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Internacional

- Publicada em 19 de Abril de 2018 às 21:20

Díaz-Canel assume o poder em Cuba

Assembleia Nacional confirmou o sucessor de Raúl com 603 dos 604 votos possíveis

Assembleia Nacional confirmou o sucessor de Raúl com 603 dos 604 votos possíveis


/ADALBERTO ROQUE/AFP/JC
A Assembleia Nacional de Cuba confirmou, nesta quinta-feira, Miguel Díaz-Canel como sucessor de Raúl Castro no comando da ilha. Ele recebeu 603 dos 604 votos possíveis na sessão que começou às 9h locais (10h de Brasília) e é, oficialmente, o novo presidente do país.
A Assembleia Nacional de Cuba confirmou, nesta quinta-feira, Miguel Díaz-Canel como sucessor de Raúl Castro no comando da ilha. Ele recebeu 603 dos 604 votos possíveis na sessão que começou às 9h locais (10h de Brasília) e é, oficialmente, o novo presidente do país.
Díaz-Canel foi indicado na quarta-feira para ocupar o cargo de presidente do Conselho de Estado, que equivale aos de chefe de Estado e de Governo de Cuba. Ele será a primeira pessoa de fora da família Castro a comandar o país em quase 60 anos. Antes disso, era o primeiro vice-presidente.
Com a decisão, ele se tornou, oficialmente, o líder cubano, embora, na prática, Raúl Castro deva manter o poder, já que continuará no comando do Partido Comunista (até 2021) e das Forças Armadas - postos que, de fato, ditam a política na ilha. A expectativa, portanto, é que Díaz-Canel siga sob o comando do general. Raúl disse à Assembleia que, "na hora certa", o novo presidente poderá substituí-lo também no comando do partido, mas não especificou quando isso deve acontecer.
Após ser confirmado, Díaz-Canel fez um discurso no qual disse que Raúl segue como líder da revolução e que pretende dar continuidade ao movimento iniciado por ele junto com o irmão Fidel em 1959. "Afirmo a esta Assembleia que o companheiro general do Exército Raúl Castro Ruz, como primeiro secretário do Partido Comunista de Cuba, encabeçará as decisões de maior transcendência para o presente e o futuro da nação", disse ele. "O mandato dado pelo povo a esta legislatura é dar continuidade à Revolução Cubana em um momento histórico crucial, que será marcado por tudo que devemos avançar na atualização do modelo econômico", afirmou Díaz-Canel em sua fala na Assembleia Nacional.
O novo presidente indicou que pretende manter as diretrizes estabelecidas por Raúl também na relação com outros países. "A política exterior cubana se manterá inalterável. Cuba não faz concessões contra sua soberania e independência, não negociará princípios nem aceitará condicionamentos. Jamais cederemos ante pressões ou ameaças. As mudanças que forem necessárias serão decididas soberanamente pelo povo cubano", afirmou.
Raúl Castro também falou à Assembleia, depois de Díaz-Canel. Segundo ele, será formada uma comissão na Casa para discutir a reforma da Constituição da ilha, que será colocada em referendo, mas isso não significa mudar o caráter socialista do regime.
A Assembleia também confirmou os outros nomes que farão parte do Conselho de Estado - o novo primeiro vice-presidente, Salvador Valdés, e outros cinco vices: Ramiro Valdés, Roberto Tomás Morales, Gladys María Bejerano, Inés María Chapman e Beatriz Jhonson. Todos terão mandato de cinco anos.
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