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Porto Alegre, domingo, 04 de maio de 2025.

Economia

- Publicada em 04 de Abril de 2018 às 18:17

Locadora Espaço Vídeo encerra atividades após 32 anos

Com um amplo inventário, locadora ainda é uma referência para quem busca os discos físicos

Com um amplo inventário, locadora ainda é uma referência para quem busca os discos físicos


FOTOS: CLAITON DORNELLES /JC
Paulo Egídio
Em até 60 dias, chegará ao fim a história de uma referência cultural de Porto Alegre que teve início em novembro de 1985. Depois de 32 anos de atividades, a tradicional locadora de filmes Espaço Vídeo vai encerrar suas atividades. Ponto tradicional do bairro Bom Fim, o empreendimento já chegou a ter cinco lojas em diferentes locais capital gaúcha. Atualmente, no prédio da esquina entre as ruas Vasco da Gama e Fernandes Vieira, restaram os mais de 30 mil DVDs e o baixo movimento - que toma conta de todo o setor.
Em até 60 dias, chegará ao fim a história de uma referência cultural de Porto Alegre que teve início em novembro de 1985. Depois de 32 anos de atividades, a tradicional locadora de filmes Espaço Vídeo vai encerrar suas atividades. Ponto tradicional do bairro Bom Fim, o empreendimento já chegou a ter cinco lojas em diferentes locais capital gaúcha. Atualmente, no prédio da esquina entre as ruas Vasco da Gama e Fernandes Vieira, restaram os mais de 30 mil DVDs e o baixo movimento - que toma conta de todo o setor.
Conforme a gerente da locadora, Michelle Maier, os funcionários foram avisados sobre o fechamento na última semana. “O movimento tem sido muito baixo. Desde que fechou a última loja, há cinco anos, sabíamos que isso ia acontecer”, relata Michelle, que trabalha há mais de duas décadas na Espaço Vídeo.
As plataformas que oferecem filmes e séries via streaming, como o Netflix e o NET Now, são vistas como a principal razão para o encolhimento do mercado de locação de filmes. “Alguns filmes que, para nós, chegam a custar R$ 50, o usuário do Netflix tem disponível. Não tem como concorrer”, lamenta a gerente.
Com a decisão, a espaço já passou a disponibilizar para a venda produções de cineastas como Charles Chaplin, Ingmar Bergman, Akira Kurosawa e Jean-Luc Godard. Prato cheio para colecionadores, os mais raros, ainda não tem sequer cotação definida. “A ideia é locar até a última semana e, em paralelo, vender os filmes”, diz Michelle.
Com um amplo inventário, a Espaço Vídeo ainda é uma referência para quem busca os discos físicos. Na tarde desta quarta-feira (4), um dos poucos clientes que visitava a loja era o médico Flávio La Porta, que procurava o clássico A Fantástica Fábrica de Chocolate para mostrar ao filho de seis anos. “Com o streaming, todo mundo vê o filme em casa, até pela praticidade”, relata. O próprio médico diz que só foi até a videolocadora porque não conseguiu encontrar o filme online. “Fazia muito tempo que não vinha (pessoalmente) procurar um DVD”, conta.
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Flávio La Porta visitou a Espaço em Vídeo em busca de filme que não encontrou por streaming

Decisão já era avaliada há três anos pelos proprietários

A empresária Eliane Kives, que divide com o marido a propriedade Espaço Vídeo, diz que a intenção de fechar a locadora já vinha sendo pensada há pelo menos três anos pelo casal. Ambos, inclusive, já direcionaram atenções para outros ramos de negócio. “E uma decisão muito difícil, porque a Espaço representa um marco cultural importante em Porto Alegre”, diz Eliane.
Para ela, além da retração do setor pela concorrência com plataformas de streaming e on demand, o público cinéfilo também diminuiu. “As pessoas estão deixando de ver filmes, passam mais tempo na internet e no celular, que são ferramentas rápidas e fáceis”, avalia.
Eliane diz que o mercado das videolocadoras “não acabou, mas se acomodou de acordo com o próprio tamanho”. “Nos últimos tempos, me sentia como na época em que abrimos, quando, havia apenas treze locadoras em Porto Alegre. Com o ‘boom’, esse número passou para mais de mil e, atualmente, voltaram a ser somente doze ou treze”, descreve.
Apesar do fim do negócio, a empresária diz que o momento não é de tristeza. “Não fico triste. A gente sabe que a gente fez o melhor trabalho, serviu muito a comunidade e ter cumprido essa função cultural nos deixa realizados.”
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