No fim da noite de segunda-feira, a Alemanha e o Fundo Monetário Internacional (FMI) decidiram voltar a discutir a questão da dívida da Grécia apenas depois das eleições alemãs. Atenas está sob forte pressão para aceitar, até meados de junho, um acordo entre seus credores para adiar mais as discussões sobre a reestruturação de sua dívida de 315 bilhões de euros (US$ 353 bilhões).
O resultado, se confirmado, manteria a crise da dívida da Grécia em compasso de espera durante vários meses, possivelmente até o próximo verão europeu. Isso poderia evitar que o tema atrapalhasse na política dos maiores países europeus, mas atrapalharia a recuperação econômica grega. Uma autoridade presente no diálogo em Bruxelas disse que um adiamento "resolveria o problema de todos, exceto o da Grécia".
O FMI diz que não emprestará mais dinheiro à Grécia até que os credores da zona do euro digam quanto irão dar de desconto na dívida de Atenas. A Alemanha, que terá eleições em setembro, não quer entrar no assunto porque ele pode impor um custo alto para seus contribuintes, com impactos eleitorais. Mas Berlim quer que o FMI volte ao acordo sobre a Grécia, após três anos.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, rejeitou o acordo por telefone, de Atenas. Para ele, adiar o tema significa não ter vantagem nenhuma, após duras negociações. Por ora, a zona do euro oferece à Grécia um novo pacote de ajuda para seus pagamentos de dívida no verão local, mas sem alívio da dívida nem qualquer impulso econômico.