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Aplicativos viram fonte de renda
Apps representam oportunidade para quase 4 milhões de autônomos
Com o desempenho tímido da economia após a recessão e o mercado de trabalho ainda custando a se recuperar, aplicativos de serviços - como Uber, 99, iFood e Rappi - se tornaram, em conjunto, o maior 'empregador' do País. Quase 4 milhões de trabalhadores autônomos utilizam hoje as plataformas como fonte de renda. Se eles fossem reunidos em uma mesma folha de pagamento, ela seria 35 vezes mais longa do que a dos Correios, maior empresa estatal em número de funcionários, com 109 mil servidores.
Além desses aplicativos representarem as mudanças na oferta de serviços, eles têm acompanhado transformações significativas nas relações de trabalho. Para um autônomo, o ganho gerado com os apps acaba se tornando uma das principais fontes de renda. Esses 3,8 milhões de brasileiros que trabalham com as plataformas representam 17% dos 23,8 milhões de trabalhadores nessa condição, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no trimestre até fevereiro.
Há um ano e meio, Yasmin Namen, de 27 anos, consegue se sustentar trabalhando como cuidadora de cachorros, usando aplicativos como DogHero e PetAnjo. Ela, que não chegou a concluir a faculdade de Direito, trabalhava como vendedora em um shopping center, até ficar desempregada. Hoje, chega a cuidar de oito cachorros de uma vez e ganha de R$ 2,1 mil a R$ 3 mil por mês - o suficiente para se manter.
"A parte ruim é que trabalhar por conta própria exige muita organização, ou as contas ficam atrasadas e a sua vida vira um caos. Mas é um trabalho que começou por necessidade de sustento, mas acabou se tornando uma oportunidade de fazer o que gosto. Sempre tem procura, não fico sem hóspedes", diz.
Dados do Instituto Locomotiva apontam ainda que cerca de 17 milhões de pessoas usam algum aplicativo regularmente para obter renda - essa conta inclui trabalhadores autônomos, profissionais liberais e aqueles que têm outros empregos e usam o que ganham nas plataformas para complementar o salário.
O presidente do instituto, Renato Meirelles, lembra que transporte, venda de produtos e divulgação estão entre as principais atividades de quem usa plataformas para obter renda e que esse é um mercado de grande potencial. "Estima-se que 70% dos adultos das regiões metropolitanas já fizeram pelo menos uma compra por meio de apps", afirma.
Apesar de ser uma alternativa para os brasileiros que ficaram desempregados, essa nova organização do trabalho também é alvo de contestações na Justiça, que questionam se existe vínculo entre plataformas e profissionais.
Após quase três décadas trabalhando como gerente de vendas de imóveis, Salomão Sousa, de 57 anos, se viu sem saída: com sua principal fonte de renda prejudicada pela recessão, as comissões, que em alguns meses passavam de R$ 80 mil, sumiram. "A crise chegou sem avisar", diz.
Sem pensar duas vezes, ele guardou o diploma de Direito e se tornou motorista do Cabify há dois anos e meio. "Não foi planejado, mas passei a adorar o trabalho. Todos os dias, saio de casa com uma meta de corridas a cumprir. Comecei usando o carro da minha mulher e, hoje, ela também trabalha no app."
As plataformas de mobilidade e de entrega de produtos, como Uber, 99, Cabify e iFood, têm 5,5 milhões de profissionais cadastrados, segundo o Instituto Locomotiva. Esse total inclui profissionais autônomos e os que têm emprego fixo, mas usam apps como complemento. As plataformas permitiram que muitos afetados pela crise voltassem ao mercado, diz Carolinne Iglesias, da Cabify. "De forma geral, os motoristas são autônomos que, com o aplicativo, têm suporte e segurança."
A relação entre motoristas e aplicativos, porém, já rendeu brigas na Justiça, tanto no Brasil quanto no exterior. Em março, a Uber teve de pagar US$ 20 milhões a motoristas que moveram uma ação contra a empresa nos Estados Unidos. Os profissionais alegavam que eram empregados da companhia e não contratados independentes.
Em agosto, uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo reconheceu o vínculo de emprego entre um motorista e a Uber, mas o mesmo tribunal já havia tomado uma decisão em sentido contrário. A preocupação com decisões judiciais sobre vínculos trabalhistas constava até no pedido de abertura de capital enviado na semana passada pela empresa à Comissão de Títulos e Câmbios dos Estados Unidos (SEC).
