Em 2013, com A dança da realidade, o chileno Alejandro Jodorowsky deu início a uma pentalogia que mistura fantasia e autobiografia nos cinemas. Poesia sem fim é a segunda parte deste projeto e tem como foco os anos entre 1940 e 1950.
O longa-metragem tem como protagonistas os filhos do diretor, Brontis e Adán - interpretando, respectivamente, o pai do artista e o próprio Alejandro jovem. O próprio cineasta também faz participação no enredo.
O trabalho acompanha Jodorowsky, então aos 20 anos, e sua decisão de tornar-se poeta, contra a vontade da família. Ele é introduzido a um meio frequentado por intelectuais e então conhece nomes como Enrique Lihn, Stella Diaz, Nicanor Parra - além de outros anônimos escritores que mais tarde entrariam para a história do Chile.
No circuito de festivais, Poesia sem fim foi exibido na Quinzena dos Realizadores, em Cannes. Na ocasião, recebeu aplausos de pé. Já a viabilização do longa-metragem contou com apoio dos fãs do diretor, responsável por títulos como A montanha sagrada (1973). A campanha de financiamento coletivo da obra contou com cerca de 10 mil contribuições.