que se pensa e desenvolve aqui, já está perfeitamente adaptado ao futuro. E já estamos pensando na inteligência artificial", aponta.
Na Novus, por exemplo, é desenvolvido, em parceria com o Instituto Senai de Inovação, de São Leopoldo, um dispositivo para monitorar, com tecnologia sem fio, toda a linha de produção em uma planta industrial 4.0.
"Nosso foco maior hoje não está exatamente em desenvolver um produto tecnológico, mas em garantir a tecnologia para gestão dos processos de inovação", explica o CEO da Novus, Marcos Dillenburg.
A empresa é especializada em equipamentos usados na indústria para o controle da produção. Foi finalista do Prêmio Nacional de Inovação e semifinalista do Edital Gaúcho de Inovação.
O diálogo com as universidades, afirma o diretor de tecnologia da FKS, Wagner Lopes, é uma constante. Além do projeto do chip desenvolvido com a UFSM, a empresa hoje tem projetos rodando com equipes da Unisinos, IEITEC e UFRGS.
Investir nestas parcerias, aliás, está nos princípios das atuais empresas instaladas no PCI. Uma das contrapartidas previstas no edital que as definiu para receberem áreas na antiga Fazenda Guajuviras é a garantia de destinação de 4% do faturamento em pesquisa e inovação.
De acordo com a prefeitura de Canoas, a ideia é manter metas de destinação do faturamento para este desenvolvimento como condição para novos empreendimentos.

Sobre o projeto

Até o momento, no papel, o PCI tem prevista uma estrutura física administrativa que se assemelha a outros centros tecnológicos do Rio Grande do Sul. Neste local, haverá, além do espaço de governança do parque, coworking, centro de inovação, incubadora de empresas, centro compartilhado de prototipagem rápida, salas de reuniões e espaços de uso compartilhado. O município busca financiamento federal para a estrutura orçada em torno de R$ 12 milhões.
"Já garantimos recursos municipais e estaduais para revitalizar a Fazenda Guajuviras, e garantir o parque ambiental, e estamos buscando recursos para a ampliação da Estrada do Nazário, que é fundamental para a logística do PCI. Nossa prioridade está na melhoria de infraestrutura do parque neste momento", afirma o secretário Daurinei Alt.
É previsto para este ano o lançamento da terceira etapa do parque, que deverá ter área superior aos 20 mil m² da primeira etapa e do que os 50 mil m² da segunda etapa. O desdobramento das áreas e o projeto de urbanização estão em fase de preparação pelo município.

*Eduardo Torres é jornalista, com passagens pelos jornais Zero Hora, Diário Gaúcho e Correio de Gravataí