Os arquitetos Francisco Maraschim Zancan, 30 anos, e Leonardo da Silva e Lima, 35, junto com o administrador de empresas Arthur Dias Duarte, 23, criaram, em Porto Alegre, uma assessoria de análise espacial e geomarketing. A
Space Hunters utiliza um sistema de cálculos que alia técnicas urbanísticas, simulação computacional e análise configuracional urbana com gestão de negócios, marketing e know how. Tudo isso para encontrar a melhor localização para um empreendimento.
A empresa já atendeu mais de 80 clientes e mantém cerca de 20 fixos. Entre eles, estão nomes como Japesca, Petiskeira, Severo Burger, Canoas Shopping, Bella Gulla, Cachorro do Rosário e outros. O custo do serviço varia entre R$ 3 mil e R$ 6 mil. A Space Hunters se propõe a atender todo o País e já expande seus serviços ao exterior, com clientes nos Estados Unidos, Alemanha e México.
Basicamente, a empresa monta diversos cenários, simulados matematicamente, que são capazes de concluir, entre uma série de localizações previamente definidas, uma hierarquia que varia de acordo com o grau de probabilidade que cada uma delas possui para atender as demandas da clientela. Nesta conversa, é possível entender melhor sobre a importância do planejamento na hora de escolher o endereço para se lançar no mercado.
GeraçãoE - Qual a importância do serviço para novos empreendimentos?
Francisco Zancan - É algo vital para as empresas. Se tu erras o ponto inicial, por exemplo, a localização de um restaurante, tu entrarás num prejuízo de, no mínimo, R$ 500 mil. Custa caro, principalmente, a cozinha. E tu não tens, às vezes, como mudar. A gente está trabalhando agora com um café, que abriu num imóvel muito legal, com um produto de excelente qualidade, só que não tem público. O empreendedor colocou em uma rua de baixo movimento. A gente, agora, está tirando ele dali, estudando a localização.
GE - O que é entregue ao cliente pela Space Hunters?
Arthur Duarte - A gente entrega toda a prospecção de imóveis, a análise do melhor local, de um jeito muito preciso, que envolve como as pessoas irão funcionar em volta daquele ponto. A gente entrega tudo isso em, no máximo, três semanas. Fazemos esse serviço para qualquer lugar do mundo, pois só precisamos de um mapa da cidade e da planta do local. Colocamos as informações no nosso sistema, que calcula, e a gente consegue através desses dados analisar qualquer lugar do planeta. Por esse motivo, temos clientes na Alemanha, na Flórida, no Brasil inteiro. Empresas de tudo que é ramo. Já atendemos Petiskeira, Japesca, entre outras.
GE - Quando surgiu a ideia de criar essa solução?
Francisco - Em 2015, a gente começou a pilotar a empresa, testar no mercado. No final daquele ano, fechamos o primeiro trabalho. Precisávamos entender onde melhor colocar um empreendimento.
GE - Que resultados já foram alcançados?
Francisco - A gente começou a crescer bem rápido, com um ritmo de 400% ao ano. Fechamos 2016 com uns R$ 35 mil de faturamento. Ano passado foi R$ 138 mil e esse ano estamos projetando R$ 500 mil. Isso, de forma orgânica. Não temos investimento, nem aporte financeiro, tudo com o conhecimento que a gente desenvolveu.
GE - Qual o perfil de público da Space Hunters?
Arthur - Nosso objetivo é ajudar desde pequenos empreendedores até grandes redes varejistas na tomada de decisão locacional para suas marcas, sejam elas localizadas nas ruas das cidades, em shoppings centers, galerias comerciais ou qualquer estrutura arquitetônica.