O dólar subiu nesta quinta-feira (15) na esteira da indicação do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de que os dados fracos dos Estados Unidos não prejudicarão seus planos para elevar as taxas de juros. O Dollar Index, que mede a divisa americana contra uma cesta de 16 moedas, subiu 0,6% para 88,63.
No fim da tarde em Nova Iorque, o dólar subia para 110,88 ienes, de 109,73 ienes do dia anterior; o euro caiu para US$ 1,1147 de US$ 1,1217; e a libra subiu para US$ 1,2758 de US$ 1,2748. A moeda britânica foi impulsionada depois que alguns funcionários do Baco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) terem ficado surpreendentemente hawkish em sua última reunião.
O dólar saltou desde que o Fed emitiu uma mensagem otimista sobre a economia dos EUA ao final da sua última reunião política na quarta-feira. O banco central elevou as taxas de juros e manteve sua projeção de mais um aumento de taxa neste ano, apesar de uma recente desaceleração da inflação.
"A vontade dos funcionários de superar a recente fraqueza econômica e a suavidade dos preços é importante", disseram analistas da Brown Brothers Harriman, em relatório. "O Fed já não está preocupado com a recuperação e a expansão."
O dólar subiu mais fortemente em relação às moedas dos mercados emergentes, que muitas vezes ficam sob pressão quando as taxas dos EUA aumentam. A divisa americana subiu para 57,894 rublos de 57,496 rublos, por exemplo. Ainda assim, alguns investidores continuam céticos com a possibilidade do Fed aumentar as taxas novamente neste ano.
Os futuros do Fed funds, uma ferramenta popular para apostar nas perspectivas da política monetária do Fed, mostram menos de 50% de chance de o Fed aumentar as taxas novamente este ano, de acordo com o CME Group. O dólar caiu menos de 0,1% contra a libra britânica, que foi impulsionada depois que alguns funcionários do Bank of England terem ficado surpreendentemente hawkish em sua última reunião.