Pensar a Arquitetura enquanto neg�cio
A relações públicas Renata Pena, 39 anos, foi, durante três anos, gerente-geral de um escritório de Arquitetura com 25 profissionais, em São Paulo. No mercado de arquitetura e design de interiores desde 2013, ela decidiu mudar de vida e usar a experiência adquirida a serviço do próprio futuro.
Hoje, ela leva uma vida mais consciente, mora em Porto Alegre e comanda a empresa de consultoria estratégica que leva o próprio nome, onde oferece soluções em gestão e comunicação, voltadas especialmente para o mercado de arquitetura e design.
Em um ano e meio, já atendeu cerca de 40 empresas no Rio Grande do Sul, São Paulo, Acre e Minas Gerais. Em abril, ela lançou um novo site, www.renatapena.com.br. Nesta entrevista, conversamos sobre as necessidades da arquitetura enquanto negócio e a mudança de vida de Renata:
GeraçãoE - Por que você decidiu apostar na consultoria para escritórios de arquitetura?
Renata Pena - Porque eu tinha 101% de certeza da demanda. E também muita confiança na minha entrega e no meu conhecimento.
GE - Como funciona seu serviço?
Renata - Quero que meus clientes e eu tenhamos felicidade e lucro. Por isso fui empreender. Eu não sou aquela consultoria que, no meio do processo, o cliente nem sabe direito o que a pessoa está fazendo. Tenho uma "prateleira" de serviços, que acontecem em módulos com objetivos definidos. Muitos clientes começam com a consultoria inicial de gestão, depois renovamos para trabalhar o marketing digital, as vendas, e assim por diante. Desta forma podemos fazer um trabalho continuado.
GE - Qual o público que mais te procura?
Renata - Pessoas que estão há oito ou 10 anos no mercado da Arquitetura e Design e precisam se reinventar, dar uma alavancada no negócio. O que todos querem é aumentar os lucros.
GE - Quais os erros mais comuns que esse tipo de negócio comete?
Renata - Não saber o seu custo, não ter a mínima noção se está tendo lucro ou prejuízo. É chocante. E a empresa que vende mais é a mais perigosa neste segmento. Quem vende muito, às vezes, também perde muito dinheiro, e não se dá conta. Eu costumo mostrar isso em números, porque também existe muita resistência, pelo modo como sempre fizeram as coisas. Quem faz a lição de casa está vendo os resultados.
GE - E em termos de conteúdo digital?
Renata - O mercado ainda não sabe fazer bem as redes sociais e o marketing digital, então ao trabalhar isso acabamos vendo resultados muito rápido. É um segmento com muito conteúdo interessante e ainda inexplorado. Tenho uma dupla de clientes que, ao trabalharmos a comunicação, fizemos uma websérie com 14 vídeos, que agora iremos aplicar o marketing digital.
GE - O que você quer para sua nova fase?
Renata - Quero ser feliz, prefiro vender coco na praia do que ter uma vida infeliz no trabalho, porque eu amo trabalhar. Acho feio aquela cultura, que tem muito em São Paulo, de ostentar que se trabalhou até as 20h. Se preciso, mantenho um ritmo frenético por 10 dias e depois me dou tempo. Não é fácil manter uma vida equilibrada. Posso me desequilibrar, mas hoje eu já sei que não dá para viver assim o ano inteiro.
Compartilhe