A Engie Brasil vai participar do leilão de energia do governo para entrega em 2024 (A-6) com objetivo de expandir a geração de energia renovável. Com a energia solar fora do leilão, o foco da empresa será a fonte eólica, disse o presidente da Engie Brasil, Mauricio Bahr.
A empresa tem como meta caminhar para uma energia totalmente limpa no Brasil e está vendendo suas duas únicas térmicas a carvão no País, Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo (SC), de 857 megawatts, e a Pampa Sul, em construção em Candiota (RS), que terá 340 megawatts.
“O processo continua em aberto, recebemos propostas, é um projeto de médio prazo à medida que tenha valor nessa venda desses ativos”, informou Bahr. “Tem que encontrar alguém que tenha capacidade de levar adiante esse projeto, o novo comprador tem que seguir a vida das usinas”, explicou.
Segundo Bahr, a Engie recebeu várias propostas para a compra das térmicas, além da feita pela CountorGlobal, cujo acordo não foi adiante. “Já existiam potenciais interessados, não vai começar do zero, vamos chamar todo mundo”, disse.
A Engie também está em uma concorrência da Petrobras para uma participação na controladora na rede de gasodutos da Transportadora Associada de Gás (TAG). O processo passou recentemente para a fase vinculante, quando são emitidas cartas-convites aos interessados habilitados na fase anterior (não vinculante), com instruções sobre o processo de desinvestimentos, incluindo as orientações para a realização de due diligence e para o envio das propostas vinculantes.
A Engie está entre as três empresas selecionadas para a segunda fase na disputa pelo TAG, que, segundo Bahr, ainda está em andamento. “Nossa estratégica é continuar perseguindo energia renovável nos leilões e entrar nas áreas de infraestrutura. Linhas de transmissão, geração limpa e infraestrutura também na área de gás são interesse, não tem nada decidido o processo está em curso, vamos aguardar”, concluiu.