Alguns grandes empresários brasileiros atuais, que eu tenho o prazer de conhecer, iniciaram suas fortunas de modo prático, muito simples, porém ininterruptamente perseguiram as suas paixões de adolescentes de acordo com as oportunidades que se mostraram a cada momento.
O primeiro deles, vendendo, de porta em porta, doces que a mãe; o segundo, entregando marmitas aos funcionários de empresas construtoras da sua cidade natal; e o terceiro, viajando com pesadas malas repletas de sapatos para comercializar pelo interior do Rio Grande do Sul. Também uma amiga, empresária do ramo da moda, assim como Coco Chanel, iniciou a sua atividade vendendo produtos confeccionados por ela e hoje tornou-se referência na arte do bem vestir.
Para Aristóteles (384 a.C.), não havia ciência em si como uma teoria avulsa, pois a vida é práxis. Segundo o filósofo, estudamos a ética a fim de melhorar nossas vidas, seu interesse principal era a natureza do bem-estar humano. Pontua ainda que o que precisamos, a fim de viver bem, é a sabedoria prática que não pode ser adquirida apenas ao aprender regras gerais, mas precisa também ser vivenciada de modo experimental.
Quanto a nós, substancialmente consideramos que a pessoa boa e virtuosa é aquela que alia inteligência e vontade, isto é, trabalha para ampliar sua identidade pessoal: sabe aquilo que almeja, agrada-lhe aquela ação, realiza e então distribui a felicidade que de fato possui.
Experimente-se, busque a independência econômica, sem a qual não temos barganha, pois, como já dizia Wiston Churchil: "Você não pode negociar com um tigre quando a sua cabeça está na boca dele". Sejamos ambiciosas! A vida é práxis e quer viver! "Se não existe a ambição, a inteligência é inútil", lê-se na obra Psicologia do Líder, de Antonio Meneghetti.
Escritora e pesquisadora do universo feminino