Para o economista Sergio Firpo, do Insper, o trabalho com aplicativos foi potencializado pela crise e deve se consolidar como complemento de renda quando o mercado de trabalho melhorar. "Falar em precarização do trabalho pressupõe que essas pessoas teriam emprego, mas 13 milhões delas não têm."
Além dos aplicativos de carona, as plataformas de entrega de produtos também ganharam espaço. Uma pesquisa do Fundação Instituto de Administração (FIA) e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) aponta que 87% dos entregadores passaram a ganhar mais após usarem plataformas como iFood, Rappi e Uber Eats.
No fim do ano passado, Siomara Rodrigues, de 37 anos, trocou o emprego em um escritório pelas entregas de moto. "Tirei a habilitação e fui para as ruas. Hoje, ganho o dobro do que recebia no outro trabalho."
Marcos Carvalho, da Associação Brasileira de Online to Offline diz que os aplicativos acompanham as transformações nas relações de trabalho. "É um processo que mira a autonomia do cliente, que escolhe entre vários serviços, e o trabalhador, que atua em diferentes plataformas."
Brasil é 5º país em ranking de uso diário de celulares
Os brasileiros passaram mais de três horas por dia usando o celular em 2018. Essa média colocou o país em 5º lugar no ranking global de tempo dispendido com esse aparelho. O dado é do relatório Estado de Serviços Móveis, elaborado pela consultoria especializada em dados sobre aplicativos para dispositivos móveis App Annie, considerando um dos mais completos do mundo. No tocante ao número de aplicativos instalados, usuários do Japão, dos Estados Unidos e da Coreia do Sul ultrapassaram mais de 100 programas instalados. A média de apps usados, contudo, ficou entre 30 e 40. No caso brasileiro, as médias ficaram em pouco mais de 70 aplicativos instalados e pouco mais de 30 utilizados pelos navegadores.
No total, os apps móveis somaram quase 200 bilhões de downloads em 2018. O número representou um crescimento de 35% em relação a 2016. A média brasileira de crescimento foi menor no mesmo período, de 25%. A China teve grande participação, sendo responsável por metade dos aplicativos baixados em lojas para sistemas operacionais Android e iOS. Esse desempenho foi 70% maior do que em 2016, quando foi registrado o dobro do ritmo de crescimento médio global.
O levantamento também mapeou o tamanho do mercado de aplicações móveis. No total, o segmento movimentou US$ 101 bilhões (R$ 378 bilhões). O índice representou um aumento de 75% em relação a 2016. A China representou quase 40% dos gastos mundiais. A ampliação do mercado no país teve ritmo quase dobrado da média mundial, cerca de 140%. Na Coreia do Sul, as vendas aumentaram 80% no mesmo período.
Com grande parte dos apps disponibilizados gratuitamente, o segmento mais dinâmico do mercado é o de jogos eletrônicos. A comercialização desses programas abocanhou 74% do mercado mundial. Contudo, os apps que não são jogos também ganharam espaço, saindo de US$ 3,7 bilhões (R$ 13,89 bilhões) em receitas em 2013 para US$ 19,7 bilhões (R$ 74 bilhões) em 2018.
Os serviços líderes de mercado foram Netflix, Tinder, Tencent Video, iQIYI e Pandora Music. O 3º e 4º são plataformas de vídeo chinesas, enquanto o 5º é uma empresa que disponibiliza músicas dos Estados Unidos.
Considerando todos os países analisados, os usuários de smartphones ficaram em média três horas por dia usando aplicativos móveis. Os países onde essa mania obteve maior popularidade foram Indonésia, Tailândia, China e Coreia do Sul. No primeiro caso, a média ultrapassou as quatro horas por dia. A lista considerou os dados de clientes de celulares com sistema operacional Android.
Na comparação com 2016, o tempo médio diário usando smartphones cresceu 50%. Na divisão por tipos de aplicações, as redes sociais concentraram 50% das horas gastas nesses aparelhos, seguidas por programas de reprodução de vídeo (15%) e por jogos eletrônicos (10%).
Segundo os autores do estudo, esse índice de consumo é alimentado pelos "micro-momentos cumulativos", em que as pessoas checam seus celulares, como para conferir e-mails recebidos, mensagens ou atualizações nas linhas do tempo de redes sociais. "A natureza 'em tempo real' de dispositivos móveis permitiu um crescimento difundido deste tipo de comportamento dos consumidores", indica o estudo.
