{{channel}}
Disputa ao Piratini larga com 8 pré-candidatos
Faltando seis meses para o 1º turno, principais partidos já indicam nomes para a sucessão ao governo do Estado
O primeiro turno das eleições deste ano acontece em 7 de outubro. A seis meses da votação, o Rio Grande do Sul já tem oito pré-candidatos para disputar a sucessão ao governo do Estado nas eleições de 2018. Seis desses nomes foram indicados em convenções ou encontros partidários no final do ano passado ou no início deste ano: Abgail Pereira (PCdoB), Jairo Jorge (PDT), Luis Carlos Heinze (PP), Mateus Bandeira (Novo), Miguel Rossetto (PT) e Roberto Robaina (PSOL).
Os outros dois ainda não foram oficializados como pré-candidatos, embora sejam apontados pelos correligionários para a disputa ao Piratini: Eduardo Leite, presidente estadual do PSDB, e o governador José Ivo Sartori (PMDB), que deve concorrer à reeleição.
Outra peculiaridade é que sete dos oito partidos já têm também candidato ao Planalto. A exceção é o PP, que ainda não definiu com qual palanque nacional irá se aliar.
A articulação dos pré-candidatos por alianças é forte desde o ano passado. Alguns se dedicam à campanha há alguns meses, viajando pelo Estado. Mas o registro oficial das candidaturas pode ser feito até 15 de agosto.
ROBERTO ROBAINA (PSOL)
O vereador de Porto Alegre Roberto Robaina foi escolhido como pré-candidato do PSOL ao governo do Estado em evento na Capital realizado em 17 de março. Sua candidatura oferece palanque no Rio Grande do Sul ao pré-candidato a presidente da República pelo PSOL, Guilherme Boulos. A pré-candidatura de Boulos - líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) - foi oficializada em 3 de março, dois dias antes de ele se filiar à legenda. A escolha do nome de Boulos para a disputa do Palácio do Planalto foi elogiada por Lula. Robaina é vereador em Porto Alegre e foi candidato ao governo do Estado pelo PSOL na eleição passada, em 2014, quando ficou em 5º lugar na disputa.
ABGAIL PEREIRA (PCdoB)
O diretório estadual do PCdoB lançou Abgail Pereira como pré-candidata ao governo do Estado em 22 de outubro de 2017, duas semanas antes de o comitê central do partido lançar a pré-candidatura da deputada estadual Manuela d'Ávila à presidência da República. Desde a redemocratização, é a primeira vez que o PCdoB lança candidato próprio ao Planalto e ao Piratini. A legenda vinha sendo a principal aliada do PT nas eleições majoritárias. O presidente estadual dos comunistas, Adalberto Frasson, acredita que "a candidatura da Manuela, uma vez consolidada, pode unificar os aliados no Estado". Abgail foi candidata a vice-governadora em 2014 e a senadora em 2010.
MIGUEL ROSSETO (PT)
O PT oficializou a pré-candidatura ao Palácio Piratini do ex-ministro do Desenvolvimento Agrário do governo Dilma Rousseff (PT), Miguel Rossetto, em uma reunião do diretório estadual do partido, em 9 de dezembro de 2017. Rossetto foi vice-governador de Olívio Dutra (PT, 1999-2002).Os petistas acreditam que a candidatura de Rossetto vai decolar com a participação do pré-candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - que aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, apesar de ter sido condenado em 2ª instância na Lava Jato. Caso Lula seja impedido de concorrer, o PT pretende lançar outro nome, o que garantiria palanque nacional a Rossetto.
MATEUS BANDEIRA (NOVO)
No 3º Encontro Nacional do Partido Novo, em 18 de novembro de 2017, em São Paulo, a sigla lançou o ex-presidente do Banrisul Mateus Bandeira como pré-candidato ao governo do Estado. Na mesma ocasião, definiu a pré-candidatura à presidência da República do empresário carioca João Amoêdo. O Partido Novo não deve fazer coligações, por conta de uma decisão do diretório nacional. Com isso, Bandeira deve disputar o Piratini com chapa pura. O Novo aposta nos perfis técnicos de seus quadros. Seus candidatos devem se apresentar como novidades na política, embora Bandeira tenha sido secretário do Planejamento na gestão Yeda Crusius (PSDB, 2007-2010).
LUIS CARLOS HEINZE (PP)
Depois de disputar prévias no PP com o advogado Antônio Weck, o deputado federal Luis Carlos Heinze foi escolhido com 80% dos votos dos convencionais para concorrer ao governo do Estado, no dia 24 de março. Ele foi o último pré-candidato a ser confirmado até agora. Como a candidatura própria do PP ao Piratini não estava confirmada, o partido agora vai em busca de alianças. E ainda não tem palanque nacional, já que o partido não terá candidato próprio ao Planalto. Se o PSL não tiver candidato ao governo do Estado, uma possibilidade é fechar aliança com o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), mas ainda há o candidato do Podemos, Alvaro Dias, e até Geraldo Alckmin.
JOSÉ IVO SARTORI (PMDB)
É unanimidade entre as lideranças do PMDB que o governador José Ivo Sartori (PMDB) deve concorrer à reeleição. No fim de semana passado, o presidente Michel Temer (PMDB) confirmou que pretende disputar a reeleição. Se isso se confirmar, o palanque nacional de Sartori deve ser do próprio PMDB. Inicialmente, o governador se negava a falar sobre as eleições deste ano. Nos últimos meses, passou a repetir a seguinte frase: "se não posso dizer que sim (serei candidato), também não preciso dizer que não". Como está no comando do Piratini, o peemedebista deve ser o último candidato a confirmar a intenção de concorrer. Em 2014, Sartori também demorou a admitir a candidatura.
JAIRO JORGE (PDT)
O PDT definiu que o ex-prefeito de Canoas Jairo Jorge seria pré-candidato ao Palácio Piratini em uma convenção realizada em 5 de setembro de 2017. Na ocasião, o pré-candidato da sigla à presidência da República, o ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes, prestigiou o evento em que o ex-prefeito de Canoas foi indicado por aclamação. Jairo Jorge se filiou ao PDT alguns meses antes da confirmação da pré-candidatura. Ele havia construído toda a sua trajetória política no PT. Desde que foi confirmado para a disputa ao Piratini, tem percorrido o interior do Estado e espera visitar as 497 cidades gaúchas até o pleito. Jairo Jorge já participa de debates como pré-candidato.
EDUARDO LEITE (PSDB)
O ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite foi conduzido à presidência estadual do PSDB na convenção estadual em 11 de novembro de 2017. Embora sua pré-candidatura não seja oficial, os correligionários o apontam como nome do PSDB para o Piratini. Sua pré-candidatura ganhou mais força neste mês, quando o presidente nacional da sigla e governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi oficializado como candidato à presidência da República. Com isso, Leite é mais um pré-candidato ao Piratini que garante no seu palanque um presidenciável. No Estado, os tucanos participaram do governo José Ivo Sartori (PMDB) até janeiro, quando saíram por causa da candidatura própria.