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- Publicada em 19 de Dezembro de 2017 às 22:20

Banco Mundial é esperança para revitalizar o 4º Distrito

Projeto para a região na zona Norte foi apresentado semana passada em Paris

Projeto para a região na zona Norte foi apresentado semana passada em Paris


CLAITON DORNELLES /JC
Igor Natusch
Com diretrizes básicas estabelecidas desde o final do ano passado, o projeto de revitalização do chamado 4º Distrito de Porto Alegre depende de recursos e de um plano de negócios para avançar do papel para a prática. Na semana passada, o projeto foi apresentado em Paris, onde a prefeitura de Porto Alegre participou da cúpula do meio ambiente One Planet Summit. A agenda fez parte de um processo de aproximação entre a prefeitura e o Banco Mundial (Bird), que pode se tornar um parceiro fundamental para tirar o plano do papel.
Com diretrizes básicas estabelecidas desde o final do ano passado, o projeto de revitalização do chamado 4º Distrito de Porto Alegre depende de recursos e de um plano de negócios para avançar do papel para a prática. Na semana passada, o projeto foi apresentado em Paris, onde a prefeitura de Porto Alegre participou da cúpula do meio ambiente One Planet Summit. A agenda fez parte de um processo de aproximação entre a prefeitura e o Banco Mundial (Bird), que pode se tornar um parceiro fundamental para tirar o plano do papel.
A ideia do 4º Distrito já foi apresentada também em Nova Iorque, nos Estados Unidos, e em Bangcoc, na Tailândia. Está em negociação um empréstimo entre US$ 100 milhões e US$ 160 milhões, inserido no conceito de cidades resilientes incentivado pelo órgão internacional. Entre as ações priorizadas, estão o combate a alagamentos, inclusão social e geração de emprego e renda - todas iniciativas de impacto decisivo na futura reformulação do 4º Distrito.
De acordo com o vice-prefeito da Capital, Gustavo Paim, que também atua como secretário de Relações Institucionais e Articulação Política, a iniciativa teria sido recebida com interesse por potenciais investidores. "O projeto conquistou notoriedade internacional. Esse é o primeiro grande passo: fazer com que se crie um ambiente de interesse", anima-se.
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, manifestou-se ontem sobre a revitalização, durante evento de fim de ano promovido pela Associação das Empresas dos Bairros Humaitá-Navegantes. Ele frisou a necessidade de recursos para finalizar o projeto, visto como uma "alternativa de médio e longo prazos" para o crescimento da cidade. "Hoje, a prefeitura tem esse limitador. Então, estamos buscando alternativas, o vice-prefeito, Paim, tem feito esses contatos com o Banco Mundial, e esperamos ter acessos a financiamentos. Está avançando bem", garantiu.
A previsão inicial, afirma Paim, é de que a confecção do plano de negócios envolva valores próximos dos US$ 400 mil. Esse documento vai avaliar os déficits de estrutura da região, que envolve 594 hectares e abrange cinco bairros - Floresta, São Geraldo, Navegantes, Humaitá e Farrapos -, e delimitar meios de supervalorizar a área, de forma a tornar o processo financeiramente atraente tanto ao poder público quanto ao setor privado.
Há, segundo os idealizadores, uma série de pontos favoráveis a investimentos. Entre eles, a proximidade do Centro da Capital, da rodoviária e do aeroporto Salgado Filho, além da facilidade de acesso para quem vem da Região Metropolitana. O 4º Distrito também conta com bom número das chamadas quadras rápidas, tomadas por galpões e depósitos e que, pelo pequeno número de proprietários, têm negociação facilitada na hipótese de desapropriação. De acordo com o Núcleo de Tecnologia Urbana da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (NTU-Ufrgs), que elaborou o chamado Masterplan do 4º Distrito, é possível agregar até R$ 7 bilhões em valor comercial à região, apenas a partir da construção de novos empreendimentos imobiliários nessas quadras.
O grande objetivo delimitado no Masterplan é disparar, a partir de parcerias com a iniciativa privada, um processo de desenvolvimento social e urbano na região, ampliando a oferta de serviços e fazendo da área um polo de inovação e produção de conhecimento. Deve ser incentivado o surgimento de núcleos temáticos, em torno de especificidades como economia criativa, Ensino Superior, saúde e tecnologia da informação. Outras necessidades apontada são aumentar a presença de parques e equipamentos públicos, além da instalação de um terminal hidroviário e de soluções que amenizem o acúmulo de água em períodos de chuva.
No momento, a viabilização disso está sendo discutida em diferentes secretarias da prefeitura. A pasta de Relações Institucionais centraliza o processo, em especial pela necessidade de buscar parceiros internacionais. Segundo Paim, há ações também nas secretarias de Desenvolvimento Econômico; Infraestrutura e Mobilidade; Fazenda; e Meio Ambiente e Sustentabilidade. Tudo isso para englobar as complexidades da transformação que se pretende na região. "Temos um projeto bem-acabado, envolvendo um lugar nobre, com logística positiva e potencial para investir. Nosso desafio é fazê-lo ficar de pé, e, por isso, precisamos de um plano econômico", descreve.
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