Na divisão geográfica, as receitas ficaram concentradas em três grandes polos: China, com 32% dos gastos em empresas sediadas no país; Estados Unidos, com 22% e Japão, com 21%. As cinco maiores empresas do mundo foram a Tencent (China), NetEase (China), Activision Blizzard (Estados Unidos), Bandai Namco (Japão) e Net Marble (Coreia do Sul).
Internautas do Sul vendem produtos na web
Uma pesquisa do Ibope Conecta, encomendada pela OLX Brasil, revela que 72% dos internautas brasileiros consideram vender algum artigo sem uso que têm em casa. Na região Sul, 74% dos entrevistados pensam em colocar à venda objetos que estão parados.
Os segmentos que eles possuem o maior número de itens para vender são Eletrônicos e Celulares (88%), Comércio e Escritório (88%), Para a sua casa (87%), Esportes e Lazer (87%) e Moda e Beleza (80%). Muitos entrevistados possuem itens em mais de uma categoria, inclusive.
A pesquisa também levantou que o potencial financeiro de todos os itens sem uso dos internautas da região Nordeste é de mais de R$ 42 bilhões, o que representa 15% do total. Ou seja, se eles vendessem seus produtos, esse valor voltaria a circular na economia.
A pesquisa foi realizada entre os dias 21 de agosto 2018 e 3 de setembro de 2018 pelo Ibope Conecta e ouviu 2.029 internautas, homens e mulheres, de 16 anos ou mais, das classes socioeconômicas ABCDE, com abrangência nacional.
Economia compartilhada gera renda para milhões de famílias
Pesquisas inéditas, conduzidas pela FIA e pela Fipe, apontam que 88%* dos entregadores que trabalham com aplicativos são responsáveis pela principal renda da casa e que 90% deles utilizam exclusivamente plataformas digitais para realizar as entregas. A mesma proporção de respondentes afirmou ter orgulho da profissão e não considerar mudar de atividade no curto prazo. As pesquisas foram encomendadas por empresas que fazem parte da Associação Brasileira Online to Offline (ABO2O).
"A economia compartilhada está gerando uma transformação no país. Os entregadores estão gerando uma renda maior, tendo acesso a bens e serviços que nunca tiveram, sem falar na realização de sonhos que eram impensáveis no passado. Os entregadores são protagonistas dessa mudança de hábito que o Brasil está passando por meio das empresas da nova economia", conta Marcos Carvalho, Diretor de Engajamento da ABO2O.
Com relação à renda, 87%** dos entregadores reconhecem que ganham significativamente mais ao utilizar aplicativos. Entre as principais conquistas associadas ao trabalho estão a garantia de boa educação dos filhos, aquisição do carro dos sonhos, a reforma da casa e a compra da casa própria.
Para 96%*** a flexibilidade de horário foi apontada como um dos principais atrativos da atuação como autônomo e 91,5% demonstraram ter mais liberdade para compor a renda. Além disso, 70% dos entrevistados disseram que estão mais satisfeitos atuando como autônomos.
O levantamento foi realizado em fevereiro e março de 2019, com 1.500 entregadores brasileiros que exercem as suas atividades por meio de aplicativos. Contamos também com dados secundários da Fipe, de fontes com o IBGE, PNAD, Denatran, RAIS e Loggi.
Além disso, foram analisados dados da pesquisa Plano CDE, feita com 360 motofretistas de todo o país, cadastrados ou não em aplicativos, realizada entre 10 e 30 de dezembro de 2018.
Raio-X do entregador brasileiro
Segundo os levantamentos, a idade média do entregador é de 29 anos. A maioria (97,4%) é do gênero masculino, apontado como o responsável pela geração de renda da família. No quesito escolaridade, o Ensino Médio completo é a formação predominante (74,3%) e 11,7% dos entrevistados revelaram ter concluído o Ensino Superior ou a Pós-Graduação.
"Um dado interessante fornecido pelas plataformas digitais é que, em média, os entregadores ficam on-line 4 horas por dia", explica.
Segurança
Segundo levantamentos das plataformas digitais, a velocidade média dos entregadores é de 22 km/h. "Com a tecnologia desenvolvida pelos aplicativos, as ofertas de entrega são enviadas aos entregadores mais próximos e, na maioria das vezes, cada entrega ocorre dentro de um raio de 3 a 5 km", conta.
