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Internacional

- Publicada em 14 de Dezembro de 2017 às 16:19

Massacre contra povo rohingya deixou pelo menos 6,7 mil mortos

Um a cada dez vítimas era uma criança menor de cinco anos

Um a cada dez vítimas era uma criança menor de cinco anos


/K M ASAD/AFP/JC
As autoridades de Mianmar mataram pelo menos 6,7 mil pessoas em sua ação militar contra os rohingyas - etnia muçulmana perseguida no país asiático - iniciada em agosto, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira pela organização Médicos Sem Fronteiras.
As autoridades de Mianmar mataram pelo menos 6,7 mil pessoas em sua ação militar contra os rohingyas - etnia muçulmana perseguida no país asiático - iniciada em agosto, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira pela organização Médicos Sem Fronteiras.
A ofensiva no estado de Rakhine, no Sudoeste da antiga Birmânia, levou à fuga de cerca de 620 mil pessoas para o vizinho Bangladesh, segundo a ONU, o que equivale a 60% dos rohingyas que viviam na região. As Nações Unidas e os EUA acusam as autoridades de Mianmar de limpeza étnica.
Foi com base no relato desses refugiados que a Médicos Sem Fronteiras fez sua pesquisa em seis acampamentos no distrito bengalês de Cox's Bazar, que têm população estimada de 608.108 pessoas, das quais 83% chegaram a partir de 25 de agosto, quando começou a ação militar. A partir da amostragem feita com 2.434 famílias, a organização estima que 9 mil pessoas morreram em Rakhine durante a operação militar, incluindo os 6,7 mil mortos de forma violenta.
A cada dez mortos pelas forças birmanesas, um era uma criança com menos de cinco anos. Nesse grupo, 60% morreram baleadas. A organização avalia, porém, que os números estejam subestimados, já que não incluem os mortos cujas famílias ainda estão em Mianmar.
Para a Médicos Sem Fronteiras, o massacre é uma prova de que os membros da etnia islâmica não devem voltar a Mianmar, como prevê um acordo assinado entre as autoridades birmanesas e de Bangladesh. "Os rohingyas não devem ser forçados a retornar, e sua segurança e direitos precisam ser garantidos antes que tais planos possam ser seriamente considerados", avalia a Médicos sem Fronteiras.
 
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