Após três licitações sem interessados, a prefeitura de Porto Alegre deve retomar, nesta sexta-feira (20), a Operação Tapa-Buracos nas vias da Capital. A retomada é possível com a compra emergencial de 200 toneladas de Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP) - produto que é empregado na mistura com britas e areia para fabricação do asfalto destinado a conservar vias.
Em nota, a prefeitura informa que o material já chegou a Porto Alegre, e o asfalto está sendo produzido na Usina Asfáltica do Sarandi. As 200 toneladas de CAP resultarão em mais de 3,3 mil toneladas de concreto quente para ser aplicado nas vias. Mesmo assim, essa quantidade não deve suficiente para contemplar a demanda total, que inclui
4 mil buracos espalhados pela Capital. Por ora, a operação irá priorizar vias de grande circulação, como as avenidas Ipiranga, Bento Gonçalves, Borges de Medeiros, Loureiro da Silva, Protásio Alves, Farrapos e vias da zona Sul.
Avaliando a falta de interessados nas licitações feitas desde o ano passado, o secretário de Mobilidade Urbana, Luciano Marcantônio, diz que a falta de recursos por parte do Executivo não foi o problema dessa vez, e sim "o histórico de problemas de pagamento pela prefeitura, que ocasionou insegurança no mercado, e a nova política de reajuste de preços da Petrobrás, única fornecedora de componentes asfálticos do Brasil e que mudou os dois reajustes anuais para reajustes mensais", afirma.
Um novo processo de licitação será aberto em maio, dessa vez adequado às novas regras da Petrobras. Esse novo material servirá para concluir a operação que começa nessa sexta-feira, atendendo aos protocolos das outras regiões da Capital.