Avanço dos aplicativos no Brasil estimula startups e grandes empresas
As estatísticas são contundentes quando demonstram que o celular já se tornou o equipamento preferido dos brasileiros para acessar internet. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2016, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 94,6% dos internautas utilizam esse dispositivo móvel para - preferentemente - trocar mensagens, assistir a vídeos, programas, séries e conversar por chamadas de voz ou vídeo. Maria Lucia Vieira, gerente da pesquisa, afirma que esses dados revelam "que as pessoas priorizam as formas de comunicação mais fáceis e mais rápidas." E conclui: "Além da velocidade, o celular permite acessar a Internet por redes sem fio públicas ou gratuitas, sem exigir uma rede de transmissão de dados".
A preferência do celular como meio de comunicação e interatividade fez crescer entre os internautas brasileiros o uso de um determinado software: o aplicativo. A App Annie, empresa estadunidense especialista em pesquisa de mercado, em seu relatório Spotlight on Consumer App Usage, revelou que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de países com maior número de apps utilizados por mês - mais de 40. Os dados do estudo também apontam que, em um período de 24 horas, os brasileiros abrem - em média - quase 10 aplicativos, colocando nosso país no topo da lista. Essas informações não passam despercebidas para as novas empresas que buscam novos nichos no mercado móvel.
Por outro lado, dados relevantes do mercado de seguro de carros têm chamado a atenção de startups incipientes: 70% da frota de veículos no Brasil não tem seguro. De acordo com a CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais), 31 milhões de veículos circulam pelas vias brasileiras sem nenhum tipo de proteção. Pensando em aliar as necessidades deste vasto público à tecnologia, diversas empresas conseguiram desenvolver serviços automotivos disponíveis na tela do celular. Serviço de guincho e socorro mecânico agora podem ser solicitados através de um aplicativo instalado no smartphone, que localiza o prestador de serviço mais próximo do motorista. Samuel Freire, criador da startup Reboque.Me, comenta: "Percebi que existia uma demanda não atendida. Por que não usar a tecnologia para conectar motoristas e reboquistas? Melhor ainda: por que não ajudar os dois?" Seu sócio, Maurício Terra, afirma que as companhias de seguro precisam "redefinir seus modelos de negócios ou buscar novas estratégias" para atingir esses potenciais clientes.
No entanto, as seguradoras já demonstraram estar atentas a essas novas demandas. Muitas empresas vêm redobrando seus esforços para investir em tecnologia e garantir o mesmo nível de agilidade no atendimento aos seus segurados. Empresas como HDI Seguros já disponibilizam serviço de Assistência 24 horas para seus clientes via aplicativo. Paulo Moraes, diretor de Marketing da companhia, reconhece: "Estamos lidando com uma geração de consumidores cada vez mais acostumada à tecnologia e aos smartphones, que enxerga o celular como item imprescindível." Por outro lado, Etienne Gonçalves, gerente de Experiência Digital e Clientes da Liberty Seguros (que disponibiliza aplicativo mobile para seus segurados há vários anos), admite que por meio desses softwares eles podem oferecer "um canal ágil e simplificado de comunicação e serviços que facilita o seu dia a dia", deste modo, reforçam o compromisso de novas iniciativas digitais disponíveis na palma da mão.
Confira quais são os cuidados necessários para ser um profissional autônomo
A modalidade de trabalho autônomo tem sido cada vez mais comum e de acordo com o andar da carruagem deve crescer ainda mais ao longo dos anos. Mas, para se tornar um profissional autônomo alguns cuidados e pontos devem ser avaliados, como por exemplo, a parte financeira, que pode ser um problema para os que não se preparam com antecedência. O executivo de finanças da innovativa Executivos Associados, Rubens Dias, apresenta as vantagens, desvantagens e os cuidados financeiros que se deve ter trabalhando como autônomo.
O que é um profissional autônomo?
O profissional autônomo é um prestador de serviços e, portanto, não possui vínculo empregatício de nenhuma natureza com as empresas que exerce alguma atividade. Os trabalhadores que se encaixam nessa categoria possuem autonomia econômica e profissional.
Onde atuar como autônomo?
Há inúmeras atividades que podem ser exercidas nesta categoria, principalmente, funções que tem como ferramenta principal a internet: redação, design e programação, entre outros. E os setores que mais contratam profissionais autônomos são: serviços de beleza; setor de alimentos; lojas virtuais; blogs e produtos digitais.
