Porto Alegre, sexta-feira, 23 de maio de 2025.
Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Porto Alegre, sexta-feira, 23 de maio de 2025.

Opinião

- Publicada em 31 de Janeiro de 2018 às 16:40

O avanço das mulheres e da economia mundial

Empoderamento não é apenas uma palavra da moda. Mesmo que polêmico, o termo tem dado voz a mulheres do mundo inteiro em relação a diferentes temas importantes, porém relegados a um segundo plano. Muita gente não entende o porquê de as mulheres estarem se apropriando do termo empoderamento. A expressão cunha uma consciência coletiva, uma necessidade de fortalecimento e de equidade de gênero.
Empoderamento não é apenas uma palavra da moda. Mesmo que polêmico, o termo tem dado voz a mulheres do mundo inteiro em relação a diferentes temas importantes, porém relegados a um segundo plano. Muita gente não entende o porquê de as mulheres estarem se apropriando do termo empoderamento. A expressão cunha uma consciência coletiva, uma necessidade de fortalecimento e de equidade de gênero.
A luta por condições iguais na sociedade é diária, os avanços levam muitos anos na política, na economia, na cultura e nos mais diversos setores. E, pouco a pouco, com competência e muito trabalho, as mulheres vão avançando e conquistando mais espaço. O fato foi reconhecido, inclusive, no encontro global de empreendedorismo, no final do ano passado, na Índia, em que empreendedoras foram o destaque e foram apresentados dados que mostram como as mulheres vão elevar o Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2% simplesmente com a redução gradual da desigualdade de gênero no mercado de trabalho.
Em relação à equidade salarial, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a renda média do brasileiro é de R$ 2.043,00. No entanto, eles ganham, em média, R$ 2.251,00; e elas, R$ 1.762,00 (diferença de R$ 489,00).
O relatório de 2017 "Em busca da igualdade de gênero: uma batalha difícil", da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico, indica que, em 35 países analisados, houve muito pouco progresso nos últimos cinco anos - em relação a estudo de 2012 - para atingir a igualdade de gênero, e que as desigualdades persistem "em todas as áreas da vida econômica e social".
Na Coreia do Sul, por exemplo, a diferença entre salários chega a 37%. Na Bélgica e na Costa Rica, é inferior a 4%. No Brasil, o desequilíbrio entre os rendimentos fica na casa dos 24,8%, mesmo as mulheres tendo, em média, dois anos a mais de estudos.
Uma pesquisa realizada pela Catho no ano passado, com 13.161 profissionais brasileiros, mostra que, para cargos operacionais, a diferença entre os salários chega a 58%, e para especialista graduado, a de 51,4%. Muito disso tem explicação nos estereótipos e nas convenções sociais.
No bom português, a mulher ainda perde espaço porque algumas empresas acreditam que ela terá menos disponibilidade para o trabalho devido a cuidados com a família e a casa, além de ter menos respeito de subordinados homens. O mais natural, então, é colocar homens em cargos de chefia para liderar mulheres e outros homens, e não o contrário.
O que se percebe é que, em qualquer setor de nossa sociedade onde há um grupo demográfico responsável pelo sustento do outro, há abuso de poder. O que as mulheres têm feito é um esforço por equidade.
Outro tema que emerge com força e que as mulheres tentam combater é o assédio - e, até mesmo, o abuso sexual -, seja no ambiente de trabalho, em escolas, em universidades, em "baladas", no transporte coletivo e dentro de suas próprias casas.
Segundo a Organização Não Governamental (ONG) ActionAid, mais de 86% das brasileiras já foram vítimas de assédio em espaços públicos. E é no transporte público onde se sentem mais acuadas.
Campanhas como #chegadefiufiu e #metoo têm tomado as redes sociais com depoimentos encorajadores. São mulheres relatando situações constrangedoras, como o uso de palavras chulas para defini-las, a tentativa de contato físico sem consentimento, entre outras situações. Uma triste realidade, que precisa mudar.
Conteúdo Publicitário
Comentários CORRIGIR TEXTO
notification icon
Gostaria de receber notificações de conteúdo do nosso site?
Notificações pelo navegador bloqueadas pelo usuário