Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Porto Alegre, domingo, 18 de maio de 2025.

Responsabilidade Social

- Publicada em 21 de Março de 2022 às 03:00

Anjos de Patas resgata e abriga animais abandonados

Em 23 anos de atuação, projeto já realizou mais de 5 mil castrações

Em 23 anos de atuação, projeto já realizou mais de 5 mil castrações


PROJETO ANJOS DE PATAS/DIVULGAÇÃO/JC
Logo que chegou em Viamão (RS), em 1999, Sara Vieira se deparou com uma cena que não era comum onde costumava viver: um cãozinho baleado na esquina. Chocada, resgatou o animal e o nomeou de Senhor Bartolomeu. Meses depois, compadecida pelo ocorrido, Sara decidiu fundar o projeto Anjos de Patas, com a expectativa inicial de levar a castração para bairros com altos índices de abandono.
Contudo, percebendo que os bichos precisavam mais do que castração, a organização não-governamental sem fins lucrativos (ONG) reformulou seus objetivos. "O animal fica 20 dias contigo para tratamento, aí passa pelo procedimento cirúrgico, pelo pós-operatório. Tu vai devolver esse animal 40 dias depois de volta pra rua? É cruel isso", afirma a fundadora e presidente da iniciativa. Então, hoje, o projeto tem como propósito principal o resgate, tratamento e o acolhimento de animais abandonados ou maltratados.
No primeiro ano, Sara abrigava todos os 36 bichinhos em sua casa. Com o aumento do número de animais e o estresse que estava gerando, o próximo passo da fundadora foi alugar um sítio na Parada 42 em Viamão. Porém, estava ficando caro arcar com os custos de alimentação dos bichos e aluguel do espaço. Dessa maneira, Sara fez um empréstimo para comprar um sítio, que é hoje a sede do projeto.
O terreno conta com cachorros, gatos, cavalos, além de macacos que já viviam no local. Ao todo são 287 protegidos pela ONG que conta com o apoio de quatro funcionários remunerados e oito voluntários.
O próximo passo de Sara será abrir uma clínica veterinária própria para a realização de exames, tratamentos e cirurgias. para assim, reduzir os custos com os atendimentos.

Aos sábados, ONG faz feiras de adoção em Porto Alegre

De maneira fixa, todos os sábados, o projeto Anjo de Patas faz feiras de adoção nos estabelecimentos do Petz do Moinhos de Vento, da Protásio Alves e da Cavalhada, e nas petshops da Cobasi Iguatemi e Cobasi Ipiranga. No dia 14 de março, foi comemorado o Dia Nacional dos Animais e, com isso, a iniciativa fez uma feira extra no Shopping Iguatemi. Na campanha, eles conseguiram arrecadar 50 quilos de ração e ainda achar um lar para a cachorrinha Vilma, de 4 meses.
Além das feiras, é possível adotar um bichinho da ONG fazendo contato através do Instagram (@projeto.anjosdepatas). Após escolher um animalzinho, o adotante passará por um extenso questionário antes de adotar. Isso ocorre por conta que o projeto quer conhecer mais a família que aquele bichinho vai ficar. E isso envolve também o que é o melhor para os animais e quais são as intenções da família ao adotar ele. Por exemplo, é necessário ter tempo para um bicho muito agitado, caso contrário, é recomendável um mais idoso, geralmente mais calmo.
Concluído o questionário, a ONG irá marcar uma entrevista para conhecer a família e o ambiente no qual o animal vai passar a viver após sair do abrigo. Nesse processo, são levados em consideração se o local é adequado para ele ter uma vida saudável, se a família tem tempo e disposição para ficar com um bicho mais agitado, comprometimento com vacinas e exames, entre outras coisas que façam o projeto se sentir seguro ao doar. Uma outra reflexão do projeto é: por que adotar tirar um animalzinho do abrigo, se é possível tirar e cuidar de um de rua? O Anjos de Patas ajuda a indicar lugares para ajudar a tratar esses bichos resgatados.
Tudo isso faz parte da visão da instituição de que animais são vidas, não objetos. E, por serem vidas, precisam de atenção, cuidado e carinho. Segundo Sara Vieira, fundadora e presidente do projeto, a adoção não é para ser um processo de repasse. "Eles saem daqui, vão conhecer uma nova realidade. A gente não quer eles de volta no abrigo. Então eu prefiro não doar do que, de repente, eles ficarem 3 meses em um novo lugar e logo em seguida voltarem pra cá", expressa. Uma outra reflexão do projeto é: por que adotar tirar um animalzinho do abrigo, se é possível tirar e cuidar de um de rua?
A pandemia está sendo um período complicado para o Anjo de Patas. O número de doações diminuiu quase 60% e tiveram que paralisar a reforma da sede. Para lidar com esse cenário, eles estão promovendo eventos e campanhas de arrecadação. Uma delas é a venda de calendários com fotos dos animais resgatados.
Nesse período, eles perceberam duas situações: pessoas entrando em contato com a Ong para fazer adoção, pois se sentiam sozinhas no confinamento; e pessoas entrando em contato para se desfazer dos animais. "Infelizmente o que eu vejo na pandemia é que o ser humano não aprendeu nada, absolutamente nada", sentencia Vieira.
É possível doar para o projeto Anjos de Patas através da plataforma Apoia-se: apoia.se/projetoanjosdepatas ou pelo Pix: 11.240.184/0001-83 (CNPJ). A ong faz um trabalho diário no Instagram divulgando os resgates e os tratamentos feitos nos animais abrigados. Ao longo de 23 anos, eles já realizaram mais de 5 mil castrações.

>>> CLIQUE AQUI E ASSINE <<<
notification icon
Gostaria de receber notificações de conteúdo do nosso site?
Notificações pelo navegador bloqueadas pelo usuário