Uma vantagem é a possibilidade de atuação em diferentes empresas, captando e atendendo seus clientes, de forma independente, conhecendo vários processos de trabalho.
Administração financeira
A regra básica para ter uma boa administração financeira é não misturar as contas da empresa com a pessoa física. O ideal é ter duas contas correntes, preferencialmente, em instituições financeiras diferentes. Assim é possível fazer uma segregação adequada da conta profissional e pessoal, até porque os rendimentos são distintos.
É extremamente necessário, ter um pró-labore, ou seja, uma retirada mensal da empresa. Este fato precisa ser muito bem definido e discutido com o seu contador. Na maioria das vezes o profissional autônomo realiza saques da conta corrente sem nenhum critério, o que acaba inviabilizando controle das contas correntes. Este procedimento pode negativar a conta da empresa, o que irá dificultar o balanço quando for prestar contas ao leão, ou seja, ajustes da declaração de Imposto de Renda Pessoa Física. É importante estar atento e avaliar todos os pós e contras antes de se tornar o próprio chefe. Para finalizar e ajudar nesta decisão, seguem abaixo vantagens e desvantagens:
Vantagens
1. Autonomia nas tarefas
O profissional autônomo não necessita prestar contas a um superior ou seguir uma hierarquia, que é exigida em regimes de CLT. Isso significa que esse colaborador poderá seguir sua própria metodologia de trabalho, tendo comprometimento real apenas com os resultados a serem alcançados por seus serviços.
Entretanto, é preciso lembrar que o trabalhador não pode ser indisciplinado, pois seu compromisso principal é fazer com que sua tarefa seja primorosamente executada para conseguir uma experiência única para seus contratantes.
2. Mobilidade
Permite o equilíbrio da vida pessoal e profissional, fazendo com que as duas coexistam de uma maneira orgânica e saudável. Outra vantagem dessa flexibilidade é em relação ao trânsito. Se o profissional trabalhar em casa, por exemplo, raramente precisará se preocupar com o deslocamento e terá mais tempo para focar na execução do trabalho. Além disso, terá mais conforto e a possibilidade de organizar sua agenda conforme a demanda de tarefas profissionais e compromissos pessoais, o que pode garantir mais motivação e produtividade.
3. Flexibilidade de horários
A flexibilidade do profissional autônomo é uma das maiores vantagens desta categoria. Trabalhar por conta própria dificulta a procrastinação típica dos serviços em escritórios com jornada estipulada. Permite que seja montada uma rotina que combine os afazeres diários e outras atividades, como as obrigações com seus clientes
4. Carga tributária menor
Para trabalhadores em regime CLT, os impostos tributados mensalmente podem chegar a até 27,5% de seu salário.
Já nos trabalhos autônomos, o regime de MEI, onde o limite atual de faturamento está R$ 81.000,00 por ano, é paga uma guia (DAS) mensal entre R$ 47,85 e R$ 52,85.
Desvantagens
1. Instabilidade financeira
É normal que, trabalhando por conta própria, em um mês, o profissional tenha inúmeros clientes e jobs e, no mês seguinte, esta demanda caia e, junto com ela, sua renda também diminua. Uma boa dica para garantir uma maior estabilidade financeira é contratar um sistema de previdência privada ou um programa de capitalização, como empréstimos em sua conta pessoal com seu gerente. Também é fundamental fazer um planejamento financeiro a curto, médio e longo prazos, para que possa atingir suas metas e tenha uma situação econômica estável.
2. Ausência de benefícios trabalhistas
Como profissional autônomo, não há direitos que possam assegurar sua renda em caso de doença garantida por lei. Por isso, se está pensando em migrar para o regime de prestação de serviço e quer manter seus direitos como CLT, deve, primeiramente, procurar o INSS e se cadastrar como contribuinte individual. Esse recolhimento é baseado na receita gerada por seus trabalhos e garantem direitos como aposentadoria, auxílio-doença e salário maternidade.
3. Solidão
Um dos maiores problemas em ser um profissional autônomo é, geralmente, não ter colegas para compartilhar ideias, especialmente se já está acostumado a trabalhar com uma equipe ou se sua função precisa de outras visões para ser bem executada.
4. Sobrecarga de atividades
Muitas vezes, ser profissional autônomo significa ter inúmeras tarefas que podem não ser o foco de sua carreira. São atividades que necessita, de planejamento, agenda com prioridades diárias.