A chuva, a falta de frio e as incertezas econômicas prejudicaram as vendas do comércio destinadas ao Dia das Mães neste ano. De acordo com o presidente da Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV), Vilson Noer, a conjunção desses três fatores impediu o setor de alcançar a alta de 6% esperada nos negócios relacionados. "No Interior, especialmente, onde a presença de shopping centers é menor e a maior parte do varejo é de rua, o movimento foi bastante afetado pelo clima", diz Noer.
De acordo com o presidente da AGV, como as vendas para a data são concentradas na véspera, em sua maioria entre sexta-feira e sábado, e parte ainda na manhã domingo, a chuva, que predominou no Estado como um todo, desestimulou a ida ao comércio em regiões importantes, como Santa Maria e Passo Fundo.
"Esperávamos um movimento de compra de presentes de R$ 402 milhões para a data no Rio Grande do Sul, mas devemos fechar próximo dos R$ 385 milhões do ano passado, talvez um pouco mais", lamenta.
Segundo Noer, o setor também teve retração pela ausência do frio, que inibiu procura maior por confecção e calçados. O único destaque positivo teria sido no setor de cosméticos, comenta.
Nos restaurantes da Capital, o movimento foi acentuado, como é tradicional na data. O Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região (Sindha) estima uma alta de 28% em relação a um domingo normal e de 16% no comparativo com o ano passado.