O lucro líquido do BTG Pactual no segundo trimestre deste ano somou R$ 503 milhões, praticamente a metade do observado no mesmo período do ano passado (R$ 1,003 bilhão). Ante o trimestre imediatamente anterior o recuo foi de 30%. Na primeira metade do ano o lucro líquido chegou em R$ 1,446 bilhão, queda de 39%.
No trimestre, o BTG teve alguns efeitos negativos no desempenho, como a marcação a mercado negativa da Eneva e, ainda, a reversão de comissões recebidas por uma operação de fusão e aquisição (M&A) não aprovada pelo órgão regulador. Apesar de não citar, trata-se da compra da Estácio pela Kroton.
No critério ajustado, o lucro líquido somou R$ 603 milhões, recuo de 39,8% ante o mesmo intervalo de 2016. Na comparação com os três primeiros meses do ano, a retração foi de 28%.
O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (ROAE) caiu a 13,3% no segundo trimestre deste ano, ante 19,4% ante o segundo trimestre do ano passado e de 18,7% ante o trimestre imediatamente anterior.
O índice de Basileia ficou em 19% no segundo trimestre deste ano, ante 14,2% há um ano e de 19,5% nos primeiros três meses de 2017. Os ativos totais do BTG ao final de junho somavam R$ 119,1 bilhões, recuo de 41,4% na relação anual e queda de 5%, na trimestral.
"A rápida mudança na dinâmica do mercado, após a turbulência política no Brasil, impactou nossos resultados e contribuiu para um pior desempenho das áreas de Sales & Trading (tesouraria) e Investment Banking (banco de investimento). Apesar desse movimento, mantivemos a trajetória de crescimento em nossas franquias de gestão de recursos e ótimo desempenho em crédito", afirma Roberto Sallouti, presidente do BTG Pactual, em nota enviada à imprensa.