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Publicada em 16 de Março de 2018 às 10:58

Desafios do reposicionamento da marca pessoal

ROSANA SACCHET - ARQUIVO PESSOAL

ROSANA SACCHET - ARQUIVO PESSOAL

ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
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Jornal do Comércio
É fato que estamos na era digital, onde as mudanças ocorrem de forma acelerada. Nesse contexto, a única certeza é que para sobreviver no mercado é preciso aprimorar ao máximo a capacidade de adaptação, ou seja, a tão comentada resiliência. Por quase um século o padrão de sucesso estava praticamente garantido com um diploma de bacharel. Hoje sabemos que chegará um momento em que, independente do nível de instrução, será preciso encarar um recomeço.
É fato que estamos na era digital, onde as mudanças ocorrem de forma acelerada. Nesse contexto, a única certeza é que para sobreviver no mercado é preciso aprimorar ao máximo a capacidade de adaptação, ou seja, a tão comentada resiliência. Por quase um século o padrão de sucesso estava praticamente garantido com um diploma de bacharel. Hoje sabemos que chegará um momento em que, independente do nível de instrução, será preciso encarar um recomeço.
Ao treinar diariamente esse ajustamento, acabamos por adquirir novas competências, entre elas, o gosto pela aprendizagem. A imutável 'zona de desconforto' é estressante, mas provê a nossa evolução contínua. O conhecimento e o autoconhecimento são recursos importantes e necessários que permitem liberdade, ou seja, o uso inteligente do poder de escolha. A atualização potencializa nossa coragem para mudar não apenas de emprego, mas de profissão, de mercado, de vida. Esse é um dos fatores que torna crescente a realidade do dito reposicionamento da marca pessoal.
Cabe salientar que o reposicionamento a que me refiro não deve ser confundido com recolocação no mercado. Nesse caso significa algo mais amplo, que poderá incluir uma nova carreira, mas é compatível com as alterações do propósito de vida. Venho observando como coach que o ser humano está precisando se dar ao direto de "olhar para si". Alinhar o foco na sua felicidade e realização. É claro que conforto financeiro e reconhecimento também costumam ser desejáveis, no entanto já se sabe que devem ser consequência em vez de meta.
Enfim, ampliou-se a consciência de que o fator tempo é a maior riqueza que temos. Passamos a refletir e questionar sobre o que realmente 'vale a pena'. Desejamos equilibrar vida profissional e pessoal porque queremos ser felizes agora. Estabelecemos como, onde e com quem nos convém estar e trabalhar. Planos adiados para um futuro longínquo estão fora de questão.
Eventualmente perguntam se esse reposicionamento tem uma determinada idade ou momento para acontecer. Bem, antigamente isso ocorria umas duas vezes na vida, com a formatura na faculdade e depois da aposentadoria. Então, durante a maior parte da vida era dever trabalhar. Somente depois dos 60 anos é que poderia aproveitar, seguir o coração e fazer o que quiser.
É aí que está a diferença. Cada vez mais cedo compreendemos que essa escolha sempre está disponível. Basta decidir e se organizar para o novo rumo. Alguns profissionais fazem verdadeiros upgrades a cada quatro anos, por exemplo. Imagino que você, leitor, esteja curioso para saber como isso acontece na prática.
O primeiro passo é o entendimento de que nós não somos um diploma, uma profissão, empresa ou função. Cada ser humano tem um potencial imenso e pode reposicionar sua marca sempre que desejar. O segundo passo é se manter em conexão consigo de modo a equilibrar as diversas áreas de interesse e se sentir bem. Outra recomendação em nível de gestão da sua marca é estar atento ao ciclo de vida dos diferentes segmentos de mercado, das profissões, assim como do comportamento de consumo.
O essencial é compreender que o sucesso da marca pessoal dependerá da afinidade real que conseguirá manter com seu propósito de vida. Para viver bem e ser feliz não é preciso sorte. Só depende de você.
 

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