A aceleração digital da plataforma tradicional do Bradesco segue mesmo com o lançamento do banco digital, o Next, de acordo com o vice-presidente da instituição, Mauricio Minas. Ao contrário, segundo o executivo, o processo de implementação de novas soluções ficará mais rápido e também menos oneroso para o banco. Isso porque o Next, além de sua proposta principal, também servirá de teste para o aplicativo do Bradesco.
"O lançamento do Next é o início de uma jornada que não acaba. Muito do Next irá para o Bradesco, garantindo maior rapidez", explica Minas, em conversa com jornalistas, durante o CIAB, tradicional congresso de tecnologia bancária, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
O executivo prefere não revelar metas para o Next. Segundo ele, no mundo, diversas plataformas digitais tiveram suas expectativas frustradas para o bem ou para o mal por conta do potencial e aceitação por parte dos usuários.
Na mira do banco estão, principalmente, os millennials, também conhecidos como geração Y. Podem ser clientes novos, de acordo com Minas, mas também os que já são correntistas do Bradesco. O objetivo do Next, porém, é ultrapassar a fronteira do banco, agregando novos usuários ao Next.
"São milhões e milhões de clientes potenciais que já estão mapeados e endereçados para usarem o Next", conta Luca Cavalcanti, diretor executivo de pesquisa e inovação e canais digitais do Bradesco, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Ao aderirem ao Next, os clientes do banco digital terão à disposição dez soluções que são chamadas pela instituição de jornadas. Na prática, são os tradicionais produtos oferecidos pelo Bradesco, mas ofertados de forma mais simples e compacta na nova plataforma. No total, o banco já mapeou 150 "jornadas" que serão lançadas ao longo do tempo, de acordo com Minas. "A cada três meses, teremos um novo grande release (atualização) no aplicativo", promete o executivo.
Já sob a ótica do digital, ou seja, correntistas do Bradesco que utilizam o banco tanto pelos canais móveis (aplicativo) como pelo internet banking, a instituição espera alcançar, no mínimo, 16 milhões de clientes ao final do ano, segundo Cavalcanti. Hoje, são 14 milhões. Considerando apenas os que usam o app da instituição, são 10 milhões, número este que deve saltar para 12 milhões ao final de dezembro próximo. Ao final do ano passado, eram cerca de 9 milhões de clientes.