{{channel}}
EMPRESAS
A metodologia passou a ganhar espaço como política de desenvolvimento de pessoas
Pesquisa da Work Foundation revelou que 73% das empresas na Inglaterra utilizam formalmente práticas de mentoria há mais de 10 anos. No Brasil, o fenômeno ainda é recente. A metodologia passou a ganhar espaço como política de desenvolvimento de pessoas quando teve suas primeiras iniciativas implantadas em grandes corporações, como Natura e Petrobras.
No entanto, a metodologia é apresentada, muitas vezes, com distorções motivadas pela carência de entendimento e de fontes de informações. A maioria das empresas ainda acredita que mentoria organizacional consiste apenas em colocar um profissional sênior a orientar um profissional júnior, mas um Programa de Mentoria Organizacional Interna bem-estruturado demanda e tem potencial para muito mais.
Motivado pelo interesse de oferecer uma ampla base teórica para a execução de programas de mentoria em organizações, Marcus Ronsoni, que é doutorando em Psicologia Social, empresário e consultor em empresas de grande porte, lançou o primeiro manual de implantação de Programas de Mentoria Organizacional Interna. O livro Mentoria Organizacional - Manual de implementação de programa interno, que conta com a coautoria de Jean Guareschi, coordenador executivo da Sociedade Brasileira de Desenvolvimento Comportamental, reúne depoimentos sobre o processo de mentoria em grandes empresas.
Mentoria Organizacional - Manual de implementação de programa interno; Marcus Ronsoni e Jean Guareschi; Primavera Editorial; 382 páginas; R$ 44,90
INOVAÇÃO
Ex-executivo da Apple e do Google, Guy Kawasaki é um dos grandes nomes do empreendedorismo no mundo. Considerado um dos mais originais estrategistas de negócios, Kawasaki ganha a edição revisitada de uma obra clássica de sua autoria. Em A arte do começo 2.0, publicação atualizada do clássico de 2004, o autor sugere as práticas mais recomendadas para as mídias sociais, financiamento coletivo, navegação em nuvem e todas as ferramentas essenciais para os que estão iniciando um novo projeto ou empresa.
O autor destaca as mudanças no mundo dos negócios na última década e defende que se tornou mais fácil se estabilizar no mercado. Ele fala sobre o papel das mídias sociais como relações-públicas, analisa o crowfunding como alternativa ao pitching de investidores e relativiza a importância dos tradicionais planos de negócios. Além de tratar dos novos desafios do mercado, a obra ensina a lidar com questões que continuam sendo fundamentais para o sucesso de um empreendimento - a construção de uma equipe forte, o desenvolvimento de bons produtos e serviços e ainda as estratégias para enfrentar a concorrência. Durante a leitura, om autor afirma que "Grandes empresas nascem da resposta a perguntas simples que mudam o mundo, não do desejo de enriquecer".
Guy Kawasaki é o mentor do Canva, serviço de design on-line, e membro executivo da Escola de Negócios Haas, da Universidade da Califórnia, em Berkeley.
A arte do começo 2.0; Guy Kawasaki; Grupo Editorial Record; 480 páginas; R$ 59,90
PSICOLOGIA
Numa mesa de bar, uma conversa inocente evolui para opiniões divergentes que acabam num debate mais acalorado. Todos na mesa tentam defender suas posições. Exibem-se dados, estatísticas, fatos, frases de efeito. Todos os recursos são usados para convencer o interlocutor. Mas, no final da noite, a tentativa e o esforço em mudar a opinião do outro resultam apenas no reforço das próprias crenças e ideias e todos vão para casa fechados em si mesmo sem saber como influenciar e transformar o pensamento dos outros. Afinal, o que determina isso? Quais fatores permitem que abracem o que pensamos ou que nos ignorem por completo?
Em A mente influente - O que o cérebro revela sobre nosso poder de mudar os outros, a neurocientista cognitiva israelense Tali Sharot analisa a prática da influência. Segundo a autora, existem sete fatores essenciais para que entendamos como e de que forma é possível influenciar no pensamento dos outros e também estarmos mais abertos a mudanças de opinião e paradigmas.
Sharot explica que em um mundo com um manancial quase infinito de informações a nosso dispor, o que poderia facilitar a transformação e amadurecimento das ideias, contribui ainda mais para nos deixar menos sensíveis aos dados e nos tornar mais arredios a argumentos. No final das contas, continuam valendo as narrativas que apelam para nossas emoções e que coadunam com nossas crenças.
A mente influente - O que o cérebro revela sobre nosso poder de mudar os outros; Tali Sharot; Editora Rocco; 224 páginas; R$ 34,90