Com uma equipe bastante desfalcada, o Grêmio foi à Venezuela em busca de três pontos para confirmar a classificação às oitavas de final da Libertadores da América. No entanto, após o Cerro Porteño derrotar o Defensor por 1 a 0, em Montevidéu, na preliminar, uma vitória sobre o Monagas se tornou uma necessidade caso o time gaúcho quisesse se manter na liderança do Grupo 1. E ela veio, de forma dramática. Depois de abrir o placar, o Tricolor sofreu um gol contra já nos acréscimos, mas conseguiu se recuperar um minuto depois, quando Jailson, de pênalti, fez 2 a 1. Com isso, o time comandado pelo técnico Renato Portaluppi depende apenas de si mesmo para garantir a primeira posição da chave – e, por consequência, a vantagem de fazer o segundo jogo das oitavas em casa. A rodada decisiva será no dia 25, com Grêmio x Defensor e Cerro x Monagas.
A diferença entre as equipes ficou evidente desde o começo da partida. Mesmo desfigurado, o Tricolor teve mais volume de jogo e chances para abrir o placar. No entanto, o toque de bola refinado, uma característica do time de Renato Portaluppi, passou longe do estádio Monumental de Maturín, não só pela ausência de titulares, mas pela baixa qualidade do gramado.
Logo no início, Alisson desperdiçou uma ótima chance, quando, de frente para o gol desguarnecido, deu um balão para fora. Mas o pior estava por vir: com menos de dez minutos de bola rolando, o camisa 23 sentiu dores musculares no posterior da coxa esquerda. Ele deve passar por exames hoje para avaliar a gravidade da contusão, mas é certo que se juntará ao departamento médico gremista, que já tem, entre outros, nomes como Arthur e Everton.
Já com Maicosuel em campo, o Tricolor ainda teve outras duas boas chances - Thonny Anderson, aos 25, desperdiçou um contra-ataque ao chutar para fora, e Cícero, sete minutos depois, acertou a trave de Baroja em cobrança de falta. Quase no final, o Romero conseguiu se desvencilhar da marcação de Kanemman e ficou cara a cara com Marcelo Grohe, que espalmou.
A etapa final começou morna, com o Grêmio controlando o jogo, mas criando pouco. Cícero (três vezes) e Maicosuel deram algum trabalho a Baroja, mas o placar não saia do zero. Percebendo que o time não sairia daquele marasmo, Portaluppi fez uma substituição que, pode-se dizer, mudou o placar. Colocou Lima no lugar de Madson, deslocando Ramiro para a lateral-direita. No primeiro lance na nova posição, aos 23 minutos, Ramiro avançou pela meia e arriscou de longe. A bola saiu fraca, mas o goleiro deu bobeira: 1 a 0.
Se o placar mudou, o panorama da partida não. O Tricolor seguia com dificuldades para concluir, e o Defensor, vez que outra, trazia dificuldades a Grohe, que evitou um gol de Cádiz aos 35.
O duelo, que parecia definido, ganhou contornos dramáticos quando, já aos 47, Luís González passou por Ramiro e cruzou rasteiro. Kannemman desviou para trás, dando um gol de presente para os venezuelanos.
Por sorte, nem deu tempo de sentir o baque. Logo depois, Cortez cruzou na área, Cícero foi derrubado por Trejo e o árbitro assinalou pênalti. Depois de alguma confusão, Jailson colocou a bola na marca da cal e garantiu a vitória gremista.
Monagas 1 x 2 Grêmio |
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Alain Baroja; Ismael Romero, Lucas Trejo, Roberto Chacón (Palácios) e Óscar González; Javier García, Agnel Flores e Carlos Suárez; Luis González, Jhonder Cádiz e Christian Flores (Reyes). Técnico: Jhonny Ferreira. |
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Marcelo Grohe; Madson (Lima), Pedro Geromel, Kannemann e Cortez; Michel, Jailson, Ramiro, Cícero e Alisson (Maicosuel); Thonny Anderson (Thaciano). Técnico: Renato portaluppi. |
Árbitro: Fernando Rapallini (Fifa/Argentina) |