A ofensiva estratégia de Fernando Diniz foi eficiente em sua estreia como treinador na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Em duelo disputado na Arena da Baixada, em Curitiba, o Atlético Paranaense dominou a Chapecoense neste domingo e massacrou de virada, por 5 a 1, com todos os gols marcados no segundo tempo.
Apostando na rápida troca de passes e na forte marcação no campo adversário, no entanto, o time paranaense poderia ter vencido por mais. Foi superior desde o início, desperdiçou inúmeras oportunidades e só levou o gol após um erro do goleiro Santos.
O Atlético-PR volta a campo pela competição no próximo domingo, contra o Grêmio, fora de casa. Antes, na quinta-feira, no Morumbi, enfrenta o São Paulo no jogo da volta da quarta fase da Copa do Brasil, após vencer a ida por 2 a 1. Já a Chapecoense recebe o Vasco também no próximo domingo, pelo Brasileirão.
Depois de usar um time reserva no Campeonato Paranaense e treinar os principais titulares durante os primeiros meses da temporada, o técnico Fernando Diniz repetiu a estratégia adotada nos duelos da Copa do Brasil e da Sul-Americana: montou o time no 3-5-2, com o volante chileno Pavez improvisado na defesa.
E a estratégia de liberar os laterais ofensivos - Jonathan e Thiago Carleto - e priorizar a troca de passes deu certo. Embora não chegasse com tanta contundência no início, o Atlético-PR dominava e quase não deixava a Chapecoense jogar. Tanto que, com pouco mais de 15 minutos, o time mandante possuía 78% de posse de bola.
As chances, assim, foram aparecendo. Aos 12, Carleto bateu falta cruzada com perigo, Jandrei espalmou e a bola sobrou para Ribamar, mas ele não conseguiu dominar. Depois, aos 22, em nova jogada confusa, o atacante se atrapalhou com Pablo dentro da pequena área e a finalização deste saiu fraca, rente à trave.
Somente aos 30 minutos a Chapecoense chegou pela primeira vez: Wellington Paulista recebeu na área e, sem ângulo, chutou para fora. Era pouco. Lento na saída de bola e desorganizado no meio, o time voltou a ser facilmente dominado pelo Atlético-PR.
Mas as chances seguiam sendo desperdiçadas. Ribamar teve nova oportunidade aos 32, após receber cruzamento, mas bateu para fora. Nikão também quase marcou no minuto seguinte, ao escorar levantamento à meia-altura - Jandrei fez grande defesa. E, aos 39, em nova cobrança de falta, Carleto finalizou rasteiro e a bola saiu por pouco. A Chapecoense, assim, mais pela falta de pontaria do adversário, segurou o empate até o intervalo.
Se Jandrei salvou o visitante no primeiro tempo, Santos vacilou na primeira vez em que foi exigido. Logo aos dois da etapa final, após falta cobrada por Canteros, o goleiro errou o tempo da bola e Wellington Paulista abriu o placar para a Chapecoense, em cabeçada para o gol vazio.
A desvantagem no placar parece ter feito os jogadores do Atlético Paranaense se concentrarem na pontaria. Apenas quatro minutos depois, após o time manter o ritmo sufocante do primeiro tempo, Pablo recebeu cruzamento e cabeceou no ângulo, com perfeição. E, aos 13, após a zaga afastar mal, Nikão arriscou da entrada da área, acertou o canto e decretou a virada com um bonito gol.
Desorganizada em campo e em desvantagem no placar, a Chapecoense tentou buscar o empate, mas pouco criava de efetivo. Abriu-se, contudo, ao contra-ataque. E, em um deles, Márcio Araújo fez falta em Nikão e, na cobrança colocada, dessa vez Carleto acertou o canto.
Ainda deu tempo para Matheus Rosseto, no fim, dar um drible com o peito no marcador, tirar de Jandrei e fazer o quarto. E, já nos acréscimos, após receber sozinho, Éderson completou o massacre.