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Porto Alegre, quinta-feira, 08 de junho de 2017. Atualizado �s 23h40.

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Not�cia da edi��o impressa de 09/06/2017. Alterada em 08/06 �s 18h08min

Gal Costa e Frejat s�o atra��es este final de semana em Porto Alegre

MONTAGEM COM FOTOS DE CHRISTIAN GAUL/DIVULGA��O/JC E BOB WOLFENSON/DIVULGA��O/JC
Dois grandes nomes da música brasileira chegam ao Rio Grande do Sul neste fim de semana. Em comum, a trajetória de muitas décadas em palcos brasileiros, recheada de sucessos. Os repertórios, entretanto, são bem diferentes. Gal Costa retorna ao Sul com a turnê Ela disse-me assim, somente com músicas de Lupicínio Rodrigues. Frejat, por sua vez, faz um apanhado da carreira em um show intimista, somente com voz e violão. Detalhes a seguir.

As dores de Lupic�nio

Após o lançamento e a turnê do CD Estratosférica (2015), Gal Costa retomou a turnê Ela disse-me assim, que resgata a obra de uma das maiores personalidades da música brasileira, o cantor e compositor Lupicínio Rodrigues (1914-1974). Em Porto Alegre, o show acontece neste sábado, às 21h, no Teatro do Sesi. Ingressos entre R$ 160,00 e R$ 290,00.
J. Velloso assina, com Marcus Preto, a direção artística do show, que será gravado ao vivo para o lançamento de um CD. "Sempre sonhei com esse projeto. O Brasil tem que ver que a MPB é uma das suas riquezas. E ter a Gal é maravilhoso. Ela tem um jeito de cantar que impõe a sua marca, por isso o nome Ela disse-me assim", explica J. Velloso.
O repertório do show foi selecionado por Velloso e Marcus Preto. Grandes sucessos do compositor, como Vingança, Esses moços, Volta, Nunca, Felicidade, Judiaria, Homenagem, Cadeira vazia e Nervos de aço estarão lá, mas a proposta foi buscar também obras menos conhecidas.
Sobre Lupicínio não é preciso dizer muito. Recentemente, uma série de atividades comemorativas aos 100 anos de nascimento do compositor marcou o ano de 2014. Ele compôs desde marchinhas de Carnaval e sambas-canção até músicas que expressam muito sentimento, principalmente a melancolia por um amor perdido.
Lupicínio é considerado o inventor do termo dor de cotovelo", que se refere à prática de quem crava os cotovelos em um balcão ou mesa de bar, pede um uísque duplo e chora pela perda da pessoa amada. Constantemente abandonado pelas mulheres, buscou em sua própria vida a inspiração para suas canções, nas quais a traição e o amor andavam sempre juntos.
Boêmio, foi proprietário de diversos bares, churrascarias e restaurantes com música, que seguidamente ia abrindo e fechando, tudo apenas para ter, antes do lucro, um local para encontro com os amigos. Deixou cerca de uma centena e meia de canções editadas.
"Fomos atrás de pelo menos um terço de músicas desconhecidas", conta Marcus Preto, que também foi o responsável pela escolha da banda. Na bateria, Pupillo (Nação Zumbi); na guitarra e violão, Guilherme Monteiro; no teclado e violino, o músico capixaba Lúcio Silva Souza, conhecido como Silva; e no contrabaixo elétrico e acústico, Fábio Sá. A iniciativa integra o projeto Natura Musical.

O rock de Frejat

Neste fim de semana, Frejat cumpre agenda de shows no Rio Grande do Sul. Neste sábado, às 21h, o músico é atração no Teatro Feevale, em Novo Hamburgo. No domingo, é a vez de Porto Alegre receber o cantor no Teatro do Bourbon Country, às 20h.
Frejat preparou um show diferente do que está acostumado a levar para todo o Brasil. No lugar da guitarra e de toda a energia rock'n'roll dele e da banda que o acompanha há anos, o artista sobe ao palco apenas com voz e violão.
No repertório, um passeio pelos sucessos de sua trajetória artística e também por músicas de artistas que ele sempre gostou de ouvir. "A ideia é fazer um show intimista, tocando minhas músicas. Algumas delas, sucessos; e outras, que não toco há muitos anos", revela Frejat.
Entre as músicas que irão embalar a turnê pelo Brasil estão canções fruto de parcerias com grandes compositores, como Mauro Santa Cecilia, Mauricio Barros e Cazuza.
Também integram o repertório canções de nomes consagrados da música brasileira, como Chico Buarque e Francis Hime, com Trocando em miúdos; e Raul Seixas e Marcelo Nova, com Carpinteiro do universo.
Fundador do Barão Vermelho em 1981 juntamente com Maurício Barros e Guto Goffi (Cazuza e Dé ingressariam depois na banda), Frejat permaneceu até janeiro deste ano no grupo, quando saiu, definitivamente, para cuidar de sua carreira-solo. Em mais de 30 anos de trajetória, a lista de sucessos é imensa: Bete Balanço, O poeta está vivo, Eu queria ter uma bomba, Por você, entre muitas outras.
Para o show do Teatro Feevale, no Vale do Sinos, os ingressos custam entre R$ 60,00 e R$ 140,00. A venda acontece no segundo piso do Bourbon Shopping Novo Hamburgo, na bilheteria do Bourbon Country, na Capital, e pelo site ingressorapido.com.br. No domingo, os ingressos para assistir a Frejat em Porto Alegre têm valores entre R$ 160,00 e R$ 200,00, com venda nos mesmos pontos.
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