A Chapecoense foi facilmente batida pelo Nacional, do Uruguai, na noite desta quinta-feira e se complicou de vez no Grupo 7 da Libertadores. Em noite para ser esquecida, a equipe se mostrou nervosa, foi completamente dominada pelo adversário e perdeu por 3 a 0 no Estádio Parque Central, em Montevidéu.
Preocupado com a pressão que o Nacional costuma fazer em seus adversários em casa, o técnico Vagner Mancini optou por uma escalação que não vinha utilizando, com três zagueiros e três atacantes. Não deu certo, e o sistema defensivo bateu cabeça até a expulsão de Luiz Otávio, que deixou a equipe com apenas dois defensores no início da etapa final. Rossi também receberia o vermelho no fim, escancarando o nervosismo brasileiro.
Com muito espaço no meio de campo, o time da casa abusou dos lançamentos nas costas da defesa e cansou de perder gols no primeiro tempo. Mesmo assim, saiu na frente com Ramírez, em falhas de Nathan e João Pedro. No início do segundo tempo, Aguirre aproveitou cochilo geral da defesa e erro crasso do goleiro Artur Moraes para marcar. Ainda houve tempo para Viudez selar o placar em um golaço.
O resultado manteve a Chapecoense com quatro pontos, na terceira colocação da chave, já a três dos líderes Nacional e Lanús, que empatou com o Zulia por 1 a 1 nesta quinta-feira. Por isso, os catarinenses precisam de duas vitórias nas últimas rodadas, contra Lanús, na Argentina, e Zulia, em Chapecó, para seguir sonhando com a classificação.
Mas agora, os comandados de Mancini precisam esquecer a dolorosa derrota para focar na decisão do Catarinense. No domingo, a Chapecoense inicia a final diante do Avaí na Ressacada.
Dificilmente Mancini repetirá o desastroso esquema com três zagueiros, que foi envolvido pelo Nacional desde o início. E logo aos 16 minutos, os donos da casa abriram o placar. Nathan bobeou e perdeu no corpo para Silveira, que invadiu a área pela direita e bateu, travado por Grolli. Mas a sobra ficou com na esquerda com Ramírez, que aproveitou cochilo de João Pedro para marcar.
O placar só não foi ampliado aos 23 porque Aguirre perdeu chance incrível. Desta vez foi Reinaldo quem não acompanhou o atacante, que recebeu lançamento pela direita e conseguiu driblar Artur, mas, com pouco ângulo, ainda pegou torto e fraco na bola, jogando para fora.
Sem qualquer resposta da Chapecoense, Rodríguez exigiu bela defesa do goleiro brasileiro em cobrança de falta, aos 31. O primeiro chute a gol dos visitantes só foi acontecer aos 35, quando Reinaldo tentou de fora da área e parou em fácil defesa de Conde.
Mancini não mudou a equipe no intervalo, e logo aos quatro minutos o Nacional chegou ao segundo gol. Fucile cruzou da esquerda e Aguirre apareceu sozinho na área. Não bastasse a clamorosa falha defensiva, o goleiro Artur Moraes saiu de forma atrapalhada do gol e facilitou a vida do atacante, que desviou de cabeça para o gol vazio.
A situação que já era complicada, ficou desastrosa quatro minutos depois, quando Luiz Otávio acertou uma solada em Aguirre e foi expulso de forma direta pelo árbitro. Novamente, a falta de pontaria do ataque do Nacional poupou a Chapecoense aos 18, quando Ramírez recebeu de Aguirre de frente para Artur, mas jogou para fora.
Curiosamente, a Chapecoense melhorou a partir daí, viu o Nacional também diminuir o ritmo e até ameaçou em algumas chegadas ao ataque. Mas aos 35, Viudez selou o placar. Ele recebeu com espaço pela esquerda, balançou para cima de João Pedro e bateu no ângulo esquerdo de Artur. Ainda houve tempo para que Rossi fosse expulso após disputa com Polenta.