O Facebook suspendeu cerca de 200 aplicativos suspeitos de uso indevido de informações dos usuários compartilhadas na rede social, informou a empresa nesta segunda-feira. Os apps, que o Facebook não listou, estão entre os milhares que a companhia examinou até agora em uma investigação de desenvolvedores externos.
A empresa começou a apuração após relatos de que a Cambridge Analytica, empresa de análise de dados que trabalhou com a campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a eleição presidencial de 2016, obteve indevidamente informações de usuários do Facebook e os reteve por anos depois de dizer ao Facebook que os registros haviam sido eliminados. O professor de psicologia da Universidade de Cambridge Aleksandr Kogan coletou, inicialmente, os dados dos usuários criando um aplicativo de teste de personalidade em 2013, que se conectava diretamente à plataforma do Facebook.
Em 2014, a empresa comandada por Mark Zuckerberg anunciou que mudaria suas políticas, reduzindo significativamente os dados que os aplicativos poderiam acessar. As mudanças entraram em vigor em 2015. Em março, Zuckerberg disse que a investigação ajudaria a identificar e deter os maus atores, mas não descobriria onde todos os dados acabaram e como eles estavam sendo implementados.