A cada 60 segundos, 38 mil horas de música são descarregadas e 150 milhões de e-mails são enviados no mundo. A quantidade de vídeo IP (como YouTube e Netflix) deve crescer em até quatro vezes até 2020.
Todo esse tráfego tem exigido um crescimento da largura de banda entre 25% e 35% ao ano e gerado muita preocupação dos gestores de Tecnologia da Informação (TI). Os data centers terão que ter uma infraestrutura de ponta para atender essa demanda constante por crescimento da sua capacidade.
"Um dos principais desafios para um data center eficiente e conectado é torná-lo adequado para migração de alta velocidade, isto é, que a infraestrutura seja capaz de suportar múltiplas velocidades e que permita uma migração com fácil gestão", relata a engenheira de Aplicação de Campo da CommScope Brasil, Simone Vieira.
Especialista nesse assunto, ela comenta que é preciso ter infraestrutura adequada para ser eficiente e ágil, tudo sem comprometer custos, gastos de energia e, ainda, com capacidade de reduzir a latência ao mínimo. Além disso, os data centers precisam conseguir suportar uma alta densidade, e isto se dá por meio de uma arquitetura flexível, capaz de se adaptar aos constantes avanços tecnológicos e a uma infraestrutura de rede que permita aos operadores aproveitar de forma eficiente a arquitetura e todos os recursos.
De fato, não é um desafio fácil para as empresas. Estudo do Gartner, empresa de pesquisa e aconselhamento em tecnologia, aponta que os orçamentos de TI dos CIOs na América Latina estão reduzidos esse ano. Ainda assim, no Brasil, por exemplo, a prioridade dos executivos de tecnologia são os investimentos em Infraestrutura e Data Center.
Além disso, as abordagens tradicionais de infraestrutura de TI estão lutando para acompanhar a digitalização contínua das empresas, uma vez que fornecedores novos e disruptivos estão trazendo tecnologias e modelos de negócios que mudam as regras do mercado de Data Center.
O diretor de Pesquisas do Gartner, Henrique Cecci, comenta que uma estratégia moderna não deve considerar apenas os aspectos de infraestrutura, mas sim focar em escolher o serviço correto, no momento correto e do provedor correto, de forma que os serviços importantes de TI e suporte não sejam comprometidos. Todas as opções devem ser consideradas, interna ou externamente, incluindo nuvem, alocação, acomodação, microcomputação e computação de ponta.
"No Brasil, os serviços em nuvem têm custos e limitações mais altos quando comparados com implementações similares em países desenvolvidos. Portanto, os líderes de TI no Brasil devem adotar uma estratégia prudente de data center que incorpore o melhor dos dois mundos, pelas razões certas e no momento certo", aconselha.